Cap. XXVIII – Itens 24 a
27
Para pedir um conselho
Para pedir um conselho
24. PREFÁCIO. Quando estamos indecisos sobre o fazer ou
não fazer uma coisa, devemos antes de tudo propor-nos a nós mesmos as questões
seguintes:
1ª - Aquilo que eu
hesito em fazer pode acarretar qualquer prejuízo a outrem?
2ª - Pode ser
proveitoso a alguém?
3ª - Se agissem
assim comigo, ficaria eu satisfeito?
Se o que pensamos
fazer, somente a nós nos interessa, licito nos é pesar as vantagens e os
inconvenientes pessoais que nos possam advir.
Se interessa a
outrem e se, resultando em bem para um, redundará em mal para outro, cumpre,
igualmente, pesemos a soma de bem ou de mal que Se produzirá, para nos
decidirmos a agir, ou a abster-nos.
Enfim, mesmo em se
tratando das melhores coisas, importa ainda consideremos a oportunidade e as
circunstâncias concomitantes, porquanto uma coisa boa, em si mesma, pode dar
maus resultados em mãos inábeis, se não for conduzida com prudência e
circunspecção. Antes de empreendê-la, convém consultemos as nossas forças e
meios de execução.
Em todos os casos,
sempre podemos solicitar a assistência dos nossos Espíritos protetores,
lembrados desta sábia advertência: Na dúvida, abstém-te. (Cap.
XXVIII, nº 38.)
25. Prece. -
Em nome de Deus Todo-Poderoso, inspirai-me, bons Espíritos que me protegeis, a
melhor resolução a ser tomada na incerteza em que me encontro. Encaminhai meu
pensamento para o bem e livrai-me da influência dos que tentarem transviar-me.
26. PREFÁCIO. Podemos pedir a Deus favores terrenos e Ele
no-los pode conceder, quando tenham um fim útil e sério. Mas, como a utilidade
das coisas sempre a julgamos do nosso ponto de vista e como as nossas vistas se
circunscrevem ao presente, nem sempre vemos o lado mau do que desejamos. Deus, que vê muito melhor do que nós e
que só o nosso bem quer, pode recusar o que pecamos, como um pai nega ao filho
o que lhe seja prejudicial. Se não nos é concedido o que pedimos, não devemos
por isso entregar-nos ao desânimo; devemos pensar, ao contrário, que a privação
do que desejamos nos é imposta como prova, ou como expiação, e que a nossa
recompensa será proporcionada à resignação com que a houvermos suportado. (Cap.
XXVII, nº 6; cap. II, nº 5 a nº 7.)
27. Prece. - Deus Onipotente, que vês as nossas misérias,
digna-te de escutar, benevolente, a súplica que neste momento te dirijo. Se é
desarrazoado o meu pedido, perdoa-me; se é justo e conveniente segundo as tuas
vistas, que os bons Espíritos, executores das tuas vontades, venham em meu
auxílio para que ele seja satisfeito.
Como quer que seja,
meu Deus, faça-se a tua vontade. Se os meus desejos não forem atendidos, é que
está nos teus desígnios experimentar-me e eu me submeto sem me queixar.
Faze que por isso nenhum desânimo me assalte e que nem a minha fé
nem a minha resignação sofram qualquer abalo.
(Formular o pedido.)
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 - Quando
estivermos em dúvida se devemos ou não fazer uma coisa, o que devemos fazer?
2 - Como
devemos quando não nos é
concedido o que pedimos?
3 - Extraia do texto acima a frase ou
parágrafo que mais gostou e justifique.
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