Estudo do livro Nosso Lar
O MÉDICO ESPIRITUAL
O estudo do capítulo 4 tem como informações gerais:
1) Personagem: André Luiz, Clarêncio, Henrique de Luna
2) Resumo geral: Recolhido no quarto é
visitado por Clarêncio e o irmão Henrique de Luna. Este realiza Serviço de Assistência Médica
da colônia espiritual e diagnosticou o suicídio como motivo de desencarne de
André.
3) Tema: suicídio.
”O MÉDICO ESPIRITUAL
No dia imediato, após reparador e profundo repouso, experimentei a
bênção radiosa do Sol amigo, qual suave mensagem ao coração. Claridade
reconfortante atravessava ampla janela, inundando o recinto de cariciosa luz.
Sentia-me outro. Energias novas tocavam-me o íntimo. Tinha a impressão de
sorver a alegria da vida, a longos haustos. Na alma, apenas um ponto sombrio -
a saudade do lar, o apego à família que ficara distante. Numerosas
interrogações pairavam-me na mente, mas tão grande era a sensação de alívio que
eu sossegava o espírito, longe de qualquer interpelação.
Quis levantar-me, gozar o espetáculo da Natureza cheia de brisas e
de luz, mas não o consegui e concluí que, sem a cooperação magnética do
enfermeiro, tornava-se-me impossível deixar o leito.”
Após o descanso
“reparador”, André tem suas energias refeitas e com esperanças benéficas
espirituais, apesar de ter dúvidas e sentir saudades da família.
Convém ressaltar o
reconhecimento por parte dele a respeito do auxílio experiente que estava
recebendo desde que foi recolhido do local onde se encontrava.
Além disso, é
preciso atentar que quando o ser está encarnado e enfermo, ele vai ao hospital
e recebe todos os cuidados de toda equipe hospitalar, inclusive, no que se
refere a ingestão de medicamentos relacionados a matéria na qual ele faz parte.
No entanto, quando está desencarnado, o tipo de medicamento acaba sendo
relacionado ao magnetismo dos que estão auxiliando no cuidado do paciente.
Atualmente, a mídia
tem apresentado diversas matérias no que concerne a cura pela oração e pelo
passe, ou seja, sem os recursos de máquinas; contudo, esta cura não se
concretiza de fato, se não houver fé e reforma íntima de quem está recebendo os
cuidados de refazimento corporal.
Entretanto, pode-se
ressaltar que Jesus, quando esteve encarnado, utilizou de sua força magnética para
realizar a cura daqueles quem a desejassem.
Emmanuel, através de
Francisco Cândido Xavier no livro Segue-me,
esclarece:
“O PASSE
Por Emmanuel e Chico
Xavier
“Ele tomou
sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.” (Mateus, 8:17)
Meu amigo, o
passe é transfusão de energias físio-psíquicas, operação de boa vontade, dentro
da qual o companheiro do bem recebe de si mesmo em teu benefício.
Se a moléstia, a
tristeza e a amargura são remanescentes de nossas imperfeições, enganos e excessos,
importa considerar que, no serviço do passe, as tuas melhoras resultam da troca
de elementos vivos e atuantes.
Trazes detritos e
aflições e alguém te confere recursos novos e bálsamos reconfortantes.
No clima de provas e
da angustia, és portador da necessidade e do sofrimento.
Na esfera da prece e
do Amor, um amigo se converte no instrumento da infinita Bondade, para que
recebas remédio e assistência.
Ajuda o trabalho de
socorro aqui mesmo, com esforço da limpeza interna.
Esquece os males que
te apoquentam, desculpa as ofensas das criaturas que te não compreendem, foge
ao desânimo destrutivo e enche-te de simpatia e entendimento para com todos os
que te cercam.
O mal é sempre a
ignorância, e a ignorância reclama perdão e auxílio para que se desfaça em favor
da nossa própria tranqüilidade.
Se pretendes, pois,
guardar as vantagens do Passe que, em substância, é ato sublime de fraternidade
cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro.
Ninguém deita
alimento indispensável em vaso impuro.
Não abuses,
sobretudo, daqueles que te auxiliam. Não tomes o lugar do verdadeiro
necessitado, tão só porque teus caprichos e melindres pessoais estejam feridos.
O passe exprime
também gastos de forças e não deves provocar o dispêndio de energia do Alto com
infantilidades e ninharias.
Se necessitas de
semelhantes intervenção, recolhe-te à boa vontade, centraliza a tua expectativa
nas fontes celestes do suprimento divino, humilha-te, conservando a
receptividade edificante, inflama o teu coração na confiança positiva e,
recordando que alguém vai arcar com o peso das tuas aflições, retifica o teu
caminho, considerando igualmente o sacrifício incessante de Jesus por todos
nós, porque, de conformidade com as letras sagradas, “Ele tomou sobre si
as nossas enfermidades e levou as nossas doenças”.
”Não voltara a mim das surpresas consecutivas, quando se abriu a
porta e vi entrar Clarêncio acompanhado por simpático desconhecido.
Cumprimentaram-me, atenciosos, desejando-me paz. Meu benfeitor da véspera
indagou do meu estado geral. Acorreu o enfermeiro, prestando informações.”
Neste parágrafo,
pode-se verificar que os procedimentos dos médicos e dos assistentes
desencarnados são como os dos encarnados: cuidados, aferição, colher
informações,... todavia, a uma palavrinha chave nele que se pode atentar: paz.
Quem se recorda de algum médico encarnado que tenha se referido a esta palavra
ao paciente? Muito pouco. De qualquer forma, preciso é refletir a respeito
deste tema: a paz. O indivíduo pode até falar, mas senti-la realmente poucos a
sentem, que dirá transmiti-la.
Então o que seria
ter, sentir e transmitir paz??? O que o ser espiritual precisa praticar para
conseguir tê-la?
No livro Fonte Viva,
Emannuel traz a seguinte mensagem:
“Viver em Paz
"..Vivei em
paz..."
Paulo, (II CORÍNTIOS. 13:11.)
Paulo, (II CORÍNTIOS. 13:11.)
Mantém-te em paz.
É provável que os
outros te guerreiem gratuitamente, hostilizando-te a maneira de viver;
entretanto, podes avançar em teu roteiro, sem guerrear a ninguém.
Para isso, contudo -
para que a tranquilidade te banhe o pensamento -, é necessário que a compaixão
e a bondade te sigam todos os passos.
Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação.
Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação.
Junto da serenidade,
poderás analisar cada acontecimento e cada pessoa no lugar e na posição que
lhes dizem respeito.
Repara,
carinhosamente, os que te procuram no caminho...
Todos os que surgem,
aflitos ou desesperados, coléricos ou desabridos, trazem chagas ou ilusões.
Prisioneiros da vaidade ou da ignorância, não souberam tolerar a luz da verdade
e clamam irritadiços... Unge-te de piedade e penetra-lhes os recessos do ser, e
identificarás em todos eles crianças espirituais que se sentem ultrajadas ou
contundidas.
Uns acusam, outros
choram.
Ajuda-os, enquanto
podes.
Pacificando-lhes a
alma, harmonizarás, ainda mais, a tua vida.
Aprendamos a compreender cada mente em seu problema.
Aprendamos a compreender cada mente em seu problema.
Recorda-te de que a
Natureza, sempre divina em seus fundamentos, respeita a lei do equilíbrio e
conserva-a sem cessar.
Ainda mesmo quando
os homens se mostram desvairados, nos conflitos abertos, a Terra é sempre firme
e o Sol fulgura sempre.
Viver de qualquer
modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo é serviço de poucos.”
“Sorridente, o velhinho
amigo apresentou-me o companheiro. Tratava-se, disse, do irmão Henrique de
Luna, do Serviço de Assistência Médica da colônia espiritual. Trajado de
branco, traços fisionômicos irradiando enorme simpatia, Henrique auscultou-me
demoradamente, sorriu e explicou:
- É de lamentar que tenha vindo pelo suicídio.”
Nestes dois
parágrafos, o médico benfeitor ausculta e dá o parecer de suicida ao paciente.
Suicídio?! O que vem a ser “suicídio?
No Livro dos
Espíritos, as perguntas 943, 944 e 957 informam:
“Desgosto da Vida. Suicídio
943. De onde provém
o desgosto da vida que se apodera de alguns indivíduos, sem motivos plausíveis?
“Efeito da
ociosidade, da falta de fé e, frequentemente, da saciedade. Para aquele que
exerce suas faculdades com um fi m útil e de acordo com suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de
árido e a vida passa mais rapidamente; suporta-lhe as vicissitudes com tanto
mais paciência e resignação, porquanto age tendo em vista a felicidade mais
sólida e mais durável que o espera.”
944. O homem tem o
direito de dispor de sua própria vida?
“Não, só Deus tem
este direito. O suicídio voluntário é uma transgressão desta lei.”
a) O suicídio não é
sempre voluntário?
“O louco que se mata não sabe o que faz.”
[...]
957. Em geral, quais
são as consequências do suicídio, relativamente ao estado de Espírito?
“As consequências do
suicídio são muito diversas; não há penas fixas e, em todos os casos, são
sempre relativas às causas que o produziram; mas existe uma consequência à qual
o suicida não pode escapar: é o
desapontamento. De resto, a sorte não é a mesma para todos: depende das
circunstâncias; alguns expiam suas faltas imediatamente, outros, numa nova
existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.”
A observação mostra,
de fato, que os efeitos do suicídio nem sempre são os mesmos; porém, há alguns
comuns a todos os casos de morte violenta, consequência da interrupção brusca
da vida. Primeiramente, há a persistência mais prolongada e mais tenaz do elo
que une o Espírito ao corpo, porque esse elo está, quase sempre, na plenitude
de sua força, no momento em que é partido, enquanto que, na morte natural, ele
se enfraquece gradualmente e, frequentemente, se desfaz, antes que a vida
esteja completamente extinta. As consequências desse estado de coisas são o
prolongamento da perturbação espiritual, depois da ilusão que, durante um tempo
mais ou menos longo, faz com que o espírito acredite que ainda pertence ao
número dos vivos. (155 e 165)
A afinidade que
persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de
repercussão do estado do corpo no Espírito, que sente, assim, contra a vontade,
os efeitos da decomposição, experimentando uma sensação cheia de angústias e de
horror.
Este estado pode
persistir, também, durante tanto tempo quanto devesse durar a vida que
interromperam. Tal efeito não é geral; mas, em nenhum caso, o suicida fica isento
das consequências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia seu erro, de
um jeito ou de outro. É assim que alguns Espíritos, que tinham sido muito
infelizes na Terra, disseram ter-se suicidado na existência anterior e
submetido, voluntariamente, a novas provas, para tentar suportá-las com mais
resignação. Em alguns, há uma espécie de ligação à matéria, de que procuram, em
vão, desembaraçar-se, para voarem para mundos melhores, cujo acesso lhes está
interditado; na maioria, há o pesar de ter feito uma coisa inútil, já que só
decepções experimentam.
A religião, a moral,
todas as filosofias condenam o suicídio como contrário à lei natural; todas nos
dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar, voluntariamente, a sua
vida; mas, por que não temos esse direito? Por que não somos livres para pôr um
termo aos nossos sofrimentos? Estava reservado ao Espiritismo demonstrar, pelo
exemplo dos que sucumbiram, que não se trata apenas de uma falta representativa
de infração a uma lei moral, consideração de pouco peso para alguns indivíduos,
mas de um ato estúpido, visto que nada se ganha com ele, longe disso; não é a
teoria que ele nos ensina, são os fatos que nos patenteia.”
“Enquanto Clarêncio
permanecia sereno, senti que singular assomo de revolta me borbulhava no
íntimo.
Suicídio? Recordei as acusações dos seres perversos das sombras.
Não obstante o cabedal de gratidão que começava a acumular, não calei a
incriminação.”
Para o tema
referente ao suicídio, cabe o chamado de Emmanuel:
“ANTE O
SUICÍDIO
Se a ideia do suicídio alguma vez te visita o pensamento,
reflete no infortúnio de alguém que haja tentado inutilmente destruir a si
mesmo, quando pela própria imortalidade, está claramente incapaz de
morrer.
Na hipótese de haver arremessado um projétil sobre si, ingerido
esse ou aquele veneno, recusado a vida pelo enforcamento ou procurado extinguir
as próprias forças orgânicas por outros meios, indubitavelmente
arrastará consigo as consequências desse ato, a se lhe configurarem no próprio
ser, na forma dos chamados complexos de culpa.
Entendendo-se que a morte do corpo denso é semelhante a um
sono profundo, de que a pessoa ressurgirá sempre, é natural que esse
alguém penetre no Mundo Maior, na condição de vítima de si mesmo.
Não nos é lícito esquecer que os suicidas, na Espiritualidade, não
são órfãos da Misericórdia Divina, e, por isso mesmo, inúmeros benfeitores lhes
propiciam o socorro possível.
Entretanto, benfeitor algum consegue eximi-los, de imediato, do
tratamento de recuperação que, na maioria das vezes, lhes custará longo tempo.
Ponderando quanto ao realismo do assunto, por maiores se te façam
as dificuldades do caminho, confia em Deus que, em te criando a vida, saberá
defender-te e amparar-te nos momentos difíceis.
Observa que não existem provações sem causa e, em razão disso, seja
onde for, estejamos preparados para facear os resultados de nossas próprias
ações do presente ou do passado, em nos referindo às existências anteriores.
Cientes de que não existem problemas sem solução, por mais pesada a
carga de sofrimento, em que te vejas, segue à frente, trabalhando e
servindo, lançando um olhar par a retaguarda, de modo a verificar quantas
criaturas existem carregando fardos de tribulações muito maiores e mais
constrangedores do que os nossos.
O melhor meio de nos premunirmos na Terra contra o suicídio, será
sempre o de nos conservarmos no trabalho que a vida nos confia, porque o
trabalho, invariavelmente dissolve quaisquer sombras que nos envolva a
mente.
E, por fim, consideremos, nas piores situações em que nos sintamos,
que Deus, cujo infinito amor nos sustentou até ontem, embora os nossos erros,
em nos assinalando os propósitos de regeneração e melhoria, nos
sustentará também hoje.”
“- Creio haja engano - asseverei, melindrado -, meu regresso do
mundo não teve essa causa. Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Saúde,
tentando vencer a morte. Sofri duas operações graves, devido a oclusão
intestinal...”
E quem quer admitir
que praticou o ato do suicídio quando este não foi feito de forma consciente?
“- Sim - esclareceu o
médico, demonstrando a mesma serenidade superior -, mas a oclusão radicava-se
em causas profundas. Talvez o amigo não tenha ponderado bastante. O organismo
espiritual apresenta em si mesmo a história completa das ações praticadas no
mundo. E inclinando-se, atencioso, indicava determinados pontos do meu corpo:”
O livro O céu e o
inferno clarifica:
“Em regra, o homem
não tem o direito de dispor da vida, por isso que esta lhe foi dada visando
deveres a cumprir na Terra, razão bastante para que não a abrevie voluntariamente,
sob pretexto algum. Mas ao homem — visto que tem o seu livre-arbítrio — ninguém
impede a infração dessa lei. Sujeita-se, porém, às suas consequências. O
suicídio mais severamente punido é o resultante do desespero que visa à
redenção das misérias terrenas, misérias que são ao mesmo tempo expiações e
provações. Furtar-se a elas é recuar ante a tarefa aceita e, às vezes, ante a
missão que se devera cumprir. O suicídio não consiste somente no ato voluntário
que produz a morte instantânea, mas em tudo quanto se faça conscientemente para
apressar a extinção das forças vitais. Não se pode tachar de suicida aquele que
dedicadamente se expõe à morte para salvar o seu semelhante: primeiro, porque
no caso não há intenção de se privar da vida, e, segundo, porque não há perigo
do qual a Providência nos não possa subtrair, quando a hora não seja chegada. A
morte em tais contingências é sacrifício meritório, como ato de abnegação em
proveito de outrem. (O evangelho segundo o espiritismo, cap. V, itens 5, 6, 18
e 19.)”
“- Vejamos a zona intestinal
- exclamou. - A oclusão derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez,
de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis. A moléstia
talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento mental
no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança.
Entretanto, seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio,
captava destruidoras vibrações naqueles que o ouviam. Nunca imaginou que a
cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de
autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas
vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no frequentemente à esfera dos seres
doentes e inferiores. Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico.”
O corpo
perispiritual de André estava apresentando diversas anormalidades devido ao
nível de pensamentos realizados durante a sua encarnação. Em virtude disso, ele
era considerado um suicida.
No Capítulo extraído
do livro O HOMEM INTEGRAL ditado pelo espírito Joanna de Ângelis, há os
seguintes esclarecimentos:
“Herdeiro de si mesmo, carregando, no inconsciente, as experiências
transatas, o homem não foge aos atavismos que ojungem ao primitivismo, embora
as claridades arrebatadoras do futuro chamando-o para as grandes conquistas.
Liberar-se do forte cipoal das paixões animalizantes para os logros
da razão é o grande desafio que tem pela frente.
Onde quer que vá, encontra-se consigo mesmo.
A sua evolução sócioantropológica é a história das contínuas
lutas, em que o artista — o Espírito — arranca do bloco grotesco — a matéria —
as expressões de beleza e grandiosidade que lhe dormem imanentes.
Os mitos de todos os povos, na história das artes, das filosofias
e das religiões, apresentam a luta contínua do ser libertando-se da argamassa
celular, arrebentando algemas para firmar-se na liberdade que passa a usar,
agressivamente, no começo, até converter-se em um estado de consciência ética
plenificador, carregado de paz.
Em cada mito do passado surge o homem em luta contra forças soberanas
que o punem, o esmagam, o dominam.
Gerado o conceito da desobediência, o reflexo da punição assoma
dominador, reduzindo o calceta a uma posição ínfima, contra a qual não se pode
levantar, sequer justificar a fragilidade.
Essa incapacidade de enfrentar o imponderável — as forças
desgovernadas e prepotentes — mais tarde se apresenta camuflada em forma de
rebelião inconsciente contra a existência física, contra a vida em si mesma.
Obrigado mais a temer esses opressores, do que a os amar, compelido
a negociar a felicidade mediante oferendas e cultos, extravagantes ou não,
sente-se coibido na sua liberdade de ser, então rebelando-se e passando a uma
atitude formal em prejuízo da real, a um comportamento social e religioso
conveniente ao invés de ideal, vivendo fenômenos neuróticos que o deprimem ou
o exaltam, como efeitos naturais de sua rebelião íntima.
Ao mesmo tempo, procurando deter os instintos agressivos nele
jacentes, sem os saber canalizar, sofre reações psicológicas que lhe perturbam
o sistema emocional.
O ressentimento — que é uma manifestação da impotência agressiva
não exteriorizada — converte-se em travo de amargura, a tornar insuportável a
convivência com aqueles contra os quais se volta.
Antegozando o desforço — que é a realização íntima da fraqueza, da
covardia moral — dá guarida ao ódio que o combure, tornando a sua existência
como a do outro em um verdadeiro inferno.
O ódio é o filho predileto da selvageria que permanece em a
natureza humana. Irracional, ele trabalha pela destruição de seu oponente,
real ou imaginário, não cessando, mesmo após a derrota daquele.
Quando não pode descarregar as energias em descontrole contra o
opositor, volta-se contra si mesmo articulando mecanismos de autodestruição,
graças aos quais se vinga da sociedade que nele vige.
Os danos que o ódio proporciona ao psiquismo, por destrambelhar a
delicada maquinaria que exterioriza o pensamento e mantém a harmonia do ser,
tornam-se de difícil catalogação.
Simultaneamente, advêm reações orgânicas que se refletem nas
funções hepáticas, digestivas, circulatórias, dando origem a futuros processos
cancerígenos, cardíacos, cerebrais...
A irradiação do ódio é portadora de carga destrutiva que, não raro,
corrói as engrenagens do emissor como alcança aquele contra quem vai
direcionada, caso este sintonize em faixa de equivalência vibratória.
Lixo do inconsciente, o ódio extravasa todo o conteúdo de paixões
mesquinhas, representativas do primarismo evolutivo e cultural.
Algumas escolas, na área da psicologia, preconizam como terapia, a
liberação da agressividade, do ódio, dos recalques e castrações, mediante a
permissão do vocabulário chulo, das diatribes nas sessões de grupo, das
acusações recíprocas, pretendendo o enfraquecimento das tensões, ao mesmo
tempo a conquista da auto realização, da segurança pessoal.
Sem discutirmos a validade ou não da experiência, o homem é
pássaro cativo fadado a grandes voos; ser equipado com recursos superiores, que
viaja do instinto para a razão, desta para a intuição e, por fim, para a sua
fatalidade plena, que é a perfeição.
Uma psicologia baseada em terapêutica de agressão e libertação de
instintos, evitando as pressões que coarctam os anseios humanos, certamente
atinge os primeiros propósitos, sem erguer o paciente às cumeadas da realização
interior, da identificação e vivência dos valores de alta monta, que dão cor,
objetivo e paz à existência.
Assumir a inferioridade, o desmando, a alucinação é extravasá-los,
nunca sanar o mal, libertar-se dele por desnecessário.
Se não é recomendável para as referidas escolas, a repressão,
pelos males que proporciona, menos será liberar alguns, aos outros agredindo,
graças aos falsos direitos que tais pacientes requeiram para si, arremetendo
contra os direitos alheios.
A sociedade, considerada como castradora, marcha para terapias que
canalizem de forma positiva as forças humanas, suavizando as pressões,
eliminando as tensões através de programas de solidariedade, recreio e
serviços compatíveis com a clientela que a constitui.
O ódio pressiona o homem que se frustra, levando-o ao suicídio. Tem
origens remotas e próximas.
Nas patologias depressivas, há muito fenômeno de ódio embutido no
enfermo sem que ele se dê conta. A indiferença pela vida, o temor de enfrentar
situações novas, o pessimismo disfarçam mágoas, ressentimentos, iras não
digeridas, ódios que ressumam como desgosto de viver e anseio por interromper o
ciclo existencial.
Falhando a terapia profunda de soerguimento do enfermo, o suicídio
é o próximo passo, seja através da negação de viver ou do gesto covarde de
encerrar a atividade física.
Todos os indivíduos experimentam limites de alguma procedência.
Os extrovertidos conquistadores ocultam, às vezes, largos lances
de timidez, solidão e desconfiança, que têm dificuldade em superar.
Suas reuniões ruidosas são mais mecanismos de fuga do que recursos
de espairecimento e lazer.
Os alcoólicos que usam, as músicas ensurdecedoras que os aturdem,
encarregam-se de mantê-los mais solitários na confusão do que solidários uns
com os outros.
As gargalhadas, que são esgares festivos, substituem os sorrisos de
bem-estar, de satisfação e humor, levando-os de um para outro lugar-nenhum,
embora se movimentem por cidades, clubes e reuniões diversos.
O ser humano deve ter a capacidade de discernimento para eleger os
valores compatíveis com as necessidades reais que lhe são inerentes.
Descobrir a sua realidade e crescer dentro dela, aumentando a
capacidade de ser saudável, eis a função da inteligência individual e
coletiva, posta a benefício da vida.
As transformações propõem incertezas, que devem ser enfrentadas
naturalmente, como as oposições e os adversários encarados na condição de
ocorrências normais do processo de crescimento, sem ressentimentos, nem ódios
ou fugas para o suicídio.
O homem que progride cada dia, ascende, não sendo atingido pelas
famas dos problematizados que o não podem acompanhar, por enquanto, no
processo de crescimento.
Alcançado o acume desejado, este indivíduo está em condições de
descer sem diminuir-se, a fim de erguer aquele que permanece na retaguarda.
Ora, para alcançar-se qualquer meta e, em especial, a da paz,
torna-se necessário um planejamento, que deflui da autoconsciência, da
consciência ética, da consciência do conhecimento e do amor,
O planejamento precede a ação e desempenha papel fundamental na
vida do homem.
Somente uma atitude saudável e uma emoção equilibrada, sem
vestígios de ódio, desejo de desforço, podem planejar para o bem, o êxito, a
felicidade.”
“Depois de longa pausa, em que me examinava atentamente, continuou:
- Já observou, meu amigo, que seu fígado foi maltratado pela sua
própria ação; que os rins foram esquecidos, com terrível menosprezo às dádivas
sagradas?”
Além do pensamento,
muitas das vezes o encarnado enjere alimentos prejudiciais ao corpo espiritual.
A pergunta 952 do
Livro dos Espíritos traz a seguinte explanação:
“952. O homem que perece vítima do abuso de paixões que ele sabia
que deveriam apressar o seu fi m, mas às quais não tinha mais o poder de
resistir, porque o hábito as transformara em verdadeiras necessidades físicas,
comete um suicídio?
“É um suicídio moral. Não compreendeis que, neste caso, o homem é
duplamente culpado? Há nele falta de coragem e bestialidade e, além disso, o
esquecimento de Deus.”
“Singular desapontamento
invadira-me o coração. Parecendo desconhecer a angústia que me oprimia,
continuava o médico, esclarecendo:
- Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas,
segundo os desígnios do Senhor. O meu amigo, no entanto, iludiu excelentes
oportunidades, esperdiçado patrimônios preciosos da experiência física. A longa
tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi
reduzida a meras tentativas de trabalho que não se consumou. Todo o aparelho
gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas,
aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como
vê, o suicídio é incontestável.”
Nestes parágrafos,
apesar da decepção em tomar conhecimento do diagnóstico em relação ao
desencarne de André, é preciso atentar para as palavras do médico no que
concerne ao “corpo somático”. O que seria o corpo somático?
Djalma Santos no
site da casa do espiritismo faz a seguinte menção: “Os bilhões de células que formam o
corpo físico são fragmentos de inteligência, sob o comando da mente espiritual,
que, através do perispírito, modela, organiza e direciona o microcosmo da massa
somática do corpo físico. O corpo somático é, na realidade, uma extensão do
perispírito, muito bem rotulado pelo Dr. Hernani de Guimarães Andrade como
sendo o "modelador organizador biológico", e que sobrevive à morte,
acompanhando o espírito na volta ao mundo espiritual, enquanto o corpo físico
volta à Terra, para formar novas vidas."
Por conseguinte,
nestas palavras é necessário esclarecer a respeito do períspirito e o Livro dos
Espíritos explica:
“Perispírito
93. O Espírito, propriamente dito, está a descoberto ou, como
alguns o pretendem, encontra-se envolto numa substância qualquer?
“O Espírito é envolvido por uma substância vaporosa para ti, porém,
ainda muito grosseira para nós; todavia, bastante vaporosa para poder elevar-se
na atmosfera e transportar-se para onde ele queira.”
Como o gérmen de um fruto está envolto pelo perisperma, assim
também o Espírito, propriamente dito, reveste-se de um invólucro que, por
comparação, pode-se chamar de perispírito.
94. De onde o Espírito retira seu envoltório semi-material?
“Do fluido universal de cada globo. É por isso que não é idêntico
em todos os mundos; passando de um mundo a outro, o Espírito muda de
envoltório, como mudais de roupa.”
a) Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm até
nós, tomam um perispírito mais grosseiro?
“É preciso que se revistam da vossa matéria; já o dissemos.”
95. O envoltório semimaterial do Espírito dispõe de formas
determinadas e pode ser perceptível?
“Sim, uma forma correspondente à vontade do Espírito; é assim que
ele vos aparece algumas vezes, quer nos sonhos, quer no estado de vigília, e
que pode tomar uma forma visível e até mesmo palpável.”
“Meditei nos problemas dos
caminhos humanos, refletindo nas oportunidades perdidas. Na vida humana,
conseguia ajustar numerosas máscaras ao rosto, talhando-as conforme as
situações. Aliás, não poderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas
de episódios simples, que costumava considerar como fatos sem maior
significação. Conceituara, até ali, os erros humanos, segundo os preceitos da
criminologia. Todo acontecimento insignificante, estranho aos códigos, entraria
na relação de fenômenos naturais. Deparava-se-me, porém, agora, outro sistema
de verificação das faltas cometidas. Não me defrontavam tribunais de tortura,
nem me surpreendiam abismos infernais; contudo, benfeitores sorridentes
comentavam-me as fraquezas como quem cuida de uma criança desorientada, longe
das vistas paternas. Aquele interesse espontâneo, no entanto, feria-me a
vaidade de homem. Talvez que, visitado por figuras diabólicas a me torturarem,
de tridente nas mãos, encontrasse forças para tornar a derrota menos amarga.
Todavia, a bondade exuberante de Clarêncio, a inflexão de ternura do médico, a
calma fraternal do enfermeiro, penetravam-me fundo o espírito. Não me
dilacerava o desejo de reação; doía-me a vergonha. E chorei. Rosto entre as
mãos, qual menino contrariado e infeliz, pus-me a soluçar com a dor que me
parecia irremediável. Não havia como discordar. Henrique de Luna falava com
sobejas razões. Por fim, abafando os impulsos vaidosos, reconheci a extensão de
minhas leviandades de outros tempos. A falsa noção da dignidade pessoal cedia
terreno à justiça. Perante minha visão espiritual só existia, agora, uma
realidade torturante: era verdadeiramente um suicida, perdera o ensejo precioso
da experiência humana, não passava de náufrago a quem se recolhia por caridade”.
Enquanto encarnado,
o homem no meio onde vive e de acordo com os seus mais ínfimos desejos, acaba
se perdendo de si e deixando que a vaidade e o egoísmo prevaleçam deixando de
aproveitar precioso tempo na construção de um “mundo” melhor dentro de seu
íntimo. Desta maneira, quando desencarna acaba por recolher o fruto, mesmo que
estragado, de suas desventuras; acaba percebendo a inutilidade que foi a
oportunidade de progresso espiritual; acaba, enfim, sofrendo...
“Foi então que o generoso
Clarêncio, sentando-se no leito, a meu lado, afagou-me paternalmente os cabelos
e falou comovido:
- Oh! meu filho, não te lastimes tanto. Busquei-te atendendo à
intercessão dos que te amam, dos planos mais altos. Tuas lágrimas atingem seus
corações. Não desejas ser grato, mantendo-te tranquilo no exame das próprias
faltas? Na verdade, tua posição é a do suicida inconsciente; mas é necessário
reconhecer que centenas de criaturas se ausentam diariamente da Terra, nas
mesmas condições. Acalma-te, pois. Aproveita os tesouros do arrependimento,
guarda a bênção do remorso, embora tardio, sem esquecer que a aflição não
resolve problemas. Confia no Senhor e em nossa dedicação fraternal. Sossega a
alma perturbada, porque muitos de nós outros já perambulamos igualmente nos
teus caminhos.”
De acordo com a
leitura deste capítulo, há dois tipos de suicídio: o consciente e o
inconsciente. No caso de André, ele realizou este último. Neste, o ato se
concretiza quando o encarnado tem atitudes contrárias a prática do amor ao
próximo, quando prejudica o seu corpo físico dia a dia sem dar a devida
importância, o devido cuidado. Já o caso
daquele, é quando o encarnado escolhe por conta própria extrair a vida corpórea
cedida pelo Supremo Pai.
Ambos os tipos
ocasionam a criatura desencarna, quando começa a ter consciência do ato
praticado, o arrependimento... e, infelizmente, muitas pessoas, apesar de
estarem encarnadas e terem conhecimento da triste atitude praticada consigo
mesmas, continuam, permanecem cegas e acabam exterminando a oportunidade de evolução
em direção ao bem, ao amor, a luz, a paz que tanto almejam, que tanto
procuram...
A maioria pode até
contestar dizendo que não sabiam o que estavam fazendo; contudo, lá no íntimo
elas tem este tipo de conhecimento.
De certa forma,
quando conseguem perceber a escolha equivocada feita, não conseguem deter as
lágrimas de amargura derramadas.
De qualquer maneira
e em qualquer momento, ninguém nunca está sozinho, tem sempre outro ser
transmitindo carinho, atenção e amor.
“Ante a generosidade que
transbordava dessas palavras, mergulhei a cabeça em seu colo paternal e chorei
longamente.”
Apesar do
sofrimento, é preciso ser forte o suficiente para perceber e reconhecer os
erros cometidos. É preciso ser humilde o suficiente para compreender e aceitar
aquilo que não se pode mudar uma vez já feito. É preciso ser humilde o
suficiente para chorar quando a amargura bate na porta do coração.
Refletindo a
respeito da morte, convém ler o texto de Léon Denis:
“TRABALHO,
SOBRIEDADE, CONTINÊNCIA
O trabalho é uma lei para as humanidades planetárias, assim como
para as sociedades do espaço. Desde o ser mais rudimentar até os Espíritos angélicos
que velam pelos destinos dos mundos, cada um executa sua obra, sua parte, no
grande concerto universal.
Penoso e grosseiro para os seres inferiores, o trabalho suaviza-se
à medida que o Espírito se purifica. Torna-se uma fonte de gozos para o
Espírito adiantado, insensível às atrações materiais, exclusivamente ocupado
com estudos elevados.
É pelo trabalho que o homem doma as forças cegas da Natureza e preserva-se
da miséria; é por ele que as civilizações se formam, que o bem-estar e a
Ciência se difundem.
O trabalho é a honra, é a dignidade do ser humano. O ocioso que se aproveita,
sem nada produzir, do trabalho dos outros não passa de um parasita. Quando o
homem está ocupado com sua tarefa, as paixões aquietam-se.
A ociosidade, pelo contrário, instiga-as, abrindo-lhes um vasto
campo de ação. O trabalho é também um grande consolador, é um preservativo
salutar contra as nossas aflições, contra as nossas tristezas. Acalma as
angústias do nosso espírito e fecunda a nossa inteligência. Não há dor moral,
decepções ou reveses que não encontrem nele um alívio; não há vicissitudes que
resistam à sua ação prolongada. O trabalho é sempre um refúgio seguro na prova,
um verdadeiro amigo na tribulação. Não produz o desgosto da vida. Mas quão digna
de piedade é a situação daquele a quem as enfermidades condenam à imobilidade,
à inação! E quando esse ser experimenta a grandeza, a santidade do trabalho,
quando, acima do seu interesse próprio, vê o interesse geral, o bem de todos e
nisso também quer cooperar, eis então uma das mais cruéis provas que podem
estar reservadas ao ser vivente.
Tal é, no espaço, a situação do Espírito que faltou aos seus deveres
e desperdiçou a sua vida. Compreendendo muito tarde a nobreza do trabalho e a vileza
da ociosidade, sofre por não poder então realizar o que sua alma concebe e
deseja.
O trabalho é a comunhão dos seres. Por ele nos aproximamos uns dos outros,
aprendemos a auxiliarmo-nos, a unirmo-nos; daí à fraternidade só há um passo. A
antiguidade romana havia desonrado o trabalho, fazendo dele uma condição de
escravatura. Disso resultou sua esterilidade moral, sua corrupção, suas
insípidas doutrinas.
A época atual tem uma concepção da vida muito diferente.
Encontra-se já satisfação no trabalho fecundo e regenerador. A filosofia dos
Espíritos reforça ainda mais essa concepção, indicando-nos na lei do trabalho o
germe de todos os progressos, de todos os aperfeiçoamentos, mostrando-nos que a
ação dessa lei estende-se à universalidade dos seres e dos mundos. Eis por que estávamos
autorizados a dizer: Despertai, á vós todos que deixais dormitar as vossas
faculdades e as vossas forças latentes! Levantai-vos e mãos à obra!
Trabalhai, fecundai a terra, fazei ecoar nas oficinas o ruído
cadenciado dos martelos e os silvos do vapor. Agitai-vos na colmeia imensa.
Vossa tarefa é grande e santa. Vosso trabalho é a vida, é a glória, é a paz da
Humanidade.
Obreiros do pensamento, perscrutai os grandes problemas, estudai a
Natureza, propagai a Ciência, espalhai por toda parte tudo o que consola, anima
e fortifica. Que de uma extremidade a outra do mundo, unidos na obra gigantesca,
cada um de nós se esforce a fim de contribuir para enriquecer o domínio
material, intelectual e moral da Humanidade!
*
A primeira condição para se conservar a alma livre, a inteligência
sã, a razão lúcida é a de ser sóbrio e casto. Os excessos de alimentação
perturbam-nos o organismo e as faculdades; a embriaguez faz-nos perder toda a dignidade
e toda a moderação. O seu uso continuo produz uma série de moléstias, de
enfermidades, que acarretam uma velhice miserável.
Dar ao corpo o que lhe é necessário, a fim de torná-lo servidor
útil e não tirano, tal é a regra do homem criterioso. Reduzir a soma das
necessidades materiais, comprimir os sentidos, domar os apetites vis é
libertar-se do jugo das forças Inferiores, é preparar a emancipação do
Espírito. Ter poucas necessidades é também uma das formas da riqueza.
A sobriedade e a continência caminham juntas. Os prazeres da carne enfraquecem-nos,
enervam-nos, desviam-nos da sabedoria. A volúpia é como um abismo onde o homem
vê soçobrar todas as suas qualidades morais.
Longe de nos satisfazer, atiça os nossos desejos. Desde que a
deixamos penetrar em nosso seio, ela invade-nos, absorve-nos e, como uma vaga, extingue
tudo quanto há de bom e generoso em nós. Modesta visitante ao princípio, acaba
por dominar-nos, por se apossar de nós completamente.
Evitai os prazeres corruptores em que a juventude se estiola, em
que a vida se desseca e altera. Escolhei em momento oportuno uma companheira e
sede-lhe fiel. Constituí uma família. A família é o estado natural de uma
existência honesta e regular. O amor da esposa, a afeição dos filhos, a sã
atmosfera do lar são preservativos soberanos contra as paixões. No meio dessas
criaturas que nos são caras e veem em nós seu principal arrimo, o sentimento de
nossas responsabilidades se engrandece; nossa dignidade e nossa circunspeção acentuam-se;
compreendemos melhor os nossos deveres e, nas alegrias que essa vida
concede-nos, colhemos as forças que nos tornam suave o seu cumprimento. Como
ousar cometer atos que fariam envergonhar-nos sob o olhar da esposa e dos
filhos? Aprender a dirigir os outros é aprender a dirigir-se a si próprio, a
tornar-se prudente e criterioso, a afastar tudo o que pode manchar-nos a
existência.
É condenável o viver insulado. Dar, porém, nossa vida aos outros,
sentirmo-nos reviver em criaturas de que soubemos fazer pessoas úteis,
servidores zelosos para a causa do bem e da verdade, morrermos depois de deixar
cimentado um sentimento profundo do dever, um conhecimento amplo dos destinos é
uma nobre tarefa.
Se há uma exceção a essa regra, esta será em favor daqueles que,
acima da família, colocam a Humanidade e que, para melhor servi-la, para
executar em seu proveito alguma missão maior ainda, quiseram afrontar sozinhos
os perigos da vida, galgar solitários a vereda árdua, consagrar todos os seus instantes,
todas as suas faculdades, toda a sua alma a uma causa que muitos ignoram, mas
que eles jamais perderam de vista.
A sobriedade, a continência, a luta contra as seduções dos sentidos
não são, como pretendem os mundanos, uma infração às leis morais, um amesquinhamento
da vida; ao contrário, elas despertam em quem as observa e executa uma
percepção profunda das leis superiores, uma intuição precisa do futuro. O
voluptuoso, separado pela morte de tudo o que amava, consome-se em vãos
desejos. Frequenta as casas de deboche, busca os lugares que lhe recordam o
modo de vida na Terra e, assim, prende-se cada vez mais a cadeias materiais,
afasta-se da fonte dos puros gozos e vota-se à bestialidade, às trevas.
Atirar-se às volúpias carnais é privar-se por muito tempo da paz
que usufruem os Espíritos elevados. Essa paz somente pode ser adquirida pela pureza.
Não se observa isso desde a vida presente? As nossas paixões e os nossos
desejos produzem imagens, fantasmas que nos perseguem até no sono e perturbam
as nossas reflexões. Mas, longe dos prazeres enganosos, o Espírito bom
concentra-se, retempera-se e abre-se às sensações delicadas.
Os seus pensamentos elevam-se ao infinito. Desligado com
antecedência das concupiscências ínfimas, abandona sem pesar o seu corpo
exausto.
Meditemos muitas vezes e ponhamos em prática o provérbio oriental:
Sê puro para seres feliz e para seres forte!”
O Livro dos
Espíritos esclarece a respeito do que concerne o tema do suicídio:
“Desgosto da Vida.
Suicídio
943. De onde provém
o desgosto da vida que se apodera de alguns indivíduos,
sem motivos
plausíveis?
“Efeito da
ociosidade, da falta de fé e, frequentemente, da saciedade. Para aquele que
exerce suas faculdades com um fim útil e de
acordo com suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida
passa mais rapidamente; suporta-lhe as vicissitudes com tanto mais paciência e
resignação, porquanto age tendo em vista a felicidade mais sólida e mais
durável que o espera.”
944. O homem tem o
direito de dispor de sua própria vida?
“Não, só Deus tem este
direito. O suicídio voluntário é uma transgressão desta lei.”
a) O suicídio não é
sempre voluntário?
“O louco que se mata não sabe o que faz.”
945. O que pensar do
suicídio que tem como causa o desgosto da vida?
“Insensatos! Por que
não trabalhavam? A existência não lhes teria sido tão pesada!”
946. O que pensar do
suicídio que tem como objetivo escapar das misérias e das decepções deste
mundo?
“Pobres Espíritos,
que não têm a coragem de suportar as misérias da existência!
Deus ajuda aqueles
que sofrem e, não, aqueles que não possuem força nem coragem. As tribulações da
vida são provas ou expiações; felizes os que as suportam sem murmurar, pois
serão recompensados por isso! Infelizes, ao contrário, aqueles que esperam sua
salvação daquilo que, na sua impiedade, chamam de acaso ou fortuna! O acaso ou
a fortuna, para me servir da linguagem deles, podem, com efeito, favorecê-los
por um instante, mas é para lhes fazer sentir, mais tarde e mais cruelmente, o
nada que representam essas palavras.”
a) Aqueles que
tenham conduzido o infeliz a esse ato de desespero sofrerão as consequências
disso?
“Oh! Esses, pobres
deles, pois responderão por isso, como
por um assassinato.”
947. O homem que
luta contra a necessidade e que se deixa morrer de desespero pode ser considerado
como um suicida?
“É um suicídio, mas
aqueles que o causaram, ou que poderiam impedi-lo, são mais culpados do que ele
e a indulgência o espera. Entretanto, não creiais que ele seja inteiramente
absolvido, se lhe faltaram firmeza e perseverança e se não usou de toda a sua
inteligência, para sair do atoleiro. Pobre dele, principalmente, se seu
desespero nasce do orgulho; quero dizer, se ele for desses homens em quem o
orgulho paralisa os recursos da inteligência, que corariam de dever sua existência
ao trabalho de suas mãos e que preferem morrer de fome a descer daquilo que
chamam de sua posição social! Não haverá cem vezes mais grandeza e dignidade em
lutar contra a adversidade, em afrontar a crítica de um mundo fútil e egoísta,
que só tem boa-vontade para com aqueles a quem nada falta e que vos vira as
costas, assim que precisais dele? Sacrificar sua vida à consideração desse mundo
é uma coisa estúpida, pois ele nenhuma importância dá a isso.”
948. O suicídio que
tem por objetivo escapar da vergonha de uma ação má é tão reprovável quanto
aquele que é causado pelo desespero?
“O suicídio não
apaga a falta; ao contrário, em vez de uma, haverá duas. Quando se teve a
coragem de fazer o mal, é preciso ter a de sofrer-lhe as consequências. Deus
julga e, conforme a causa, pode, algumas vezes, diminuir os seus rigores.”
949. O suicídio será
desculpável, quando tenha por objetivo impedir que a vergonha caia sobre os filhos,
ou sobre a família?
“O que assim age, não faz bem, mas acredita
que o faz e isso Deus lhe leva em conta, pois é uma expiação que a si mesmo
impõe. Atenua a sua falta pela intenção, mas nem por isso deixa de cometer uma
falta. De resto, aboli os abusos de vossa sociedade e vossos preconceitos e não
haverá mais desses suicídios.”
Aquele que tira a
própria vida, para escapar à vergonha de uma ação má, prova que valoriza mais a
estima dos homens do que a de Deus, pois vai retornar à vida espiritual
carregado das suas iniquidades e tendo-se privado dos meios de repará-las,
durante a sua vida. Deus é, frequentemente, menos inexorável do que os homens;
ele perdoa ao que se arrepende sinceramente e leva em conta a reparação; o
suicídio nada repara.
950. Que pensar
daquele que tira a sua vida, na esperança de chegar mais depressa a uma vida melhor?
“Outra loucura! Que
faça o bem e estará mais seguro de a ela chegar, pois, retardando sua entrada
num mundo melhor, ele próprio pedirá para vir concluir esta vida que ele interrompeu, por um equívoco. Uma
falta, qualquer que seja, nunca abre o santuário dos eleitos.”
951. O sacrifício da
própria vida não é, algumas vezes, meritório, quando tem como objetivo salvar a
de outrem, ou ser útil aos seus semelhantes?
“Isso é sublime,
conforme a intenção, e o sacrifício da vida não constitui suicídio; mas Deus se
opõe a um sacrifício inútil e não pode vê-lo com bons olhos, se ele é manchado
pelo orgulho. Um sacrifício só é meritório pelo desinteresse e aquele que o
pratica tem, algumas vezes, uma segunda intenção que lhe diminui o valor aos
olhos de Deus.”
Todo sacrifício
feito às custas de sua própria felicidade é um ato soberanamente meritório aos
olhos de Deus, pois constitui a prática da lei de caridade. Ora, sendo a vida o
bem terrestre pelo qual o homem tem maior apreço, aquele que a ela renuncia,
pelo bem dos seus semelhantes, não comete um atentado: realiza um sacrifício.
Mas, antes de fazê-lo, deve avaliar se sua vida não poderia ser mais útil do
que sua morte.
952. O homem que
perece vítima do abuso de paixões que ele sabia que deveriam apressar o seu fi
m, mas às quais não tinha mais o poder de resistir, porque o hábito as
transformara em verdadeiras necessidades físicas, comete um suicídio?
“É um suicídio
moral. Não compreendeis que, neste caso, o homem é duplamente culpado? Há nele
falta de coragem e bestialidade e, além disso, o esquecimento de Deus.”
a) É mais ou menos
culpado do que aquele que tira sua vida por desespero?
“Ele é mais culpado,
porque tem tempo de refletir sobre seu suicídio; naquele que o faz
instantaneamente, há, algumas vezes, uma espécie de desvario que se assemelha à
loucura; o outro será muito mais punido, pois as penas são sempre proporcionais
à consciência que se tem das faltas cometidas.”
953. Quando uma
pessoa vê diante de si uma morte inevitável e terrível, é culpada por abreviar
de alguns instantes seus sofrimentos, através de uma morte voluntária?
“Somos sempre culpados por não esperar o termo
fixado por Deus. Além disso, estaremos bem certos de que, apesar das
aparências, esse termo tenha chegado e de que não poderemos receber um socorro
inesperado, no último momento?”
a) Concebe-se que,
nas circunstâncias comuns, o suicídio seja condenável, mas supomos o caso em
que a morte é inevitável e em que a vida só é abreviada de alguns instantes.
“É sempre uma falta
de resignação e de submissão à vontade do Criador.”
b) Quais são, nesse
caso, as consequências desta ação?
“Uma expiação
proporcional à gravidade da falta, conforme as circunstâncias,
como sempre.”
954. Uma imprudência
que compromete a vida, sem necessidade, é condenável?
“Não há
culpabilidade, quando não há intenção, ou consciência perfeita de praticar o
mal.”
955. As mulheres
que, em certos países, se queimam voluntariamente sobre os corpos de seus
maridos, podem ser consideradas suicidas e sofrem as consequências deste gesto?
“Elas obedecem a um
preconceito e, frequentemente, mais à força do que pela sua própria vontade.
Creem cumprir um dever e este não é o caráter do suicídio. A desculpa delas
está na nulidade moral da maioria e na sua ignorância. Esses usos bárbaros e
estúpidos desaparecem com a civilização.”
956. Aqueles que,
não podendo suportar a perda de pessoas que lhes são caras, matam-se na
esperança de ir juntar-se a elas, atingem o seu objetivo?
“O resultado para
eles é completamente diferente daquele que esperavam e, em vez de se reunirem
ao objeto de suas afeições, afastam-se dele por muito mais tempo, pois Deus não
pode recompensar um ato de covardia e o insulto que lhe é feito, duvidando de
sua Providência. Pagarão este instante de loucura com aflições maiores do que
as que acreditavam abreviar e não terão, para compensá-las, a satisfação que
esperavam.” (934 e seguintes)
957. Em geral, quais
são as consequências do suicídio, relativamente ao estado de Espírito?
“As consequências do
suicídio são muito diversas; não há penas fixas e, em todos os casos, são
sempre relativas às causas que o produziram; mas existe uma consequência à qual
o suicida não pode escapar: é o
desapontamento. De resto, a sorte não é a mesma para todos: depende das
circunstâncias; alguns expiam suas faltas imediatamente, outros, numa nova
existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.”
A observação mostra,
de fato, que os efeitos do suicídio nem sempre são os mesmos; porém, há alguns
comuns a todos os casos de morte violenta, consequência da interrupção brusca
da vida. Primeiramente, há a persistência mais prolongada e mais tenaz do elo
que une o Espírito ao corpo, porque esse elo está, quase sempre, na plenitude
de sua força, no momento em que é partido, enquanto que, na morte natural, ele
se enfraquece gradualmente e, frequentemente, se desfaz, antes que a vida
esteja completamente extinta. As consequências desse estado de coisas são o
prolongamento da perturbação espiritual, depois da ilusão que, durante um tempo
mais ou menos longo, faz com que o espírito acredite que ainda pertence ao
número dos vivos. (155 e 165)
A afinidade que
persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de
repercussão do estado do corpo no Espírito, que sente, assim, contra a vontade,
os efeitos da decomposição, experimentando uma sensação cheia de angústias e de
horror.
Este estado pode
persistir, também, durante tanto tempo quanto devesse durar a vida que
interromperam. Tal efeito não é geral; mas, em nenhum caso, o suicida fica
isento das consequências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia seu
erro, de um jeito ou de outro. É assim que alguns Espíritos, que tinham sido
muito infelizes na Terra, disseram ter-se suicidado na existência anterior e
submetido, voluntariamente, a novas provas, para tentar suportá-las com mais
resignação. Em alguns, há uma espécie de ligação à matéria, de que procuram, em
vão, desembaraçar-se, para voarem para mundos melhores, cujo acesso lhes está
interditado; na maioria, há o pesar de ter feito uma coisa inútil, já que só
decepções experimentam.
A religião, a moral,
todas as filosofias condenam o suicídio como contrário à lei natural; todas nos
dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar, voluntariamente, a sua
vida; mas, por que não temos esse direito? Por que não somos livres para pôr um
termo aos nossos sofrimentos? Estava reservado ao Espiritismo demonstrar, pelo
exemplo dos que sucumbiram, que não se trata apenas de uma falta representativa
de infração a uma lei moral, consideração de pouco peso para alguns indivíduos,
mas de um ato estúpido, visto que nada se ganha com ele, longe disso; não é a
teoria que ele nos ensina, são os fatos que nos patenteia.”
Caibar Schutel
auxilia:
“Suicídio
Não somente pelo
gesto arrojado nos despenhadeiros da autodestruição, dominado pela loucura e a insensatez, o homem se suicida. Também o faz pelo
desrespeito às leis do equilíbrio
e da serenidade com que a vida nos dignifica em toda a parte. Suicidas! Quase
todos o somos.
A Lei Divida é
roteiro disciplinante e o corpo
físico é vaso sagrado para a evolução.
No entanto, ao império da desordem, não raro desvalorizamos as bênçãos do amor celeste
e geramos as víboras que nos picarão, logo mais, contribuindo com os anéis
vigorosos que nos despedaçarão de imediato.
Coléricos extremados
são suicidas impenitentes. Ciumentos inveterados, glutões renitentes,
sexualistas descontrolados, ambiciosos incorrigíveis, preguiçosos dissolutos,
toxicômanos inconsequentes, alcoólatras insistentes, covardes e melancólicos
que cultivam as viciações do corpo e da mente, escravizando-se às paixões
aniquilantes em que se comprazem, são suicidas lentos, caminhando para
surpresas dolorosas, em que empenharão séculos de luta punitiva e dor reparadora
para a própria libertação nos círculos das reencarnações inferiores...
Em razão disso, afirmou Jesus há vinte séculos:
“Buscai a Verdade e a Verdade vos fará livres...”
E a Doutrina
Espírita, parafraseando o Cordeiro de Deus, afirma: “Fora da Caridade não há
salvação”. Porque a Caridade, como o amor,
é alma da Verdade que, em si mesma, é a vibração da vida.
Espírita! Tenha
cuidado! Ligue-se ao pensamento superior e cultive no Espiritismo a ideia
universal do bem, irrigando sua alma de
consolo e esperança, a fim de vibrar acima das paixões, tranquilo e feliz, após
as lutas necessárias no caminho renovador do
aprendizado espiritual, na carne.
Valorizemos, desse
modo, o auxílio ao próximo, mas consideremos que o respeito à própria vida,
para preservação do vaso orgânico que nos serve de veículo à evolução, é Caridade que não pode ser
desconsiderada em nosso roteiro iluminativo.
Cultivemos o dever e
a disciplina e afinados ao ideal de melhor servir em nome do Servidor Incansável, prossigamos fiéis e dignos
em todos os dias da vida.
Suicidas - suicidas
quase todos nós o somos!
Porém, como Jesus é
a “luz do mundo”, busquemo-lo, empenhando-nos nas lides da imortalidade e
despertaremos, além-da-morte,
como andorinha feliz singrando o ar ridente de Eterna Primavera.”
Disponível em
http://www.caminhosluz.com.br/detalhe.asp?txt=2362
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DÊNIS, Leon. Depois da morte. 3.ed. Rio de Janeiro: CELD, 2011.
FRANCO, Divaldo P. O homem integral. Pelo Espírito Joanna de
Ângelis. 3.ed. Rio de Janeiro: Leal, 1996.
KARDEC, Allan. A Gênese: os milagres e as predições segundo o
Espiritismo. Trad. de Guillon Ribeiro da 5. ed. francesa. 48. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2005.
______. O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o
Espiritismo. Trad. de Manuel Justiniano Quintão. 57. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2005.
______. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. de Guillon Ribeiro
da 3. ed. francesa rev., corrig. e modif. pelo autor em 1866. 124. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2004.
______. O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita.
Trad. de Guillon Ribeiro. 86. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.
XAVIER, Francisco Cândido. Amigo.
Pelo espírito Emmanuel. Editora Clarim, 1973.
______. Fonte viva. Pelo
espírito Emmanuel. 1.e.d. 6 imp.Brasília: FEB, 2013.
______. Segue-me. Pelo
espírito Emmanuel. Editora Clarim, 1973.
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