Estudo do livro Caminho,
Verdade e Vida
Interpretação dos
Textos Sagrados
Este estudo foi realizado a
fim de se obter melhor esclarecimento das palavras e mensagens escritas pelo
espírito Emmanuel através da psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Fica esclarecido, aqui, que este estudo, não é cópia nem plágio de
palavras; e, sim, o conjunto de contribuições de informações, compreensões e
esclarecimentos.
Interpretação dos
Textos Sagrados
O estudo do Prefácio
tem como informações gerais:
1) Resumo geral: Emmanuel realiza uma
sinopse da real importância da elaboração do trabalho contido na obra.
2) Tema: Caminho, verdade e vida.
“Sabendo
primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação.” – (2ª Epístola a Pedro, 1:20.)”
De acordo com a mensagem retirada da
Bíblia, em toda e qualquer profecia e comunicado, cada indivíduo, ao realizar a
sua compreensão, pode obter uma análise diferente; pode ter um olhar diverso de
outro leitor e/ou estudioso.
Apesar disso, é preciso salientar que
mesmo que cada um tenha a sua visão a respeito de um determinado tema, todos
podem cooperar em determinado aspecto e complementar ou subtrair entendimentos
realizados por outros olhares e interpretações.
“Jesus é o Caminho,
a Verdade e a Vida. Sua luz imperecível brilha sobre os milênios terrestres,
como o Verbo do princípio, penetrando o mundo, há quase vinte séculos.”
Neste parágrafo, pode-se verificar a ratificação e importância do
Mestre Divino e Diretor Geral do orbe universal da Via Láctea na vida de todas
as criaturas existentes, seja ela encarnada ou desencarnada.
Quando ele esteve encarnado, a frase de maior impacto e que
permaneceu vinte séculos após o seu retorno à pátria espiritual foi: “"Eu sou o
caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Se me
conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o
conheceis, pois o tendes visto."
Como não atentar para estes vocábulos tão singelos e verdadeiros? Como
não sentir o amor verdadeiro neles? Como não se sentir seguro com ele? Como continuar
seguindo por um caminho de tortura e sofrimento e não seguir a estrada com ele?
Ele mesmo disse e continua dizendo, pois por mais que estes termos
tenham sido a dois mil anos atrás, permanecem atuais; até mesmo, porque, quem é
que não gostaria de ouvir este clamor do caminho de verdade e vida?!
“Lutas sanguinárias,
guerras de extermínio, calamidades sociais não lhe modificaram um til nas
palavras que se atualizam, cada vez mais, com a evolução multiforme da Terra.
Tempestades de sangue e lágrimas nada mais fizeram que avivar-lhes a grandeza. Entretanto,
sempre tardios no aproveitamento das oportunidades preciosas, muitas vezes, no
curso das existências renovadas, temos desprezado o Caminho, indiferentes ante
os patrimônios da Verdade e da Vida.”
E podem passar horas, dias, meses e séculos; e, sua palavra
continua sendo um bramido de tranquilidade após os estrondos acontecidos
durante todo o período em que todo ser espiritual - teimoso e egoísta -, segue
na escolha equivocada do verdadeiro caminho ignorado.
“O Senhor, contudo,
nunca nos deixou desamparados.”
Apesar de todo esquecimento e de toda má escolha, o ser espiritual
não se locomove sozinho; pois, há sempre uma mão segurando-o, amparando-o,
orientando-o, orando por ele... não obstante todo o orgulho sentido.
“Cada dia, reforma
os títulos de tolerância para com as nossas dívidas; todavia, é de nosso
próprio interesse levantar o padrão da vontade, estabelecer disciplinas para
uso pessoal e reeducar a nós mesmos, ao contato do Mestre Divino. Ele é o Amigo
Generoso, mas tantas vezes lhe olvidamos o conselho que somos suscetíveis de
atingir obscuras zonas de adiamento indefinível de nossa iluminação interior
para a vida eterna.”
Diariamente, o auxílio sublime e amoroso do Mestre dá oportunidade
de refazimento e melhoramento íntimo; e, cotidianamente, a maioria dos seres
espirituais, encarnados e/ou desencarnados, acabam perdendo oportunidades de
crescimento espiritual em direção ao bem. Uma grande parte dos espíritos, em
meio ao seu egoísmo e as suas fantasias, perfazem abandonar momentos iluminados
que é lhe presenteado dia a dia.
É preciso que todos tenham atenção e responsabilidade a respeito da
sua função como ser espiritual que é. É preciso que todos se reeduquem
moralmente a fim de conseguir alcançar o grau evolutivo em que se pode encontrar
a paz e a felicidade tão almejada.
“No propósito de
valorizar o ensejo de serviço, organizamos este humilde trabalho interpretativo[1],
sem qualquer pretensão a exegese.”
Emmanuel, neste parágrafo, informa que não fez nenhuma crítica e
ambição ao organizar o conteúdo das mensagens contidas no livro.
“Concatenamos apenas
modesto conjunto de páginas soltas destinadas a meditações comuns.
O benfeitor amigo só empreendeu algumas palavras reflexivas.
“Muitos amigos
estranhar-nos-ão talvez a atitude, isolando versículos e conferindo-lhes cor
independente do capítulo evangélico a que pertencem. Em certas passagens,
extraímos daí somente frases pequeninas, proporcionando-lhes fisionomia
especial e, em determinadas circunstâncias, as nossas considerações desvaliosas
parecem contrariar as disposições do capítulo em que se inspiram.”
Todos os vocábulos têm importância sublime e muitos irmãos podem
encontrar em alguns e/ou outras frases aqueles em que tocam mais fundo dentro
de seus seres; todavia, a aprendizagem contida neles só podem direcionar ao
êxito evolutivo se sorvida e colocada em prática dia a dia.
“Assim procedemos,
porém, ponderando que, num colar de pérolas, cada qual tem valor específico e
que, no imenso conjunto de ensinamentos da Boa Nova, cada conceito do Cristo ou
de seus colaboradores diretos adapta-se a determinada situação do Espírito, nas
estradas da vida. A lição do Mestre, além disso, não constitui tão-somente um
impositivo para os misteres da adoração. O Evangelho não se reduz a breviário
para o genuflexório. É roteiro imprescindível para a legislação e
administração, para o serviço e para a obediência. O Cristo não estabelece
linhas divisórias entre o templo e a oficina. Toda a Terra é seu altar de
oração e seu campo de trabalho, ao mesmo tempo. Por louvá-lo nas igrejas e menoscabá-lo
nas ruas é que temos naufragado mil vezes, por nossa própria culpa. Todos os
lugares, portanto, podem ser consagrados ao serviço divino.”
O ensinamento tem sido ofertado diariamente e Jesus, quando esteve
encarnado, não só falou como deixou, através de atitudes, exemplos e preceitos
a fim de que todos não continuem permanecendo, ao longo de milênios, na prática
de erros e sofrimentos não só para si como para o próximo.
É claro que a maior responsabilidade destes erros corresponde às
escolhas equivocadas que cada um realiza, tornando-se o próprio responsável
pelo seu sofrimento; no entanto, cabe a cada um a sua própria reforma íntima.
De qualquer maneira, vale o questionamento: até quando todos
permanecerão falhando, mesmo com todo este auxílio vindo de todos os lados, até
mesmo, com a escrita?
As palavras estavam, estão e sempre estarão ao auxílio do ser
espiritual para que ele saia do buraco de tormentos onde se encontra; convém,
portanto, ele seguir o roteiro da lição do Mestre deixado não só para um
indivíduo como para todos: amar ao próximo como a si mesmo e a Deus através da
mudança de hábitos e pensamentos.
“Muitos discípulos,
nas várias escolas cristãs, entregaram-se a perquirições teológicas,
transformando os ensinos do Senhor em relíquia morta dos altares de pedra; no
entanto, espera o Cristo venhamos todos a converter-lhe o evangelho de Amor e
Sabedoria em companheiro da prece, em livro escolar no aprendizado de cada dia,
em fonte inspiradora de nossas mais humildes ações no trabalho comum e em
código de boas maneiras no intercâmbio fraternal.”
Em meio a tantas más escolhas, o Pai nunca permitiu que todos
ficassem sem a devida assistência de irmãos mais esclarecidos. Em virtude
disso, está sempre colocando ao lado e na vida de todos, partidários elucidados
para auxiliarem a jornada daqueles não e/ou menos informados com referência aos
assuntos de perdão, amor, renúncia, enfim, evolução espiritual... apesar das
perseguições e da ausência de esclarecimento e medo do desconhecido por parte
de outros.
“Embora esclareça
nossos singelos objetivos, noto, antecipadamente, ampla perplexidade nesse ou
naquele grupo de crentes.”
Não obstante, o benfeitor consegue perceber a surpresa por parte de
alguns concernente ao que é exposto no livro.
“Que fazer? Temos
imensas distâncias a vencer no Caminho, para adquirir a Verdade e a Vida na
significação integral.”
De qualquer maneira, o
trabalho permanece seguindo, visto que o caminho que leva a verdade tem a vida
como significado.
“Compreendemos o respeito
devido ao Cristo, mas, pela própria exemplificação do Mestre, sabemos que o
labor do aprendiz fiel constitui-se de adoração e trabalho, de oração e esforço
próprio.”
Sem embargo a consideração ao Mestre, seu labor e seu amor para com
todos deve ser estabelecer com amor, serviço, prece e dedicação pessoal.
“Quanto ao mais,
consola-nos reconhecer que os Textos Sagrados são dádivas do Pai a todos os
seus filhos e, por isso mesmo, aqui nos reportamos às palavras sábias de Simão
Pedro: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de
particular interpretação.”
Finalizando a missiva, Emmanuel aponta os Textos Sagrados como o
mapa divino para o progresso espiritual e salienta a leitura individual com
respeito.
EMMANUEL
Pedro Leopoldo, 2 de
setembro de 1948.
[1] Algumas destas
páginas, já publicadas na imprensa espiritista cristã, foram por nós revistas e
simplificadas para maior clareza de interpretação. (Nota de Emmanuel.)
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