terça-feira, 11 de março de 2014

Cap. XXVIII – Itens 64 a 68
Pelas almas sofredoras que pedem preces

64. PREFÁCIO. Para se compreender o alívio que a prece pode proporcionar aos Espíritos sofredores, faz-se preciso saber de que maneira ela atua, conforme atrás ficou explicado. (Cap. XXVII, n° 9, n° 18 e seguintes.) Aquele que se ache compenetrado dessa verdade ora com mais fervor, pela certeza que tem de não orar em vão.

65. Prece. - Deus clemente e misericordioso, que a tua bondade se estenda por sobre todos os Espíritos que se recomendam às nossas preces e particularmente sobre a alma de N...
Bons Espíritos, que tendes por única ocupação fazer o bem, intercedei comigo pelo alívio deles. Fazei que lhes brilhe diante dos olhos um raio de esperança e que a luz divina os esclareça acerca das imperfeições que os conservam distantes da morada dos bem-aventurados. Abri-lhes o coração ao arrependimento e ao desejo de se depurarem, para que se lhes acelere o adiantamento. Fazei-lhes compreender que, por seus esforços, podem eles encurtar a duração de suas provas.
Que Deus, em sua bondade, lhes dê a força de perseverarem nas boas resoluções!
Possam essas palavras repassadas de benevolência suavizar-lhes as penas, mostrando-lhes que há na Terra seres que deles se compadecem e lhes desejam toda a felicidade.
66. (Outra) - Nós te pedimos, Senhor, que espalhes as graças do teu amor e da tua misericórdia por todos Os que sofrem, quer no espaço como Espíritos errantes, quer entre nós como encarnados. Tem piedade das nossas fraquezas. Falíveis nos fizeste, mas dando-nos capacidade para resistir ao mal e vencê-lo. Que a tua misericórdia se estenda sobre todos os que não hão podido resistir aos seus maus pendores e que ainda se deixam arrastar por maus caminhos. Que os bons Espíritos os cerquem; que a tua luz lhes brilhe aos olhos e que, atraídos pelo calor vivificante dessa luz, eles venham prosternar-se a teus pés, humildes, arrependidos e submissos.
Pedimos-te, igualmente, Pai de misericórdia, por aqueles dos nossos irmãos que não tiveram forças para suportar suas provas terrenas. Tu, Senhor, nos deste um fardo a carregar e só aos teus pés temos de o depor. Grande, porém, é a nossa fraqueza e a coragem nos falta algumas vezes no curso da jornada. Compadece-te desses servos indolentes que abandonaram antes da hora o trabalho. Que a tua justiça os poupe, e consente que os bons Espíritos lhes levem alivio, consolações e esperanças no futuro. A perspectiva do perdão fortalece a alma; mostra-a, Senhor, aos culpados que desesperam e, sustentados por essa esperança, eles haurirão forças na grandeza mesma de suas faltas e de seus sofrimentos, a fim de resgatarem o passado e se prepararem a conquistar o futuro.

Por um inimigo que morreu

67. PREFÁCIO. A caridade para com os nossos inimigos deve acompanhá-los ao além-túmulo. Precisamos ponderar que o mal que eles nos fizeram foi para nós uma prova, que há de ter sido propícia ao nosso adiantamento, se a soubemos aproveitar. Pode ternos sido, mesmo, de maior proveito do que as aflições puramente materiais, pelo fato de nos haver facultado juntar, à coragem e à resignação, a caridade e o esquecimento das ofensas. (Cap. X, n° 6; cap. XII, n° 5 e n° 6.)

68. Prece. - Senhor, foi do teu agrado chamar, antes da minha, a alma de N... Perdoo-lhe o mal que me fez e as más intenções que nutriu com referência a mim. Possa ele ter pesar disso, agora que já não alimenta as ilusões deste mundo.
Que a tua misericórdia, meu Deus, desça sobre ele e afaste de mim a ideia de me alegrar com a sua morte. Se incorri em faltas para com ele, que mas perdoe, como eu esqueço as que cometeu para comigo.

Questões para estudo:
1 - Cite benefícios que prece pode proporcionar aos Espíritos sofredores.
2 - Podemos tirar algum bem no mal que outros nos impõem?
3 - Extraia do texto acima a frase ou parágrafo que mais gostou e justifique.


Prece de Emmanuel, descrita no livro Diálogo dos Vivos, quando do incêndio no Edifício Joelma, em 1.º de fevereiro de 1974:
“SENHOR JESUS
Auxilia-nos, perante os companheiros impelidos à desencarnação violenta, por força das provas …redentoras.
Sabemos que nós mesmos, antes do berço terrestre, suplicamos das Leis Divinas as medidas que nos atendam às exigências do refazimento espiritual. Entretanto, Senhor, tão encharcados de lágrimas se nos revelam, por vezes, os caminhos do mundo, que nada mais conseguimos realizar, nesses instantes, senão pedir-te socorro para atravessá-los de ânimo firme.
Resguarda em tua assistência compassiva todos os nossos irmãos surpreendidos pela morte, em plena floração de trabalho e de esperança e acende-lhes nos corações, aturdidos de espanto e retalhados de sofrimento, a luz divina da imortalidade oculta neles próprios, a fim de que a mente se lhes distancie do quadro de agonia ou desespero, transferindo-se para a visão da vida imperecível.
Não ignoramos que colocas o lenitivo da misericórdia sobre todos os processos da justiça, mas tocados pela dor dos corações que ficam na Terra – tantos deles tateando a lousa ou investigando o silêncio, entre o pranto e o vazio – aqui estamos a rogar-te alívio e proteção para cada um!…
Dá-lhes a saber, em qualquer recanto de fé ou pensamento a que se acolham , que é preciso nos levantemos de nossas próprias inquietações e perplexidades, a cada dia, para continuar e recomeçar, sustentar e valorizar as lutas de nossa evolução e aperfeiçoamento, no uso da Vida Maior que a todos nos aguarda, nos planos da União Sem Adeus.
E, enquanto o buril da provação esculpe na pedra de nossas dificuldades, conquanto as nossas lágrimas, novas formas de equilíbrio e rearmonização, embelezamento e progresso, engrandece em teu amor aqueles que entrelaçam providências no amparo aos companheiros ilhados na angústia. Agradecemos, ainda, a compreensão e a bondade que nos concedes em todos os irmãos nossos que estendem os braços, cooperando na extinção das chamas da morte; que oferecem o próprio sangue aos que desfalecem de exaustão; que umedecem com o bálsamo de leite e da água pura os lábios e as gargantas ressequidas que emergem do tumulto de cinza e sombra; que socorrem os feridos e mutilados para que se restaurem; e os que pronunciam palavras de entendimento e paz, amor e esperança, extinguindo a violência no nascedouro!…
Senhor Jesus!…
Confiamos em ti e, ao entregarmo-nos em Tuas mãos, ensina-nos a reconhecer que fazes o melhor ou permites se faça constantemente o melhor em nós e por nós, hoje e sempre. “


quinta-feira, 6 de março de 2014

Conclusão do Capítulo III - Equipagem Mediúnica

Equipagem Mediúnica

Questões de estudo com as respostas 

1 - O Assistente Áulus começa a apresentação da equipe mediúnica pelo dirigente das atividades, Raul Silva, enfatizando-lhe as qualidades positivas.
a) Qual a importância da figura do dirigente para o grupo mediúnico?
b) Qual a influência que as características do dirigente (positivas ou negativas) imprimirá, tanto ao grupo, quanto às atividades do Centro Espírita?

2 - O que seria um "médium de grande docilidade", como no caso de Eugênia?

3 - Qual a vantagem do médium conservar-se consciente em uma atividade mediúnica, especialmente a psicofonia?

4 - Áulus se refere ao médium Antonio Castro como necessitado de "maiores estudos".
a) Qual a importância do estudo para o médium?
b) O que nós poderíamos considerar como sendo essencial para um médium estudar?

5 - Comente se seguintes afirmações:

a)  "Numa viagem de cem léguas podem ocorrer muitas surpresas no derradeiro quilômetro do caminho."

b) "Ainda não chegamos à vitória suprema sobre nós mesmos. Achamo-nos na condição do solo terrestre, que não prescinde do arado protetor ou da enxada prestimosa, a fim de produzir. Sem os instrumentos do trabalho e da luta, aperfeiçoando-nos as possibilidades, estaríamos permanentemente ameaçados pela erva daninha que mais se alastra e se afirma, tanto quanto melhor é a qualidade do trato da terra em abandono."

c) "Nossas realizações espirituais do presente são pequeninas réstias de claridade sobre as pirâmides de sombra do nosso passado. É imprescindível muita cautela com a sementeira do bem para que a ventania do mal não as arrase. É por isso que a tarefa mediúnica, examinada como instrumentação para a obra das Inteligências superiores, não é tão fácil de ser conduzida a bom termo, de vez que, contra o canal ainda frágil que se oferece à passagem da luz, acometem as ondas pesadas de treva da ignorância, a se agitarem, compactas, ao nosso derredor."

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
 - Estudando a Mediunidade - Martins Peralva- Ed. FEB
Capítulos 6 - Irmão Raul Silva e 7 - Médiuns

Um excelente estudo para todos!!
Equipe Nosso Lar - CVDEE


Conclusão:

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
www.cvdee.org.br
Sala Virtual de Estudos Nosso Lar
Estudo das obras de André Luiz


Livro em estudo: Nos domínios da mediunidade
Tema: Capítulo III - Equipagem Mediúnica
Conclusão

Questões para estudo e diálogo virtual

1 - O Assistente Áulus começa a apresentação da equipe mediúnica pelo dirigente das atividades, Raul Silva, enfatizando-lhe as qualidades positivas.
a) Qual a importância da figura do dirgirente para o grupo mediúnico?

O dirigente é o elemento de equilíbrio e da harmonia de um grupo.
Como é o dirigente humano do grupo, precisa, nas palavras de Hermínio C. Miranda "estar consciente dessa responsabilidade e usar sua autoridade com muito tato, sem abandonar a firmeza". O  dirigente terá que dispor de certa dose de autoridade, exercida por um consenso geral, para disciplinação e harmonização do grupo, jamais se esquecendo de que  liderar é coordenar esforços e não impor condições e de que, em um  grupo espírita, todos são de igual importância.


b) Qual a influência que as características do dirigente (positivas ou negativas) imprimirá, tanto ao grupo, quanto às atividades do Centro Espírita?

O dirigente  é o ponto de equilíbrio do grupo , responsável pela conduta, pela harmonia, pela seriedade e pela sua disciplina  e, assim, quanto mais elevadas forem suas qualidades morais, intelectuais e espirituais, maior a eficácia com que consegue captar e inserir as instruções do Plano Superior no desenvolvimento dos trabalhos.

2 - O que seria um "médium de grande docilidade", como no caso de Eugênia?

Corresponderia a um médium disciplinado, consciente de suas responsabilidades medianímicas, evitando qualquer interferência pessoal , aliando a isso a vivência evangélica que lhe dá a distinção moral.

3 - Qual a vantagem do médium conservar-se consciente em uma atividade mediúnica, especialmente a psicofonia?

O espírito encarnado e lúcido(consciente) pode , facilmente, se libertar(emancipar) das amarras físicas (sem as romper) e intercambiar com outros espíritos; tal fato é melhor vivenciado por aqueles que têm a educação da mediunidade e em valores morais mais elevados. Lembrando-se que em toda educação da mediunidade com elevação, o espírito guia do encarnado patrocina e controla o processo disciplinante, desde que este(médium) se lhe faça dócil às instruções, sem abdicação do seu livre-arbítrio e da razão; bem como o médium consciente coloca-se em um comportamento compatível com a realidade vivenciada , vigiando e acompanhando todo o processo de intercâmbio, a fim de propiciar uma perfeita identificação na atividade que mantém.




4 - Áulus se refere ao médium Antonio Castro como necessitado de "maiores estudos".
a) Qual a importância do estudo para o médium?

O estudo é fundamental para o médium. Segundo Martins Peralva, em "Estudando a Mediunidade", "ser médium é investir a criatura de sagrada responsabilidade perante Deus e a própria consciência, uma vez que é ser intérprete do pensamentos das esferas espirituais, medianeiro entre o Céu e a Terra".  Daí se conclue que quanto maior o seu conhecimento, tanto maior também será a qualidade do trabalho mediúnico, pois se tornará um instrumento mais capacitado a ser utilizado pelos espíritos superiores, assim como entre os encarnados os elementos mais capacitados são sempre os escolhidos para os trabalhos que requerem maior especialização e confiança.

b) O que nós poderíamos considerar como sendo essencial para um médium estudar?
Transcrevendo Vianna de Carvalho em spicografia de Divaldo P. Franco, no livro Médiuns e Mediunidades:
"(...)
Para um correto estudo das mediunidades e dos médiuns não se pode deixar em plano secundário a doutrina espírita, que é a luz capaz de penetrar-lhes os escaninhos mais esconsos, liberando-os dos mitos e atualizando-os de conformidade com as leis naturais que regem a vida. Particularmente, O Livro dos Médiuns, que é o compêndio insuperável para o entendimento da grave percepçãop mediúnica e de como se devem comportar aqueles que lhe são portadores.
(...)"
Assim, essencialmente se deve estudar (referindo-se para todo espírita) as obras básicas da codificação: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese e O Céu e o Inferno. e ao médium especificadamente deve ele estudar e reestudar sempre O Livro dos Médiuns. Esses são essenciais.
Todas as demais obras subsidiárias devem ser estudadas tb, mas lembrando-se que elas não estão acima da doutrina espírita,  que vez que a DE "paira acima de quaisquer conceitos de revisionismo e de superação científica" .


5 - Comente se seguintes afirmações:

a)  "Numa viagem de cem léguas podem ocorrer muitas surpresas no derradeiro quilômetro do caminho."

Todos nós somos alunos do educandário da vida e portanto todos nós somos sujeitos, somos sucestíveis de quedas, de erros, de equívocos, de influenciações negativas. Daí o lembrar e relembrar sempre a assertiva do Mestre: _ Orai e Vigiai.
Paulo, em Filipenses, 4:8 também já alertava: "... Se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." , portanto, trabalhemos vigiando nossos pensamentos e nossos atos.

b) "Ainda não chegamos à vitória suprema sobre nós mesmos. Achamo-nos na condição do solo terrestre, que não prescinde do arado protetor ou da enxada prestimosa, a fim de produzir. Sem os instrumentos do trabalho e da luta, aperfeiçoando-nos as possibilidades, estaríamos permanentemente ameaçados pela erva daninha que mais se alastra e se afirma, tanto quanto melhor é a qualidade do trato da terra em abandono."

"A cada um segundo suas obras". Necessário sim que busquemos o conhecimento, o estudo, que estejamos sempre em busca do auto-aprimoramento; mas sem a ação todo o esforço se torna estanque, se torna parado; eis que se sabemos e não fazemos aquilo que já conseguimos compreender e assimilar , de nada nos adiantará pois que seremos agentes da inutilidade, ao invés de obreiros do bem, da evolução, do crescimento.
Assim, devemos estar em constante busca do estudo e do auto aprimoramento, mas aliado a eles o exercício do aprendizado de forma prática e vivenciada.

c) "Nossas realizações espirituais do presente são pequeninas réstias de claridade sobre as pirâmides de sombra do nosso passado. É imprescindível muita cautela com a sementeira do bem para que a ventania do mal não as arrase. É por isso que a tarefa mediúnica, examinada como instrumentação para a obra das Inteligências superiores, não é tão fácil de ser conduzida a bom termo, de vez que, contra o canal ainda frágil que se oferece à passagem da luz, acometem as ondas pesadas de treva da ignorância, a se agitarem, compactas, ao nosso derredor."

Estamos ainda no começo de nosso processo evolutivo; onde uma reencarnação não traz com ela, por mais que caminhemos buscando e exercendo o bem, todos os reajustes que necessitamos realizar.

Transitamos pois entre o mundo de expiação e o de regeneração, e com isto somos convidados incessantemente pela vida : estimulando-nos à ascensão ou estimulando-nos a estagnação e inércia.

Assim, entre aqueles que vêm com a tarefa medianímica apresentada para orientar-lhes e ajudar-lhes a caminhar e a se reajustar - muitos  ainda dormem ou  - se já conscientes - se deixam aceitar pelos convites do ciúmes, da soberba, do orgulho, do egoísmo, da materialidade, da leviandade, das imperfeições morais.

Estes pululam por toda parte, indicando o estágio inferior no qual ainda transitam.

Poucos  exercem a mediunidade com elevação. engrandecendo-se e engrandecendo a nobre tarefa; poucos têm a necessária abnegação que leva o ser a se doar à serviço da humanidade.

Poucos têm a conduta da mediunidade com Jesus.

Transcrevendo Vianna de Carvalho em psicografia de Divaldo P. Franco, em Mediuns e Mediunidade:

"Todo aquele que consegue exercer a mediunidade com elevação. engrandecendo-se e alçando-a aos nobres cimos da vida, no cumprimento da gloriosa missão de ser instrumento do Divino Pensamento, alcança, na Terra, a excelência do mediunato.
Dever de grande abrangência, a sua desincumbência revela-se difícil pelos impositivos de que se reveste, pelos sacrifícios que impõe e pelas dificuldades a superar.
Poucos discípulos da verdade se hão entregado com a necessária abnegação, graças à qual, ao largo do tempo, o homem se doa em espírito de serviço à humanidade, com tal renúncia de si mesmo, que ultrapassa a sua condição para lograr o apostolado mediúnico, o mediunato.
(...)
Nesse caminho atulhado de pedrouços, os desafios se sucedem, ameaçadores, ao mesmo tempo ferindo e macerando os audaciosos transeuntes que põem os olhos nas metas à frente e buscam alcançá-las. Não se trata de um empreendimento fácil ou de curto prazo, antes, de uma realização prolongada, na qual são enfrentados os perigos que procedem da inferioridade, que teima em permanecer, dominadora.

Definido o rumo e aceito o compromisso, torna-se mais factível a vítória, ganhando-se, dia a dia, o espaço que medeia entre a aspiração e o objetivo.
(...)"