Conclusão do Capítulo XVI – Itens de 8 a 10
Desigualdade das riquezas
Desigualdade das riquezas
A
constatação de que a miséria de hoje é fruto do uso indevido das riquezas do
ontem não pode ser motivo para diminuir nosso empenho na minoração das agruras
dos menos afortunados.
1 - Por
que não são igualmente ricos todos os homens?
"Por não serem igualmente inteligentes, ativos e
laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar", nem
justos o suficiente para atribuir a quem trabalha correta remuneração ao seu
esforço.
A desigualdade das riquezas é inerente ao estágio
evolutivo do homem. Só será à medida que ele evoluir moralmente.
2 - O
problema da pobreza estaria resolvido se, num dado momento, toda a riqueza do
mundo fosse igualmente repartida entre os homens?
Não, pois a cada um caberia uma parcela mínima e insuficiente;
ademais, esta condição inicial de igualdade logo seria rompida pelas diferenças
individuais, de sorte que alguns aumentariam seus haveres e outros
perdê-los-iam.
"É, aliás, ponto matematicamente demonstrado que
a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e
insuficiente".
3 -
Como podemos contribuir para tornar menos injusta a sociedade em que vivemos?
Se nos foi dados possuir bens, devemos utilizá-los em
benefício do próximo, gerando oportunidades de beneficiá-lo com trabalho digno
e lembrando sempre de que o supérfluo não nos pertence. Se nos encontramos
privados de riquezas, cuidemos de armazenar tesouros de paciência e resignação,
buscando no trabalho e na prece a superação de nossas dificuldades, sem deixar
de lutar com ânimo firme por melhorias e progressos em nossas vidas.
"A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da
paciência e da resignação; a riqueza é, para todos os outros, a prova da
caridade e da abnegação."
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