MISERICÓRDIA SEMPRE
Emmanuel
Conta-se que
Jesus, após haver lançado a parábola do Bom Samaritano, entraram os apóstolos
no exame da conduta dos personagens da narrativa.
E porque
traçassem fulminativas reprovações, em torno de alguns deles, o Cristo
prosseguiu no ensinamento para lá do contato público:
- “Em verdade,
- acentuou o Mestre, - referindo-nos ao próximo, ante as indagações do doutor
da Lei, à frente do povo, a lição de misericórdia tem raízes profundas.
Quem passasse
irradiando amor na estrada, onde o viajante generoso testemunhou a
solidariedade, encontraria mais amplos motivos para compreender e auxiliar.
Além do homem
ferido e arrojado ao pó claramente necessitado de socorro, teria cuidado de
apiedar-se do sacerdote e do levita, mergulhados na obsessão do egoísmo e
carecentes de compaixão; simpatizar-se-ia com o hoteleiro, endereçando-lhe
pensamentos de bondade que o sustentassem no exercício da profissão; compadecer-se-ia
dos malfeitores, orando por eles, a fim de que se refizessem, perante as leis
da vida, e, tanto quanto possível ampararia a vítima dos ladrões, estendendo
igualmente as mãos operosas e amigas ao samaritano da caridade, para que se lhe
não esmorecessem as energias nas tarefas do bem”.
E diante dos
companheiros surpreendidos o mestre rematou:
_ “Para Deus,
todos somos filhos abençoados e eternos, mas enquanto a misericórdia não se nos
fixar nos domínios do coração, em verdade não teremos atingido o caminho da paz
e o reino do amor”.
Do
livro Coragem
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