Conclusão do Capítulo 5 - Almas enfermiças do livro
Ação e reação
1) Apesar de
alguns irmãos viverem em locais de profundas sombras fora dos muros da Mansão ,
não ficam em desamparo. Como é feita a
ajuda a esses irmãos?
A ajuda dos benfeitores aos espíritos que padecem nas
regiões inferiores do mundo espiritual está sujeita ao seu estado psíquico. A assistência deve ser prestada na
forma compatível com a capacidade desses irmãos em aproveitá-la. O mundo espiritual
benfeitor, contudo, nunca deixa de prestar-lhes algum tipo de socorro, como
vemos nos exemplos de que dá notícia o
presente capítulo. Os espíritos que se encontravam naqueles locais de profundas
sombras ainda manifestavam-se em desespero e grave desequilíbrio, com suas
consciências nutridas por um permanente sentimento de revolta. Não podiam, no
estado em que se encontravam, ser acolhidos pela Mansão Paz, pois, certamente,
semeariam a perturbação do ambiente. Mas o auxílio divino não deixa de se fazer
presente e, tão logo apresentem-se em condições de atenderem ao socorro, este é
prontamente prestado, na forma que lhes
convém naquele momento. Cada um é ajudado de acordo com as suas necessidades.
Como aconteceu com os internos na casa que visitavam.
2) Como
podemos justificar esse trabalho que o irmão Orzil presta a ele mesmo nesse
trabalho em serviço das sombras?
Orzil era um espírito em recuperação. Quando na vida
física, comprometera-se em delitos, segundo esclareceu o assistente.
O trabalho valioso que prestava ao cuidar daquele
local e dos irmãos ali internados era, após uma passagem na Mansão Paz que o
ajudou a readquirir o equilíbrio, não só uma maneira de reeducá-lo, como também
de prepará-lo para o faturo retorno à encarnação, atenuando as provações que
através dela teria de se submeter. Ajudando, estava, também, sendo ajudado.
3) Qual seria
o principal motivo que impede a esses irmãos rebeldes a conviver dentro da
Mansão?
Os espíritos que se encontravam internos na casa ainda
expressavam um estado de rebeldia e insensatez, manifestando inconformismo com
a desencarnação. Suas consciências os condenavam pelos erros praticados em suas
últimas passagens terrenas e com isso não se conformavam. Sem que se
dispusessem à conformação, não poderiam
acolher com proveito o auxílio que lhes seria prestado pela Mansão, além de,
encontrando-se em estado de grave desequilíbrio mental, trazerem prejuízo ao
ambiente espiritual reinante no local. Os espíritos que lá se encontravam, como
explicou o assistente Silas, não poderiam ser colocados em liberdade sem graves
prejuízos para si mesmos. A internação naquela casa era o auxílio de que
necessitavam, até conseguirem modificar suas tomadas mentais.
4) Silas disse
a Hilário que o problema desses irmãos era de ordem mental e que se
modificassem as próprias ideias eles se modificar-se-iam. Como podemos
justificar essa afirmativa?
Como disse o assistente Silas, " ... nossas
criações mentais preponderam fatalmente em nossa vida. Libertam-nos quando se
enraízam no bem que sintetiza as Leis Divinas, e encarceram-nos quando se
firmando no mal, que por essa razão ao
visco sutil da culpa". O pensamento gera ondas de força que interpenetram
o fluido universal, irradiando e assimilando energias com as quais se
sintonizam. Como explicou, "...nossos pensamentos, ondas de energia sutil,
de passagem pelos lugares e criaturas, situações e coisas que nos afetam a
memória, agem e reagem sobre si mesmos, em circuito fechado, e trazem-nos,
assim, de volta, as sensações desagradáveis, hauridas ao contato de nossas
obras infelizes". Conforme a
natureza destas energias, situamos a nossa posição mental. Os espíritos em
questão nutriam pensamentos de ódio, vingança e se sentiam condenados pela
consciência, recebendo de volta essas energias negativas que deles emanavam, o
que gerava a enfermidade que seus psiquismos apresentavam, levando-os àquele
estado de perturbação e desequilíbrio.
5) Qual o
caminho que aquelas almas doentias devem trilhar para que possam sair daquele
estado doloroso que se encontram?
Cabia a eles próprio encontrar o caminho que lhes
proporcionasse a saída daquele estado doloroso em que se encontravam. A única
maneira que a lei divina lhes oferece é a modificação de seus tônus mentais.
Para tanto, fazia-se necessário que se ligassem a pensamentos de natureza
diversa daqueles que nutriam, voltando-os para a renovação no bem, orando e
vigiando, trabalhando e servindo, aprendendo e amando.
6) Segundo
Hilário, como nós, enquanto encarnados, devemos agir com os "mortos"?
De acordo com Hilário, devemos dedicar aos
desencarnados " ... o beneficio concreto da oração e da piedade, da
simpatia e do socorro, ... ", ou seja, envolvê-los sempre, através de
nossas preces e de nossos pensamentos, em vibrações de paz, de amor, de
harmonia e rogando a Jesus que, por seus emissários de luz, deem-lhes muita
força para que possam prosseguir suas caminhadas, na nova forma de vida em que
estagiam.
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