Conclusão do Capítulo 3 - A intervenção na memória do
livro Ação e reação
1 - Por que
estes espíritos tratados neste mesmo local não participam do processo de
reencarnação nas esferas menos
densas?
O
processo reencarnatório não é conduzido de uma mesma maneira para todos. Cada
caso é um caso e tem a sua particularidade. Nas esferas menos densas, os
espíritos, mais adiantados em evolução do que aqueles que se encontravam
internados na Mansão Paz, já estão em condições, por exemplo, de escolherem
suas provas. Suas situações espirituais lhes permitem o uso do livre-arbítrio
mais amplamente. Participam mais ativamente do processo reencarnatório. No caso
dos internos na Mansão Paz, são espíritos que se encontram em situação
espiritual ainda bastante desfavorável, portando graves perturbações psíquicas
e sem condições de utilizarem inteiramente o seu livre-arbítrio. A reencarnação
destes espíritos ainda demanda uma maior assistência dos Espíritos Superiores e
se operam dentro de um automatismo que a difere das reencarnações nas esferas
menos densas.
2 - Estes
espíritos em tratamento estão ligados à instituição lá existente ou estão
ligados na esfera infernal?
Entendemos que as duas hipóteses se aplicam ao caso. O
Espiritismo nos ensina que "céu" e "inferno" são estados de
consciência a que os espíritos são levados por seu psiquismo. A Mansão Paz
abriga espíritos ainda em grandes dificuldades, condenados por suas
consciências pelos equívocos praticados, como o que se apresentava com
aparência disforme e em decúbito dorsal. Portanto, podemos considerar que a
Mansão Paz se situa em esfera infernal, pois esta é a situação dos espíritos
que lá se encontram, embora estejam em condições melhores do que, por exemplo,
os que promoveram o ataque à Instituição, descrito por André Luiz.
3 - Estas
reencarnações ligadas a esta esfera são provisórias, no sentido dos espíritos
terem condições de subir a esferas superiores? Até que ponto isso ocorre?
Como disse o assistente Silas, "o inferno para a
alma que o erigiu em si mesma é aquilo que a forja constitui para o metal: ali ele se apura e se modela
convenientemente...". Assim, as reencarnações ligadas a essas esferas
infernais são consequências do momento evolutivo dos espíritos que as
frequentam e funcionam como um vaso purificador. O objetivo é sempre a evolução
e o espírito somente se livra delas quando consegue se libertar das ações e
pensamentos contrários às
Leis Naturais, que tem no amor a sua expressão máxima.
Como ensinou Jesus: "tudo o que quiserdes que os homens vos façam,
fazei-lho também a eles; porque esta é a lei e os profetas".
4 - Como estes
trevosos conseguem tantas armas sofisticadas para atacar a instituição?
Podemos resumir com o texto trazido durante o estudo,
de autoria de Luiz Gonzaga Peixoto, que explica: "a criação do ambiente
espiritual com tudo quanto nele existe, é produto da criação mental dos
Espíritos, que o fazem proporcionalmente a seu estado mental-moral-intelectual.
O Espírito pode mentalizar uma flor e materializá-la no ambiente. Mas, pode ser
que esta seja apenas uma forma, sem a estrutura molecular e celular típica de
uma flor. Apresente perfume, colorido e outros detalhes, mas, examinada por um
técnico, este poderá constatar a ausência de elementos celulares funcionais, a
inexistência dos gametas reprodutores e, mesmo existindo tais estruturas, a
disposição genética, a informação que deveria constar em cada gene, não se apresenta." Como todas as coisas que existem no mundo
espiritual, as armas utilizadas por aqueles espíritos agressores são produto de
ideoplastia. Recomendamos, a respeito do tema, o estudo do capítulo VIII do
Livro dos Médiuns, intitulado "Do laboratório do mundo invisível".
5 - Por que os
benfeitores ali os deixam soltos para assim atacarem constantemente a
instituição?
No mundo espiritual, os espíritos se reúnem por força
da lei de afinidade, que, através de um magnetismo, os atrai entre si e os
agrupa em determinadas regiões do espaço. Os espíritos que habitam as regiões conhecidas
como "trevas" não se encontram ainda em condições de serem atendidos
e tratados pelos benfeitores espirituais, face às graves perturbações psíquicas
de que ainda são portadores. Por esse motivo, permanecem pelo espaço praticando
a única atividade com a qual seus psiquismos permitem uma identificação: o mal.
Quando seus psiquismos o permitirem, certamente, serão acolhidos pelas equipes
de socorro e levados a alguma instituição de tratamento das muitas que existe
no mundo espiritual.
6 - No caso do
assassino dos irmãos, o sentimento de culpa é bom ou ruim para a sua
recuperação?
O arrependimento é o primeiro passo para a
reabilitação diante de um erro cometido. O sentimento de culpa já é uma
consequência do arrependimento e, dessa maneira, um fator positivo para a
recuperação daquele que cometeu o equívoco.
É preciso cuidado, porém, para que este sentimento não
se cristalize e o imobilize, tornando-se causador de processos depressivos ou
de psicoses graves que impediriam os passos seguintes, necessários à
reabilitação do faltoso. O sentimento de culpa e o arrependimento são
importantes para o despertamento do espírito, pois lhe abrem o caminho da
reabilitação.
Mas não devemos permitir que eles nos acompanhem
durante os passos seguintes.
7 - O não conhecimento
da vida após a morte contribui para que as pessoas cometam erros?
Sem dúvida, o desconhecimento da vida futura ou o
conhecimento distorcido ensinado pelas religiões levam o homem à somente
valorizar o que é ligado à vida física. O desconhecimento leva ao materialismo
e, consequentemente, a fazê-lo pensar que tudo pode para satisfazer às
necessidades da matéria; a visão equivocada da vida futura leva-o a imaginar
que um arrependimento manifestado no momento da morte ou as preces pagas que
lhe são dedicadas podem tudo apagar e conduzi-lo a uma vida contemplativa, em ambientes
celestiais. Somente o conhecimento da nossa realidade existencial, como
espíritos imortais e da continuação da vida após a morte, como consequência da
vida que levamos no mundo material, pode servir como fator inibidor de práticas
contrárias à Lei Maior. Sabedor de que é regido por uma lei de causa e efeito
que definirá sua situação após a morte física, o homem, certamente, procurará
evitar cometer equívocos que comprometerão sua felicidade futura.
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