Conclusão do Cap. X - Item 18
A Indulgência
É impossível amar a
Deus sem praticar a caridade, e não se
pode pensar em caridade esquecendo-se de ser indulgente para com os defeitos
dos outros. A prática dessa virtude nos leva a considerar com mais rigor os
nossos defeitos e a enaltecer as virtudes do próximo.
1 - Por
que insistimos em evidenciar os erros dos outros, quando reconhecemos que somos
portadores de graves erros também?
Porque o nosso
comportamento é ainda sedimentado no orgulho, que nos faz alimentar a pretensão inútil de nos
colocar em posição de
vantagem e de superioridade, rebaixando o nosso irmão, sempre, ao
nível de
alguém menor
ou pior que nós.
Enquanto o
orgulho ainda estiver ditando as regras de nosso comportamento, só teremos
olhos para exaltar os erros alheios, fingindo não lhes anotar
as qualidades, porquanto estas, certamente, tendem a nos colocar em posição inferior,
ferindo-nos o amor próprio.
2 - De
que modo a indulgência se constitui uma forma de se praticar a caridade?
A indulgência,
tendo por objetivo a prática de atitudes que visam à promoção do bem-estar
do próximo, constitui-se,
por isso, em uma das sublimes maneiras de se expressar a caridade.
"O
verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver
apenas superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por
fazer que prevaleça o que
há nele
de bom e virtuoso!"
3 - Os
espíritos nos recomendam a praticar a caridade, tanto para o próximo como para
nós mesmos. De que forma podemos ser caridosos para conosco?
Reconhecendo
os nossos próprios defeitos e corrigindo-os enquanto é tempo, poupando-nos,
assim, de dores e sofrimentos maiores.
O Espiritismo
vem nos lembrar da obrigação que
temos de nos corrigir, consoante nos recomenda o Evangelho. Essa
responsabilidade, contudo, é bem maior para aquele que já tem noção desse dever.
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