sábado, 25 de abril de 2015

Conclusão do Cap. X - Item 18
A Indulgência

É impossível amar a Deus sem praticar a caridade, e não se pode pensar em caridade esquecendo-se de ser indulgente para com os defeitos dos outros. A prática dessa virtude nos leva a considerar com mais rigor os nossos defeitos e a enaltecer as virtudes do próximo.


1 - Por que insistimos em evidenciar os erros dos outros, quando reconhecemos que somos portadores de graves erros também?
Porque o nosso comportamento é ainda sedimentado no orgulho, que nos faz alimentar a pretensão inútil de nos colocar em posição de vantagem e de superioridade, rebaixando o nosso irmão, sempre, ao nível de alguém menor ou pior que nós.
Enquanto o orgulho ainda estiver ditando as regras de nosso comportamento, só teremos olhos para exaltar os erros alheios, fingindo não lhes anotar as qualidades, porquanto estas, certamente, tendem a nos colocar em posição inferior, ferindo-nos o amor próprio.

2 - De que modo a indulgência se constitui uma forma de se praticar a caridade?
A indulgência, tendo por objetivo a prática de atitudes que visam à promoção do bem-estar do próximo, constitui-se, por isso, em uma das sublimes maneiras de se expressar a caridade.
"O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver apenas superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por fazer que prevaleça o que há nele de bom e virtuoso!"

3 - Os espíritos nos recomendam a praticar a caridade, tanto para o próximo como para nós mesmos. De que forma podemos ser caridosos para conosco?
Reconhecendo os nossos próprios defeitos e corrigindo-os enquanto é tempo, poupando-nos, assim, de dores e sofrimentos maiores.

O Espiritismo vem nos lembrar da obrigação que temos de nos corrigir, consoante nos recomenda o Evangelho. Essa responsabilidade, contudo, é bem maior para aquele que já tem noção desse dever.

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