terça-feira, 2 de setembro de 2014

Conclusão do Capítulo 19  - Dominação telepática

Por dominação telepática podemos entender a influência obsessiva de um espírito sobre outro, que se insinua na mente da vítima, aproveitando-se da sintonia vibratória mantida entre ambos. O pensamento do obsessor exterioriza-se através do fluido cósmico universal e projeta-se até o alvo a ser atingido, aparecendo a este em forma de imagens e sugestões.
Quando a natureza do pensamento está de conformidade com o bem, direcionado para as Leis da Natureza, o receptor percebe vibrações de harmonia e paz. Forma-se em torno de si uma psicosfera saudável, que lhe traz uma sensação de felicidade. Quando, porém, são dirigidos pensamentos de má natureza, de ódio ou de inveja, por exemplo, as vibrações recebidas podem causar desequilíbrio e depressão, podendo levar a enfermidades.
  
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO


1) Nós já tivemos visto e considerado a realidade da temática obsessiva em nossas vidas.  Lembramos quais as causas que as geram?
 Sabemos que a obsessão é a influência que um espírito exerce sobre  outro,  agindo  persistentemente  sobre  sua mente e, com isso, criando-lhe dificuldades. Na maioria das vezes, a obsessão é consequência de relações conflituosas do passado entre as partes envolvidas. Pode acontecer, no entanto, que a sua origem esteja em vínculos criados naquela mesma encarnação, como no caso do presente capítulo. De qualquer modo, o processo obsessivo é sempre uma via de mão dupla, que somente se instala mediante o consentimento da vítima, pela sua imperfeição moral,  que  dá  ensejo  à  sintonia com o obsessor, permitindo-lhe a ascendência espiritual sobre si.                                                                                 


2) Invariavelmente temos a predisposição de fazer rogativas a nossos guias espirituais para que nos favoreçam as disposições naqueles momentos. Contudo, que poderão eles fazer?
Os nossos guias espirituais, assim como os benfeitores do Mundo Maior, estão sempre dispostos a nos socorrer, sob variadas maneiras. Sendo assim, poderemos sempre contar com suas influências,  inspirando-nos  e  nos  intuindo, aconselhando-nos, fortalecendo-nos, enfim, fazendo o que está ao seu alcance para nos ajudar a vencer a situação. No entanto, sem a transformação moral do obsediado, todo o esforço do plano espiritual para ajudá-lo resultará inútil.  É indispensável que se feche o canal de sintonia com o obsessor.


3) Muitas vezes, as dificuldades que enfrentamos tem suas raízes em nosso ontem.  Como reconheceremos essa probabilidade?
 É difícil podermos afirmar com precisão se a causa da obsessão está nesta ou em existência pretérita sem que haja uma informação confiável do plano espiritual, geralmente obtida nas mesas de desobsessão. O que podemos dizer é que, como Kardec explica em "O Evangelho segundo o Espiritismo", se as causas das aflições não se encontram na presente         vida, é porque, certamente, encontram-se em vidas passadas.


4) Quais os elementos que delatam a manifestação da influenciação espiritual perturbadora?
 Podemos identificar como indícios da obsessão desde idéias em total desacordo com o pensamento do obsediado,     face à influência moral do obsessor até a perturbação completa de seu organismo físico e das suas faculdades mentais, sem causas aparentes.


5) Quando somos visitados por situações tão molestas, pode a prece ser feita com bons resultados?
 Sem dúvida, como ensina Kardec, qualquer que seja o tipo de obsessão, "a prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover de seus propósitos maléficos o obsessor."                                                                                           

6) Estabelecida a conexão mental entre os seres afins, ela poderá manifestar-se de variadas formas. Neste caso, o livro nos assinala uma. Não podendo ela ser perceptível com clareza, porque ela toca elementos peculiares de nós, como desvencilhar-se de sua influência?
 R - O instrutor Áulus dá a forma para se romper essa conexão mental entre as partes envolvidas: "A melhor maneira de se extinguir o fogo é recusar-lhe combustível". Enquanto o obsediado alimentar o fogo da obsessão com o combustível do ódio, dos maus sentimentos e do comportamento moral equivocado, não conseguirá se desvencilhar da influência maléfica do obsessor. Não se deve revidar o mal com o mal. Apagar o fogo é praticar o perdão sincero e incondicional, é tratar o obsessor com amor e compreensão e não da forma como Anésia vinha reagindo, com desespero e ódio.


7) Pode a influência obsessiva estender-se ao Grupo Familiar?
a - Como empregar o conhecimento espírita nestes casos?
b - O investimento pode alcançar ainda a parte física dos involucrados?
c - Por que a influenciação se estende aos outros?

R - Num planeta cuja destinação é servir como palco das provas e expiações dos espíritos a ele vinculados, a formação da família é projetada no plano espiritual tendo em vista os ajustes necessários aos espíritos que a comporão.  Assim, são reunidos num mesmo grupo familiar espíritos reciprocamente desafetos em vidas passadas para se reajustarem. No curso da nova existência, as situações que terão de vivenciar vão reavivar sentimentos de antipatia gerados no passado. Como no caso desse capítulo, em que vemos que a união entre Josino e Anésia não foi motivada pelo amor. Tudo indica se tratar de um casamento provacional. Não estando ambos unidos pelo amor verdadeiro, não conseguem, juntos,          enfrentarem o assédio da outra mulher.
 E como esclarece Áulos, "... marido e mulher respiram em regime de influência mútua ... ",  um  sendo  envolvido  pela psicosfera em que o outro se situa. As vibrações envoltas de sentimentos negativos, como ódio, ciúme, desespero e outros podem atingir todo o grupo familiar, por estarem suas mentes associadas em decorrência da vida em comum. Os fluidos negativos que vibram em torno da família podem ocasionar enfermidades físicas e espirituais aos que não saibam praticar o ensinamento do Cristo: "amor aos adversários, auxílio aos que nos perseguem e oração aos que nos caluniam".


8) Podemos esperar ser tocados por semelhante fenômeno?
Qualquer de nós, desde de invigilantes, estaremos sujeitos a passar por idêntica situação. Por isso, devemos estar sempre atentos, vigiando e orando, para não nos deixarmos cair quando em tentação.


9) Por que se faz necessário tomar em conta estas situações?

R - Para que não se permita a sintonia que possibilita a incursão de obsessores. Depois de instalada a obsessão, a sua eliminação se torna difícil e exige muito mais trabalho. Portanto, evitá-la, pelos meios que temos visto, é ainda a melhor solução.


10) Qual o remédio mais eficaz para dissolver uma má influencia?
 Como dissemos acima, Allan Kardec considera, em qualquer tipo de obsessão que esteja se manifestando, a prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover de seus propósitos maléficos o obsessor.                                                                                             


11) Analisemos a oração:
"Jovino permanece atualmente sob imperiosa dominação telepática, a que se rendeu facilmente, e, considerando-se  que marido e mulher respiram em regime de influência mútua, a atuação que o nosso amigo vem sofrendo envolve Anésia, atingindo-a de modo lastimável, porquanto a pobrezinha não tem sabido imunizar-se,  com os benefícios do  perdão incondicional."

 Como vimos na resposta à questão nº 7, as vibrações negativas podem atingir todos os espíritos que integram o ambiente familiar, pois a união da família não se dá por acaso. Todos têm uma vinculação à  mantê-los  juntos,  são espíritos que têm afinidade. Assim, a possibilidade dos fluidos maléficos que atinge a um vierem a atingir os demais é grande, desde que não saibam como evitá-lo, vigiando e orando.




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