terça-feira, 28 de julho de 2015

Conclusão do Capítulo XIII - Item 17
A Piedade

A piedade é o sentimento divino que nos impulsiona ao auxílio do próximo, à caridade. Todos trazemos no coração esta centelha de amor que precisa do nosso esforço fraterno para expandir-se.

1 - O que é piedade?
É a simpatia espontânea e desinteressada que experimentamos, ao presenciarmos o sofrimento do nosso próximo.
"A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos; é a irmã da caridade, que vos conduz a Deus."

2 - Por que é necessário que tenhamos piedade, diante do sofrimento do próximo?
Porque este sentimento, se sincero e profundo, nos levará à prática da caridade, pois nos sensibilizará ao ponto de desejarmos minorar-lhe o sofrimento, através dos meios de que dispusermos.
A piedade bem sentida é amor, devotamento, esquecimento de si mesmo, abnegação em favor dos desgraçados.
A piedade é a mola propulsora da caridade: não a praticamos, senão quando nos compadecemos do sofrimento alheio.

3 - Por que é comum refrear este sentimento, evitando encarar o sofrimento alheio?
Porque o egoísmo e o orgulho endurecem o nosso coração, gerando a indiferença, o comodismo, o medo de sermos importunados em nossa tranquilidade ou lesados nos bens materiais.
"O sentimento mais apropriado a fazer que progridais, domando em vós o egoísmo e o orgulho, aquele que dispõe vossa alma à humildade, à beneficência e ao amor ao próximo é a piedade."
"Temei conservar-vos indiferentes, quando puderdes ser úteis."

4 - Por que a piedade pode ser considerada como o sentimento mais apropriado a fazer com que progridamos?
Porque nos ensina a brotar dentro de nós o amor incondicional e a aprendermos a praticar o ato da caridade

A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos; é a irmã da caridade, que vos conduz a Deus. Ah! deixai que o vosso coração se enterneça ante o espetáculo das misérias e dos sofrimentos dos vossos semelhantes. Vossas lágrimas são um bálsamo que lhes derramais nas feridas e, quando, por bondosa simpatia, chegais a lhes proporcionar a esperança e a resignação, que encanto não experimentais!”

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