sábado, 5 de novembro de 2016

Conclusão do estudo do Capítulo I – Não vim destruir a lei
Itens 1 a 7
As Três Revelações

Revelar, do latim "revelare", significa, literalmente, sair sob o véu, e, figuradamente, descobrir, dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida.
A característica essencial de qualquer revelação tem de ser a verdade. Revelar o segredo e tornar conhecido um fato; se e falso, já não e um fato e, por consequência, não existe revelação.
No sentido especial da fé religiosa, a revelação se refere, mais particularmente, das coisas espirituais que o homem não pode descobrir por meio da inteligência, nem com o auxilio dos sentidos, e cujo conhecimento lhe da Deus através de Seus mensageiros, quer por meio da palavra direta, quer pela inspiração. Neste caso, a revelação e sempre feita a homens predispostos, designados sob o nome de profetas ou messias.
Todas as religiões tiveram seus reveladores, e estes, embora longe estivessem de conhecer toda a verdade, tinham uma razão de ser providencial, porque eram apropriados ao tempo e ao meio em que viviam, ao caráter particular dos povos a quem falavam, e aos quais, eram relativamente superiores.
Allan Kardec [GEN-cap I] assevera que três foram as grandes revelações da Lei de Deus: a primeira representada por Moises, a segunda por Jesus e a terceira e ultima revelação pelo Espiritismo.
Em [O Consolador], o benfeitor Emmanuel tange ao tema da seguinte forma: "Até agora a Humanidade da era crista recebeu a grande Revelação em três aspectos essenciais: Moises trouxe a missão da Justiça; o Evangelho, a revelação insuperável do Amor e o Espiritismo, em sua feição de Cristianismo redivivo, traz, por sua vez, a sublime tarefa da Verdade."

Questão para estudo

1 - Faça um paralelo entre as Três Revelações.

Primeira Revelação: Moises
Moises, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único e soberano Senhor e orientador de todas as coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o legislador do povo pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de espalhar-se por sobre a Terra.
Examinando o missionário, Emmanuel assim se refere: “Moises trazia consigo as mais elevadas faculdades mediúnicas, apesar de suas características de legislador humano”.
E inconcebível que o grande missionário dos judeus e da Humanidade pudesse ouvir o espirito de Deus. Estais, porem habilitados a compreender que a Lei, ou a base da Lei (os Dez Mandamentos), foi-lhe ditada pelos emissários de Jesus.
Examinando-se os seus atos enérgicos de homem, ha a considerar as características da época em que se verificou sua grande tarefa. “Com expressões diversas, o grande enviado não poderia dar conta exata de suas preciosas obrigações, em face da Humanidade ignorante e materialista.”

Segunda Revelação: Jesus
A segunda grande revelação da Lei de Deus, na concepção de Kardec, foi apresentada por Jesus.
Segundo o benfeitor André Luiz [Evolução em Dois Mundos]: "Com Jesus, a religião, como sistema educativo, alcança eminencia inimaginável. Nem templos de pedras, nem rituais. Nem hierarquias efêmeras, nem avanço ao poder humano. O Mestre desaferrolha as arcas do conhecimento enobrecido e distribui-lhe os tesouros."
Allan Kardec, examinando a Revelação Crista, lembra que "O Cristo, tomando da antiga lei o que e eterno e divino e rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida futura, de que Moises não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem depois da morte."
Acrescenta Kardec que a filosofia crista estava sedimentada em uma concepção inteiramente nova da Divindade. Esta já não era mais a concepção de um Deus terrível, ciumento, vingativo, como O apresentava Moises, mas um Deus clemente, soberanamente bom e justo, cheio de mansidão e misericórdia, que perdoa ao vicioso e dá a cada um segundo as suas obras. Enfim, já não e o Deus que quer ser temido, mas o Deus que quer ser amado.

Terceira Revelação: Espiritismo
Allan Kardec apresenta o Espiritismo como sendo a Terceira Revelação da Lei de Deus, o Consolador prometido aos homens por Jesus, conforme anunciado por [Joao-XIV:15-17,26]: "Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco, o Espirito da Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vos o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vos. - Mas o Consolador, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinara todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito." Kardec, examinando o tema, afirma:
"O Espiritismo vem, no tempo assinalado, cumprir a promessa do Cristo. Ele chama os homens a observância da lei; ensina todas as coisas, fazendo compreender o que o Cristo só disse em parábolas. O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos porque ele fala sem figuras e alegorias."
Da mesma maneira que Jesus não veio destruir a lei mosaica, apresentada 15 séculos antes Dele por Moises, assim também o Espiritismo não vem derrogar a lei crista mas completa-la, desenvolve-la, enriquece-la. Nesse sentido, o Espiritismo se propõe a revelar tudo aquilo que Jesus não pode dizer aquela época em função da pouca maturidade espiritual de sua gente. Ele e, portanto, obra do Cristo, que o preside e o acompanha, objetivando a recuperação moral da humanidade.

Disponível em http://www.cvdee.org.br/est_eesetexto.asp?id=005&showc=S#conclusao

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