NA LUZ DA INDULGÊNCIA
Emmanuel
“E se ao que quiser pleitear contigo tirar-te o
vestido, larga-lhe também a capa.” JESUS MATEUS,5: 40.
“Sede indulgentes com as faltas alheias,
quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias
ações e o Senhor usará da Indulgência convosco, como de indulgência houverdes
usado para com os outros.” - Cap.10, 17.
Anseias
pela vitória do bem, contudo, acende a luz da indulgência para fazê-lo com
segurança.
Todos
nós, espíritos imperfeitos, ainda arraigados à evolução da Terra, reclamamos
concurso e compaixão uns dos outros, mas nem sempre sabemos por nós mesmos, quando
surgimos necessitados de semelhantes recursos.
Em
muitas circunstâncias, estamos cegos da reflexão, surdos do entendimento,
paralíticos da sensibilidade e anestesiados na memória sem perceber.
O irmão
da luta de ontem mostra-se hoje em plena abastança material, delirando na
ambição desenfreada.
Certo,
aspiras a vê-lo recambiado ao próprio equilíbrio, a fim de que o dinheiro lhe
sirva de instrumento à felicidade, no entanto, para isso, não comeces por
censurar-lhe o procedimento.
Usa a
indulgência e renova-lhe o modo, de pensar e de ser.
O amigo
escalou a evidência pública, fazendo-se verdugo em nome da autoridade.
Queres
garantir-lhe o reajuste para que o poder se lhe erija, em caminho de paz,
entretanto, não te dês a isso, exibindo atitude condenatória.
Usa a
indulgência clareando-lhe o raciocínio.
A jovem
do teu convívio embriagou-se na ilusão, caindo em sucessivos abusos, a pretexto
de mocidade.
Justo
suspires por reintegrá-la no harmonioso desenvolvimento das próprias faculdades
situando-a no rumo das experiências de natureza superior, todavia, por
ajudá-la, não lhe reproves os sonhos.
Usa a
indulgência e ampara-lhe a meninice.
O
companheiro em provas amargas escorregou no desânimo e tombou em desespero.
Claro
que anelas para ele o retorno à tranquilidade, no entanto, não te entregues às
criticas que lhe agravariam a irritação.
Usa a
indulgência e oferece-lhe apoio.
O
Próprio Criador espera as criaturas, no transcurso do tempo tolerando-lhes as
faltas e encorajando-lhes as esperanças, embora lhes corrija todos os erros,
através de leis eficientes e claras Indiscutivelmente, ninguém constrói nada de
bom, sem responsabilidade e disciplina, advertência e firmeza, mas é imperioso
considerar que toda boa obra roga auxílio a fim de aperfeiçoar-se.
Pensa
no bem e faze o bem, contudo, é preciso recordar que o bem exigido pela força
da violência gera males inúmeros em torno e desaparece da área luminosa do bem
para converter-se no mal maior.
Do
livro "O Livro da Esperança"
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