quarta-feira, 29 de abril de 2015

Conclusão do Capítulo 3 - A intervenção na memória do livro Ação e reação

1 - Por que estes espíritos tratados neste mesmo local não participam do processo de reencarnação nas esferas                                          menos densas?
 O processo reencarnatório não é conduzido de uma mesma maneira para todos. Cada caso é um caso e tem a sua particularidade. Nas esferas menos densas, os espíritos, mais adiantados em evolução do que aqueles que se encontravam internados na Mansão Paz, já estão em condições, por exemplo, de escolherem suas provas. Suas situações espirituais lhes permitem o uso do livre-arbítrio mais amplamente. Participam mais ativamente do processo reencarnatório. No caso dos internos na Mansão Paz, são espíritos que se encontram em situação espiritual ainda bastante desfavorável, portando graves perturbações psíquicas e sem condições de utilizarem inteiramente o seu livre-arbítrio. A reencarnação destes espíritos ainda demanda uma maior assistência dos Espíritos Superiores e se operam dentro de um automatismo que a difere das reencarnações nas esferas menos densas.

2 - Estes espíritos em tratamento estão ligados à instituição lá existente ou estão ligados na esfera infernal?
Entendemos que as duas hipóteses se aplicam ao caso. O Espiritismo nos ensina que "céu" e "inferno" são estados de consciência a que os espíritos são levados por seu psiquismo. A Mansão Paz abriga espíritos ainda em grandes dificuldades, condenados por suas consciências pelos equívocos praticados, como o que se apresentava com aparência disforme e em decúbito dorsal. Portanto, podemos considerar que a Mansão Paz se situa em esfera infernal, pois esta é a situação dos espíritos que lá se encontram, embora estejam em condições melhores do que, por exemplo, os que promoveram o ataque à Instituição, descrito por André Luiz.

3 - Estas reencarnações ligadas a esta esfera são provisórias, no sentido dos espíritos terem condições de subir a esferas superiores? Até que ponto isso ocorre?
Como disse o assistente Silas, "o inferno para a alma que o erigiu em si mesma é aquilo que a forja constitui para o     metal: ali ele se apura e se modela convenientemente...". Assim, as reencarnações ligadas a essas esferas infernais são consequências do momento evolutivo dos espíritos que as frequentam e funcionam como um vaso purificador. O objetivo é sempre a evolução e o espírito somente se livra delas quando consegue se libertar das ações e pensamentos contrários às
Leis Naturais, que tem no amor a sua expressão máxima. Como ensinou Jesus: "tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-lho também a eles; porque esta é a lei e os profetas".

4 - Como estes trevosos conseguem tantas armas sofisticadas para atacar a instituição?
Podemos resumir com o texto trazido durante o estudo, de autoria de Luiz Gonzaga Peixoto, que explica: "a criação do ambiente espiritual com tudo quanto nele existe, é produto da criação mental dos Espíritos, que o fazem proporcionalmente a seu estado mental-moral-intelectual. O Espírito pode mentalizar uma flor e materializá-la no ambiente. Mas, pode ser que esta seja apenas uma forma, sem a estrutura molecular e celular típica de uma flor. Apresente perfume, colorido e outros detalhes, mas, examinada por um técnico, este poderá constatar a ausência de elementos celulares funcionais, a inexistência dos gametas reprodutores e, mesmo existindo tais estruturas, a disposição genética, a informação que deveria constar em  cada gene, não se apresenta."  Como todas as coisas que existem no mundo espiritual, as armas utilizadas por aqueles espíritos agressores são produto de ideoplastia. Recomendamos, a respeito do tema, o estudo do capítulo VIII do Livro dos Médiuns, intitulado "Do laboratório do mundo invisível".

5 - Por que os benfeitores ali os deixam soltos para assim atacarem constantemente a instituição?
No mundo espiritual, os espíritos se reúnem por força da lei de afinidade, que, através de um magnetismo, os atrai entre si e os agrupa em determinadas regiões do espaço. Os espíritos que habitam as regiões conhecidas como "trevas" não se encontram ainda em condições de serem atendidos e tratados pelos benfeitores espirituais, face às graves perturbações psíquicas de que ainda são portadores. Por esse motivo, permanecem pelo espaço praticando a única atividade com a qual seus psiquismos permitem uma identificação: o mal. Quando seus psiquismos o permitirem, certamente, serão acolhidos pelas equipes de socorro e levados a alguma instituição de tratamento das muitas que existe no mundo espiritual.

6 - No caso do assassino dos irmãos, o sentimento de culpa é bom ou ruim para a sua recuperação?
O arrependimento é o primeiro passo para a reabilitação diante de um erro cometido. O sentimento de culpa já é uma consequência do arrependimento e, dessa maneira, um fator positivo para a recuperação daquele que cometeu o equívoco.
É preciso cuidado, porém, para que este sentimento não se cristalize e o imobilize, tornando-se causador de processos depressivos ou de psicoses graves que impediriam os passos seguintes, necessários à reabilitação do faltoso. O sentimento de culpa e o arrependimento são importantes para o despertamento do espírito, pois lhe abrem o caminho da reabilitação.
Mas não devemos permitir que eles nos acompanhem durante os passos seguintes.

7 - O não conhecimento da vida após a morte contribui para que as pessoas cometam erros?
Sem dúvida, o desconhecimento da vida futura ou o conhecimento distorcido ensinado pelas religiões levam o homem à somente valorizar o que é ligado à vida física. O desconhecimento leva ao materialismo e, consequentemente, a fazê-lo pensar que tudo pode para satisfazer às necessidades da matéria; a visão equivocada da vida futura leva-o a imaginar que um arrependimento manifestado no momento da morte ou as preces pagas que lhe são dedicadas podem tudo apagar e conduzi-lo  a uma vida contemplativa, em ambientes celestiais. Somente o conhecimento da nossa realidade existencial, como espíritos imortais e da continuação da vida após a morte, como consequência da vida que levamos no mundo material, pode servir como fator inibidor de práticas contrárias à Lei Maior. Sabedor de que é regido por uma lei de causa e efeito que definirá sua situação após a morte física, o homem, certamente, procurará evitar cometer equívocos que comprometerão sua felicidade futura.


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