domingo, 4 de maio de 2014

Conclusão do Capítulo 7 – Socorro Espiritual

1 - Além da dedicação do guia espiritual Clementino, o que foi determinante em Raul para que Libórnio pudesse amenizar seu comportamento?
A sincera compaixão e o interesse fraternal. Estes são elementos fundamentais no auxílio a qualquer espírito - encarnado ou desencarnado - que esteja passando por momentos de sofrimento e dor. Aos dirigentes e esclarecedores nas reuniões mediúnicas, então, tornam-se imprescindíveis. A compaixão - entendida aqui como empatia, proximidade, verdadeiro exercício do amor ao próximo - permite uma aproximação e um entendimento mais amplo da dor do outro (mesmo quando esta dor se expressa em palavras rudes de revolta, como no caso de Libório). O interesse é o passo inicial para a atençao, que por sua vez é o requisito para estabelicimento da sintonia. Prestar atenção ao outro, com interesse real, ouvi-lo expressar-se, deixar que destile sua mágoa ou dor, é colaborar grandemente.

2 - Qual foi o elemento principal para que as palavras "Libórnio, meu irmão!", usadas por Raul, levasse Libórnio ao pranto?
Mais que as palavras, o importante é o sentimento que as gerou e que faz com que sejam carregadas de energia positiva. É fácil dizer "meu irmão", mas é difícil sentir verdadeiramente isto por um quase desconhecido. Apenas o exercício constante, metódico e disciplinado da fraternidade legítima, pode produzir os resultados alcançados por Raul.

3 - Que procedimento deve ter um doutrinador diante de um comportamento rebelde de um irmão obsessor?
Não só os doutrinadores - preferimos o termo "esclarecedores" - mas qualquer é um de nós, devemos compreender que a rebeldia - geralmente expressa através de palavras grosseiras, violentas - esconde uma dor profunda, uma mágoa intensa, uma insatisfação grande, às vezes consigo mesmo. Entender isso é o primeiro passo para a compreensão, e a compreensão (que não deve ser confundida com aceitação) é o procedimento correto diante de um comportamento rebelde.

4 - Podemos afirmar que Libórnio praticou o suicídio, como foi suposto pelos que acharam seu corpo inerte? Justifique.
Sim, suicídio indireto, ou para usarmos o termo usado pelos espíritos da codificação (O Livro dos Espíritos, questão 952, à qual remetemos os colegas de estudo), um suicídio moral. Lembremos que o próprio André Luiz foi categorizado como suicida. Naturalmente, as consequências deste tipo de suicídio não se comparam com as do suicídio direto já que não há a “intenção” de se matar, e os espíritos (LE 954) afirmam que não há culpabilidade quando não há intenção ou a consciência positiva de se fazer o mal. A responsabilidade é pelo mal uso do corpo físico, pelo desgaste prematuro das energias orgânicas, pelo comportamento autodestrutivo.

5 - Que máquina foi utilizada por Clementino, com a ajuda de Raul, para que Libórnio tomasse conhecimento de seus últimos momentos da sua vida material? De que forma ela funciona?
O aparelho foi denominado por Áulus como sendo um "condensador ectoplasmático", ou seja, condensa (torna mais denso, mais "material") o ectoplasma (que é a energia emitida pelos componentes encarnados da reunião, energia essa ainda em estudo). Os nomes variam (Áulus, por exemplo, também o chama de "raios de força"), mas o que obtemos do estudo de vários textos é que o ectoplasma é uma energia típica dos seres orgânicos, mais ou menos abundantemente nos encarnados, e que, manipulada pelos espíritos técnicos do assunto, é usada principalmente em fenômenos de efeitos físicos. No caso em estudo, o ectoplasma foi usado para "materializar" o pensamento de Libório, a fim de refletir a projeção de suas lembranças. O aparelho funcionou à semelhança das telas de cinema, que recebem a projeção de luz dos filmes. Atentemos de que, induzido por Raul, é o próprio Libório que projeta seu conteúdo, que estava "oculto" ou "adormecido" em seu inconsciente, como mecanismo de defesa psicológica.

6 - Qual é o fator importante para o êxito do seu funcionamento? Por quê?
Embora o ectoplasma seja uma energia "física", ela é extremamente sutil e sofre enorme influência do estado mental, físico e psicológico daquele que a irradia. Isto significa que os pensamentos aumentam ou diminuem a "qualidade" do material ectoplasmático emitido. Assim, a harmonia de pensamento da equipe de encarnados, bem como a exteriorização de seus sentimentos e comportamentos influencia no funcionamento do aparelho. Continuando a analogia da questão anterior, sentimentos menos dignos, vícios, falta de harmonia atuam como se a tela de cinema apresentasse furos, manchas, rasgos, movimentos aleatórios, que prejudicassem a projeção do filme.


Uma tarde paz e amor
abraços com carinho no coração
Equipe Nosso Lar - CVDEE

eqpnl@cvdee.org.br 

Nenhum comentário:

Postar um comentário