Conclusão do Capítulo 2 - Comentários do Instrutor do
livro Ação e reação
1 - Comente a
seguinte frase: "Nossos atos tecem asas de libertação ou algemas de
cativeiro, para a nossa vitória ou nossa perda."
O instrutor Druso dissertava sobre a situação
espiritual que nos aguarda após a saída do corpo físico. Explicava que muitos
supõem que a morte seja o término de seus problemas, enquanto outros pensam que
ela significa o início do gozo de privilégios a que se credenciaram mediante a
prática dos atos formais adotados nos templos religiosos. No entanto, prossegue
o Instrutor em sua palestra, ao nos desligarmos do corpo físico, permanecemos
ligados às nossas obras. A frase ora
comentada visa a demonstrar, figuradamente, as consequências da lei de causa e
efeito, a que se referia. Assim, explica, os nossos atos são o instrumento
através dos quais construiremos as asas que nos alçarão à vitória, à liberdade
que desfrutaremos na nova forma de vida ou que nos levarão às algemas do
cativeiro, à nossa perda. Para que as asas que estamos construindo sejam as da
libertação, havemos de aproveitar o nosso tempo com pensamentos e sentimentos
que nos elevem, observando sempre o mandamento maior ensinado por Jesus: amar a
Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, pois no amor pode se
resumir toda a Lei.
2 - Qual a
justificativa de Druso para não lembrarmos das experiências anteriores?
No Livro
dos Espíritos, os Espíritos esclarecem que "à medida que o corpo se torna
menos material, com mais exatidão o homem se lembra do seu passado. Esta
lembrança, o que habitam os mundos de ordem superior a têm mais nítida"
(questão 397). Assim, o esquecimento do passado não é uniforme a todos os
espíritos que povoam o Universo, obedecendo a uma graduação, que é variável,
conforme a constituição material do corpo físico ser mais ou menos densa. O
mesmo se dá na ocasião da desencarnação. Nem todos recuperam a memória das
experiências anteriores da mesma forma. Como explica Druso ao habitante daquela
Instituição que o abordou, indagando a respeito do assunto, os espíritos que,
na vida física, se portam com exatidão e, ao desencarnarem, reatam os laços
nobres e dignos que o aguardam no mundo espiritual, readquirem sem grandes
dificuldades a memória das experiências anteriores, pois não mais se encontram
embaçados pelo corpo físico.
Para os que, ao contrário, mantêm suas consciências
ligadas a culpas cultivadas durante a existência física, a desencarnação não
representa a libertação em relação ao mundo físico. Nesses casos, a restauração
das faculdades mnemônicas é mais demorada e pode até não se realizar durante
aquela passagem pelo mundo espiritual.
O espírito a que se dirigia, em que pese estar,
naquele momento, dedicando-se ao estudo e a aspirações sublimes, ainda se
encontrava, em pensamento, ligado às questões terrenas das quais não conseguiu
se desvencilhar. Não conseguira se desligar do lar, da família, dos
compromissos não solucionados satisfatoriamente. Sua mente, em consequência,
continuava presa ao mundo físico, o que lhe impossibilitava a retomada da
memória do passado. Como ensinou Jesus, "o que ligares na terra será
ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus".
3 - Comente a
afirmativa: "Sob a hipnose nossa memória pode regredir e recuperar-se por
momentos. Isso, porém, é um fenômeno de compulsão... E em tudo convém satisfazer
à sabedoria da Natureza. Libertemos o espelho da mente que jaz sob a lama do
arrependimento, do remorso e da culpa, e esse espelho divino refletirá o Sol
com todo o esplendor de sua pureza."
Segundo
o instrutor Druso, através do método hipnótico, a nossa faculdade mnemônica
pode ser momentaneamente retomada, o que, aliás, é hoje muito utilizado em
tratamentos psicoterapêuticos. Isso, contudo, é um fenômeno temporário, que
produz efeito apenas por alguns instantes. Com certeza, é importante em
determinados casos clínicos e por isso a sabedoria divina o permite. Mas não é
a maneira estabelecida pela Natureza para a recuperação da memória. Para que
esta se dê conforme as Leis Divinas, de modo natural e permanente, é preciso
que nos libertemos dos sentimentos menos nobres que jazem em nossas mentes e
que se manifestam em forma de arrependimento, remorso e culpa. Quando
conseguirmos, o reino de Deus que está dentro de nós fará a nossa luz brilhar
como um Sol, com todo o seu esplendor.
4 - Exponha,
com suas palavras, que lições podemos tirar desse capítulo e como colocá-las de
forma segura em prática.
A vida
do espírito imortal rumo à perfeição e, com ela, ao que Jesus denominou
"reino dos céus", que é a felicidade definitiva, é uma só. Cada
passagem pelo mundo físico ou pelo mundo espiritual é uma continuação da
anterior, com suas causas e consequências. A lei de ação e reação, tema central
do livro que estamos estudando, é uma das leis cósmicas que regem o Universo,
tanto no que diz respeito às coisas materiais como às questões espirituais.
Somos os construtores do nosso destino. Somos resultados de nossos atos e
pensamentos. Porém, a misericórdia divina é inesgotável e sempre nos dá a
oportunidade da reparação e da retomada do nosso progresso espiritual, através
da reencarnação. Daí a importância do "Vigiai e Orai", ensinado por
Jesus, para que não tenhamos surpresas desagradáveis mais tarde, como foi dito
durante o estudo.
Os meios de nos ajudar no caminho do equilíbrio, da
harmonia e do progresso com Jesus é nada mais nada menos do que seguir o que
Ele nos deixou no seu Evangelho e que é citado pelo Instrutor Druso:
esforçando-nos pela nossa renovação espiritual através de ideias renovadoras e
edificantes, cultivando o perdão, a oração, a prática da caridade e a fé em
Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário