Conclusão de ESTUDANDO
A MEDIUNIDADE
QUESTÕES
PROPOSTAS PARA ESTUDO
1-a) Comentar e desenvolver sobre a
assertiva: “A mente permanece na base de
todos os fenômenos mediúnicos”.
A comunicação mediúnica, como sabemos, processa-se mente a mente, isto é, dá-se
através da ligação entre a mente do espírito comunicante e a mente do
médium, transmitindo-se a ideia da mensagem pelo pensamento. A mente, portanto, funciona como o
instrumento operador da mediunidade, ou, como disse o instrutor Albério, é a base
dos fenômenos mediúnicos.
1-b)
Qual a definição de mente? O que é? Qual sua importância na
comunicabilidade entre os Espíritos?
A definição de mente é questão que ainda não está claramente elucidada. Resumidamente, o que nos é dado
saber é que a mente é uma parte do ser espírito, onde tem a
sua sede. André Luiz, no livro "Evolução em Dois Mundos", nos dá notícia de que a mente
é envolvida por um corpo especial, à parte do perispírito, que denominou "corpo
mental".
Assim como o perispírito serve como envoltório do
espírito, o corpo mental é o envoltório da mente. Aos três elementos constitutivos
do homem - espírito, perispírito e corpo de carne - André Luiz, em mais um
passo na complementação da terceira revelação, acrescenta um quarto: o corpo mental. Embora afirme
que esse corpo mental ainda não possa ser melhor conceituado, por falta de
terminologia na linguagem terrena, esclarece o Autor espiritual que
o corpo mental preside a formação do
perispírito, do mesmo modo que este preside a formação do
corpo físico.
A mente é,
assim, a usina geradora da vontade do espírito. Por seu intermédio, o espírito
produz uma força inteligente, que
podemos chamar de "ideia", que ganha forma e direção através do
pensamento. Por esse motivo, assume papel de fundamental importância
nas manifestações mediúnicas, para as quais serve de base. Conforme a
natureza da ideia que exterioriza, através do
pensamento, será a qualidade do espírito atraído pelo medianeiro. Por força da
lei de afinidade, o médium atrai para si espíritos com os quais se identifica
pela natureza de seus pensamentos. Isto se aplica tanto no aspecto moral como
intelectual. Um médium que tenha um sistema de vida pouco afeito aos bons
costumes e á pratica do bem atrairá espíritos do mesmo modo perseverantes nos
maus hábitos e na prática do mal. Aquele que convive com os bons hábitos e se
dedica ao bem, ao contrário destes últimos, trará para o seu campo mental
espíritos igualmente dedicados a atos e pensamentos edificantes.
O mesmo se dá com relação ao valor intelectual da comunicação.
Conforme explicou o Instrutor Albério, um espírito sábio não poderá se comunicar através de um médium inculto senão para assuntos triviais, de que este tenha conhecimento.
Nesse caso, campo mental receptivo não estaria capacitado para pensamentos mais complexos
que aqueles com os quais convive. Por outro lado, um espírito com pouca evolução intelectual
não poderia transmitir, mesmo através de um médium sábio,
mais do que o pouco que conhece.
2-a) Comentar e desenvolver sobre a assertiva:
“A ideia é um ser organizado por nosso espírito, a que o pensamento dá forma e
ao qual a vontade imprime movimento e direção. Do
conjunto de nossas ideais resulta a nossa própria existência".
A ideia
é o produto da força criadora do espírito; o pensamento é o veículo que a transporta, através do
fluido cósmico universal;
a vontade é o sentimento que lhe dá movimento e direção. A
mente, como órgão criador, produz a ideia; o pensamento é o modulador
que lhe dá a forma; a vontade é o guia que a porá em ação.
2-b) O Que é o pensamento? Qual sua relação com o
campo mental? E qual sua relação com a comunicabilidade entre Espíritos?
Para os cientistas materialistas, o pensamento é um
produto químico-cerebral, ou seja, como que uma secreção produzida
pelo cérebro. Seria, segundo esses pensadores, algo semelhante à bílis, que é
segregada pelo fígado ou pela urina, proveniente dos rins.
O Espiritismo,
porém, como a ciência que estuda o espírito sob as mais variadas óticas, ensina
que o pensamento é produto da mente e, por conseguinte, do ser espiritual. O
pensamento é, pois, uma energia que transporta a criação mental
através de ondas magnéticas que se propagam pelo espaço como
raios. Como explicou Kardec em "A Gênese", "sendo os fluidos o veículo do
pensamento, este atua sobre os fluidos como o som sobre o ar; eles nos trazem o
pensamento, como o ar nos traz o som." Mergulhando no fluido cósmico
universal, o pensamento é transportado a distâncias ilimitadas, chegando às
mentes de encarnados e desencarnados. Com isso, cria um vínculo
fluídico entre os que se afinizam por pensamentos da mesma
natureza, numa troca de valores mentais de idênticas qualidades.
Daí sua importância na
comunicabilidade com os espíritos. Pela natureza do pensamento do médium,
através da sintonia vibratória que produz, é que se vai
estabelecer a conexão mental entre comunicante e médium, sendo
a comunicação sempre pautada pelas suas naturezas. A força
criadora produzida pela mente e exteriorizada pelo pensamento é a continuação do próprio
espírito, refletindo o seu estágio de
evolução moral e intelectual.
3) O
que são
"vibrações compensadas"? E qual sua correlação com a
comunicabilidade entre espíritos?
As
"vibrações compensadas" a que se refere o benfeitor Albério são a
sintonia, a ressonância psíquica existente entre dois seres que nutrem
pensamentos da mesma natureza. Alimentando a mesma qualidade de ideias, dois ou
mais espíritos, encarnados ou desencarnados, imantam-se pelo pensamento, vinculando-se,
magneticamente, uns aos outros. As vibrações compensadas são uma troca de energias da mesma natureza, alimentando
mutuamente as mentes envolvidas por essa sintonia.
Na comunicação mediúnica, é um
fator de grande relevância, pois cria uma interdependência entre
os espíritos. Na senda
evolutiva, os espíritos se adiantam em grupos que se afinizam, uns auxiliando os
outros a progredirem, ora reunidos na carne, ora no mundo espiritual. Para o
exercício da mediunidade, o médium não pode se esquecer da necessidade do auto aperfeiçoamento,
através do estudo doutrinário e da prática dos ensinamentos evangélicos.
Sem isso, corre o risco de se envolver em compensação
vibratória com espíritos de baixa evolução, que somente utilizarão seus dotes mediúnicos para criar dificuldades e
fazer o mal.
4)
Comentar e desenvolver sobre a assertiva: “Saibamos, assim, cultivar a educação,
aprimorando-nos cada dia. Médiuns somos todos nós, nas linhas de atividade em que
nos situamos”.
A mediunidade é uma condição
natural do espírito, esteja ele encarnado ou não. Desde sempre as manifestações mediúnicas
aconteceram no seio da humanidade. Tanto o Antigo Testamento como os quatro evangelhos
que nos legaram a Boa Nova que Jesus veio trazer encontram-se repletos de
relatos de fenômenos mediúnicos. Dessa forma, a mediunidade reflete o
estágio evolutivo da humanidade. No momento, como a evolução é
gradativa, pois a natureza não dá saltos, a humanidade ainda se encontra distante do
estado crístico, uma vez que ainda estamos no início da nossa
evolução. Somos, então, médiuns ainda sujeitos a dificuldades e a servir de
instrumentos ao plano inferior da espiritualidade.
A recomendação do
Instrutor é para que nos aprimoremos a cada dia, para que
melhoremos, à medida que vamos nos aprimorando, a qualidade da
comunicação mediúnica que nos chega.
Isto, somente, iremos conseguir através do processo de autotransformação. É um
processo de renovação interior, que envolve a substituição de
sentimentos como egoísmo, orgulho e desamor ao próximo pelo desapego às questões
terrenas e o amor ao nosso semelhante. Implica substituir os prazeres fúteis,
as conquistas fáceis e a indolência, pelo socorro e consolo aos necessitados,
pelo amor ao próximo como a um verdadeiro irmão. Numa frase: fazer ao próximo o que gostaríamos que
ele nos fizesse, como ensina a regra áurea de Jesus.
5)
Comentar e desenvolver sobre a assertiva: “Elevemos nosso padrão de
conhecimento pelo estudo bem conduzido (...).
A
mediunidade não basta por si só.”
As práticas mediúnicas serão
elevadas paralelamente à elevação do padrão de conhecimento moral e intelectual da humanidade.
Somente então os Espíritos Superiores encontrarão médiuns
capazes de se sintonizarem com o padrão vibratório em que esses Espíritos Sublimados se
situam. A transmissão de seus ensinamentos conduzirão a
paz, o amor, a luz espiritual. O estudo do Espiritismo, codificado por Allan
Kardec, é a "revelação divina para renovação fundamental dos homens", como destaca André
Luiz. O conhecimento espírita, adquirido pelo estudo bem conduzido, é o
antídoto para a mediunidade interesseira, zombeteira, fascinadora. O médium
instruído será o instrumento de que necessitamos para a recepção do
pensamento do Cristo, através de seus Emissários, auxiliando-nos a compreender a verdade
consubstanciada nas Leis Naturais. Somente então chegaremos ao fim da nossa evolução,
encontrando a glória espiritual e o reino dos céus prometido por Jesus.
http://www.cvdee.org.br/est_nltexto.asp?id=06&cap=001&showc=S#conclusao
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