segunda-feira, 3 de abril de 2017

Estudo do livro Caminho, Verdade e Vida


Interpretação dos Textos Sagrados

 Este estudo foi realizado a fim de se obter melhor esclarecimento das palavras e mensagens escritas pelo espírito Emmanuel através da psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Fica esclarecido, aqui, que este estudo, não é cópia nem plágio de palavras; e, sim, o conjunto de contribuições de informações, compreensões e esclarecimentos.


Interpretação dos Textos Sagrados


O estudo do Prefácio tem como informações gerais:
1)     Resumo geral: Emmanuel realiza uma sinopse da real importância da elaboração do trabalho contido na obra.
2)   Tema: Caminho, verdade e vida.


“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.” – (2ª Epístola a Pedro, 1:20.)”

De acordo com a mensagem retirada da Bíblia, em toda e qualquer profecia e comunicado, cada indivíduo, ao realizar a sua compreensão, pode obter uma análise diferente; pode ter um olhar diverso de outro leitor e/ou estudioso.
Apesar disso, é preciso salientar que mesmo que cada um tenha a sua visão a respeito de um determinado tema, todos podem cooperar em determinado aspecto e complementar ou subtrair entendimentos realizados por outros olhares e interpretações.

“Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Sua luz imperecível brilha sobre os milênios terrestres, como o Verbo do princípio, penetrando o mundo, há quase vinte séculos.”

Neste parágrafo, pode-se verificar a ratificação e importância do Mestre Divino e Diretor Geral do orbe universal da Via Láctea na vida de todas as criaturas existentes, seja ela encarnada ou desencarnada.
Quando ele esteve encarnado, a frase de maior impacto e que permaneceu vinte séculos após o seu retorno à pátria espiritual foi: “"Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto." 
Como não atentar para estes vocábulos tão singelos e verdadeiros? Como não sentir o amor verdadeiro neles? Como não se sentir seguro com ele? Como continuar seguindo por um caminho de tortura e sofrimento e não seguir a estrada com ele?
Ele mesmo disse e continua dizendo, pois por mais que estes termos tenham sido a dois mil anos atrás, permanecem atuais; até mesmo, porque, quem é que não gostaria de ouvir este clamor do caminho de verdade e vida?!

“Lutas sanguinárias, guerras de extermínio, calamidades sociais não lhe modificaram um til nas palavras que se atualizam, cada vez mais, com a evolução multiforme da Terra. Tempestades de sangue e lágrimas nada mais fizeram que avivar-lhes a grandeza. Entretanto, sempre tardios no aproveitamento das oportunidades preciosas, muitas vezes, no curso das existências renovadas, temos desprezado o Caminho, indiferentes ante os patrimônios da Verdade e da Vida.”

E podem passar horas, dias, meses e séculos; e, sua palavra continua sendo um bramido de tranquilidade após os estrondos acontecidos durante todo o período em que todo ser espiritual - teimoso e egoísta -, segue na escolha equivocada do verdadeiro caminho ignorado.


“O Senhor, contudo, nunca nos deixou desamparados.”

Apesar de todo esquecimento e de toda má escolha, o ser espiritual não se locomove sozinho; pois, há sempre uma mão segurando-o, amparando-o, orientando-o, orando por ele... não obstante todo o orgulho sentido.

“Cada dia, reforma os títulos de tolerância para com as nossas dívidas; todavia, é de nosso próprio interesse levantar o padrão da vontade, estabelecer disciplinas para uso pessoal e reeducar a nós mesmos, ao contato do Mestre Divino. Ele é o Amigo Generoso, mas tantas vezes lhe olvidamos o conselho que somos suscetíveis de atingir obscuras zonas de adiamento indefinível de nossa iluminação interior para a vida eterna.”

Diariamente, o auxílio sublime e amoroso do Mestre dá oportunidade de refazimento e melhoramento íntimo; e, cotidianamente, a maioria dos seres espirituais, encarnados e/ou desencarnados, acabam perdendo oportunidades de crescimento espiritual em direção ao bem. Uma grande parte dos espíritos, em meio ao seu egoísmo e as suas fantasias, perfazem abandonar momentos iluminados que é lhe presenteado dia a dia.
É preciso que todos tenham atenção e responsabilidade a respeito da sua função como ser espiritual que é. É preciso que todos se reeduquem moralmente a fim de conseguir alcançar o grau evolutivo em que se pode encontrar a paz e a felicidade tão almejada.

“No propósito de valorizar o ensejo de serviço, organizamos este humilde trabalho interpretativo[1], sem qualquer pretensão a exegese.”
Emmanuel, neste parágrafo, informa que não fez nenhuma crítica e ambição ao organizar o conteúdo das mensagens contidas no livro.

“Concatenamos apenas modesto conjunto de páginas soltas destinadas a meditações comuns.

O benfeitor amigo só empreendeu algumas palavras reflexivas.

“Muitos amigos estranhar-nos-ão talvez a atitude, isolando versículos e conferindo-lhes cor independente do capítulo evangélico a que pertencem. Em certas passagens, extraímos daí somente frases pequeninas, proporcionando-lhes fisionomia especial e, em determinadas circunstâncias, as nossas considerações desvaliosas parecem contrariar as disposições do capítulo em que se inspiram.”

Todos os vocábulos têm importância sublime e muitos irmãos podem encontrar em alguns e/ou outras frases aqueles em que tocam mais fundo dentro de seus seres; todavia, a aprendizagem contida neles só podem direcionar ao êxito evolutivo se sorvida e colocada em prática dia a dia.

“Assim procedemos, porém, ponderando que, num colar de pérolas, cada qual tem valor específico e que, no imenso conjunto de ensinamentos da Boa Nova, cada conceito do Cristo ou de seus colaboradores diretos adapta-se a determinada situação do Espírito, nas estradas da vida. A lição do Mestre, além disso, não constitui tão-somente um impositivo para os misteres da adoração. O Evangelho não se reduz a breviário para o genuflexório. É roteiro imprescindível para a legislação e administração, para o serviço e para a obediência. O Cristo não estabelece linhas divisórias entre o templo e a oficina. Toda a Terra é seu altar de oração e seu campo de trabalho, ao mesmo tempo. Por louvá-lo nas igrejas e menoscabá-lo nas ruas é que temos naufragado mil vezes, por nossa própria culpa. Todos os lugares, portanto, podem ser consagrados ao serviço divino.”


O ensinamento tem sido ofertado diariamente e Jesus, quando esteve encarnado, não só falou como deixou, através de atitudes, exemplos e preceitos a fim de que todos não continuem permanecendo, ao longo de milênios, na prática de erros e sofrimentos não só para si como para o próximo.
É claro que a maior responsabilidade destes erros corresponde às escolhas equivocadas que cada um realiza, tornando-se o próprio responsável pelo seu sofrimento; no entanto, cabe a cada um a sua própria reforma íntima.
De qualquer maneira, vale o questionamento: até quando todos permanecerão falhando, mesmo com todo este auxílio vindo de todos os lados, até mesmo, com a escrita?
As palavras estavam, estão e sempre estarão ao auxílio do ser espiritual para que ele saia do buraco de tormentos onde se encontra; convém, portanto, ele seguir o roteiro da lição do Mestre deixado não só para um indivíduo como para todos: amar ao próximo como a si mesmo e a Deus através da mudança de hábitos e pensamentos.


“Muitos discípulos, nas várias escolas cristãs, entregaram-se a perquirições teológicas, transformando os ensinos do Senhor em relíquia morta dos altares de pedra; no entanto, espera o Cristo venhamos todos a converter-lhe o evangelho de Amor e Sabedoria em companheiro da prece, em livro escolar no aprendizado de cada dia, em fonte inspiradora de nossas mais humildes ações no trabalho comum e em código de boas maneiras no intercâmbio fraternal.”

Em meio a tantas más escolhas, o Pai nunca permitiu que todos ficassem sem a devida assistência de irmãos mais esclarecidos. Em virtude disso, está sempre colocando ao lado e na vida de todos, partidários elucidados para auxiliarem a jornada daqueles não e/ou menos informados com referência aos assuntos de perdão, amor, renúncia, enfim, evolução espiritual... apesar das perseguições e da ausência de esclarecimento e medo do desconhecido por parte de outros.

“Embora esclareça nossos singelos objetivos, noto, antecipadamente, ampla perplexidade nesse ou naquele grupo de crentes.”

Não obstante, o benfeitor consegue perceber a surpresa por parte de alguns concernente ao que é exposto no livro.

“Que fazer? Temos imensas distâncias a vencer no Caminho, para adquirir a Verdade e a Vida na significação integral.”

 De qualquer maneira, o trabalho permanece seguindo, visto que o caminho que leva a verdade tem a vida como significado.

“Compreendemos o respeito devido ao Cristo, mas, pela própria exemplificação do Mestre, sabemos que o labor do aprendiz fiel constitui-se de adoração e trabalho, de oração e esforço próprio.”

Sem embargo a consideração ao Mestre, seu labor e seu amor para com todos deve ser estabelecer com amor, serviço, prece e dedicação pessoal.

“Quanto ao mais, consola-nos reconhecer que os Textos Sagrados são dádivas do Pai a todos os seus filhos e, por isso mesmo, aqui nos reportamos às palavras sábias de Simão Pedro: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.”

Finalizando a missiva, Emmanuel aponta os Textos Sagrados como o mapa divino para o progresso espiritual e salienta a leitura individual com respeito.
EMMANUEL
Pedro Leopoldo, 2 de setembro de 1948.




[1] Algumas destas páginas, já publicadas na imprensa espiritista cristã, foram por nós revistas e simplificadas para maior clareza de interpretação. (Nota de Emmanuel.)

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