quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Conclusão do Capítulo XVI – Itens de 8 a 10
Desigualdade das riquezas

A constatação de que a miséria de hoje é fruto do uso indevido das riquezas do ontem não pode ser motivo para diminuir nosso empenho na minoração das agruras dos menos afortunados.

1 - Por que não são igualmente ricos todos os homens?
"Por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar", nem justos o suficiente para atribuir a quem trabalha correta remuneração ao seu esforço.
A desigualdade das riquezas é inerente ao estágio evolutivo do homem. Só será à medida que ele evoluir moralmente.

2 - O problema da pobreza estaria resolvido se, num dado momento, toda a riqueza do mundo fosse igualmente repartida entre os homens?
Não, pois a cada um caberia uma parcela mínima e insuficiente; ademais, esta condição inicial de igualdade logo seria rompida pelas diferenças individuais, de sorte que alguns aumentariam seus haveres e outros perdê-los-iam.
"É, aliás, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente".

3 - Como podemos contribuir para tornar menos injusta a sociedade em que vivemos?
Se nos foi dados possuir bens, devemos utilizá-los em benefício do próximo, gerando oportunidades de beneficiá-lo com trabalho digno e lembrando sempre de que o supérfluo não nos pertence. Se nos encontramos privados de riquezas, cuidemos de armazenar tesouros de paciência e resignação, buscando no trabalho e na prece a superação de nossas dificuldades, sem deixar de lutar com ânimo firme por melhorias e progressos em nossas vidas.

"A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para todos os outros, a prova da caridade e da abnegação."

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