quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Conclusão de ESTUDANDO A MEDIUNIDADE

QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO




1-a)  Comentar e desenvolver sobre a assertiva:  “A mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos.
A comunicação mediúnica, como sabemos, processa-se mente a mente, isto é, dá-se através da ligação entre a mente do espírito comunicante e a mente do médium, transmitindo-se a ideia da mensagem pelo pensamento.  A mente, portanto, funciona como o instrumento operador da mediunidade, ou, como disse o instrutor Albério, é a base dos fenômenos mediúnicos.


1-b) Qual a definição de mente? O que é? Qual sua importância na comunicabilidade entre os Espíritos?
A definição de mente é questão que ainda não está claramente elucidada. Resumidamente, o que nos é dado saber é que a mente é uma parte do ser espírito, onde tem a sua sede. André Luiz, no livro "Evolução em Dois Mundos", nos dá notícia de que a mente é envolvida por um corpo especial, à parte do perispírito, que denominou "corpo mental".
Assim como o perispírito serve como envoltório do espírito, o corpo mental é o envoltório da mente. Aos três elementos constitutivos do homem - espírito, perispírito e corpo de carne - André Luiz, em mais um passo na complementação da terceira revelação, acrescenta um quarto: o corpo mental. Embora afirme que esse corpo mental ainda não possa ser melhor conceituado, por falta de terminologia na linguagem terrena, esclarece o Autor espiritual  que  o  corpo  mental preside a formação do perispírito, do mesmo modo que este preside a formação do corpo físico.
 A mente é, assim, a usina geradora da vontade do espírito. Por seu intermédio, o espírito produz uma força inteligente,  que podemos chamar de "ideia", que ganha forma e direção através do pensamento. Por esse motivo, assume papel de fundamental importância nas manifestações mediúnicas, para as quais serve de base. Conforme a natureza da ideia que exterioriza, através do pensamento, será a qualidade do espírito atraído pelo medianeiro. Por força da lei de afinidade, o médium atrai para si espíritos com os quais se identifica pela natureza de seus pensamentos. Isto se aplica tanto no aspecto moral como intelectual. Um médium que tenha um sistema de vida pouco afeito aos bons costumes e á pratica do bem atrairá espíritos do mesmo modo perseverantes nos maus hábitos e na prática do mal. Aquele que convive com os bons hábitos e se dedica ao bem, ao contrário destes últimos, trará para o seu campo mental espíritos igualmente dedicados a atos e pensamentos edificantes.
O mesmo se dá com relação ao valor intelectual da comunicação. Conforme explicou o Instrutor Albério, um espírito sábio não poderá se comunicar através de um médium inculto senão para assuntos triviais, de que este tenha conhecimento. Nesse caso, campo mental receptivo não estaria capacitado para pensamentos mais complexos que aqueles com os quais convive. Por outro lado, um espírito com pouca evolução intelectual não poderia transmitir, mesmo através de um médium sábio, mais do que o pouco que conhece.


 2-a) Comentar e desenvolver sobre a assertiva: “A ideia é um ser organizado por nosso espírito, a que o pensamento dá forma e ao qual a vontade imprime movimento e direção. Do conjunto de nossas ideais resulta a nossa própria existência".

A ideia é o produto da força criadora do espírito; o pensamento é o veículo que a transporta, através do fluido cósmico universal; a vontade é o sentimento que lhe dá movimento e direção. A mente, como órgão criador, produz a ideia; o pensamento é o modulador que lhe dá a forma; a vontade é o guia que a porá em ação.

 2-b) O Que é o pensamento? Qual sua relação com o campo mental? E qual sua relação com a comunicabilidade entre Espíritos?

Para os cientistas materialistas, o pensamento é um produto químico-cerebral, ou seja, como que uma secreção produzida pelo cérebro. Seria, segundo esses pensadores, algo semelhante à bílis, que é segregada pelo fígado ou pela urina, proveniente dos rins.
 O Espiritismo, porém, como a ciência que estuda o espírito sob as mais variadas óticas, ensina que o pensamento é produto da mente e, por conseguinte, do ser espiritual. O pensamento é, pois, uma energia que transporta a criação mental através de ondas magnéticas que se propagam pelo espaço como raios. Como explicou Kardec em "A Gênese", "sendo os fluidos o veículo do pensamento, este atua sobre os fluidos como o som sobre o ar; eles nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som." Mergulhando no fluido cósmico universal, o pensamento é transportado a distâncias ilimitadas, chegando às mentes de encarnados e desencarnados. Com isso, cria um vínculo fluídico entre os que se afinizam por pensamentos da mesma natureza, numa troca de valores mentais de idênticas qualidades.
 Daí sua importância na comunicabilidade com os espíritos. Pela natureza do pensamento do médium, através da sintonia vibratória que produz, é que se vai estabelecer a conexão mental entre comunicante e médium, sendo a comunicação sempre pautada pelas suas naturezas. A força criadora produzida pela mente e exteriorizada pelo pensamento é a continuação do próprio espírito, refletindo o seu estágio de evolução moral e intelectual.


3) O que são "vibrações compensadas"? E qual sua correlação com a comunicabilidade entre espíritos?
 As "vibrações compensadas" a que se refere o benfeitor Albério são a sintonia, a ressonância psíquica existente entre dois seres que nutrem pensamentos da mesma natureza. Alimentando a mesma qualidade de ideias, dois ou mais espíritos, encarnados ou desencarnados, imantam-se pelo pensamento, vinculando-se, magneticamente, uns aos outros. As vibrações compensadas são uma troca de energias da mesma natureza, alimentando mutuamente as mentes envolvidas por essa sintonia.
 Na comunicação mediúnica, é um fator de grande relevância, pois cria uma interdependência entre os espíritos.  Na senda evolutiva, os espíritos se adiantam em grupos que se afinizam, uns auxiliando os outros a progredirem, ora reunidos na carne, ora no mundo espiritual. Para o exercício da mediunidade, o médium não pode se esquecer da necessidade do auto aperfeiçoamento, através do estudo doutrinário e da prática dos ensinamentos evangélicos. Sem isso, corre o risco de se envolver em compensação vibratória com espíritos de baixa evolução, que somente utilizarão seus dotes mediúnicos para criar dificuldades e fazer o mal.


4) Comentar e desenvolver sobre a assertiva: “Saibamos, assim, cultivar a educação, aprimorando-nos cada dia. Médiuns somos todos nós, nas linhas de atividade em que nos situamos”.
A mediunidade é uma condição natural do espírito, esteja ele encarnado ou não.  Desde sempre as manifestações mediúnicas aconteceram no seio da humanidade. Tanto o Antigo Testamento como os quatro evangelhos que nos legaram a Boa Nova que Jesus veio trazer encontram-se repletos de relatos de fenômenos mediúnicos. Dessa forma, a mediunidade reflete o estágio evolutivo da humanidade. No momento, como a evolução é gradativa, pois a natureza não dá saltos, a humanidade ainda se encontra distante do estado crístico, uma vez que ainda estamos no início da nossa evolução. Somos, então, médiuns ainda sujeitos a dificuldades e a servir de instrumentos ao plano inferior da espiritualidade.
 A recomendação do Instrutor é para que nos aprimoremos a cada dia, para que melhoremos, à medida que vamos nos aprimorando, a qualidade da comunicação mediúnica que nos chega.  Isto, somente, iremos conseguir através do processo de autotransformação. É um processo de renovação interior, que envolve a substituição de sentimentos como egoísmo, orgulho e desamor ao próximo pelo desapego às questões terrenas e o amor ao nosso semelhante. Implica substituir os prazeres fúteis, as conquistas fáceis e a indolência, pelo socorro e consolo aos necessitados, pelo amor ao próximo como a um verdadeiro irmão. Numa frase: fazer ao próximo o que gostaríamos que ele nos fizesse, como ensina a regra áurea de Jesus.


5) Comentar e desenvolver sobre a assertiva: “Elevemos nosso padrão de conhecimento pelo estudo bem conduzido (...).
A mediunidade não basta por si só.

As práticas mediúnicas serão elevadas paralelamente à elevação do padrão de conhecimento moral e intelectual da humanidade. Somente então os Espíritos Superiores encontrarão médiuns capazes de se sintonizarem com o padrão vibratório em que esses Espíritos Sublimados se situam. A transmissão de seus ensinamentos conduzirão a paz, o amor, a luz espiritual. O estudo do Espiritismo, codificado por Allan Kardec, é a "revelação divina para renovação fundamental dos homens", como destaca André Luiz. O conhecimento espírita, adquirido pelo estudo bem conduzido, é o antídoto para a mediunidade interesseira, zombeteira, fascinadora. O médium instruído será o instrumento de que necessitamos para a recepção do pensamento do Cristo, através de seus Emissários, auxiliando-nos a compreender a verdade consubstanciada nas Leis Naturais. Somente então chegaremos ao fim da nossa evolução, encontrando a glória espiritual e o reino dos céus prometido por Jesus.

http://www.cvdee.org.br/est_nltexto.asp?id=06&cap=001&showc=S#conclusao

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