Conclusão
do Capítulo 10 - Sonambulismo Torturado
1. Que
tipo de obsessão se verifica no capítulo em estudo? Explique.
No
capítulo anterior, estudamos um caso de possessão. Nele, o espírito possessor tomou
o corpo do possuído, fazendo-o perder a capacidade de exercer qualquer domínio sobre
ele. Esta é a característica da possessão,
fenômeno obsessivo em que o espírito dominante como que substitui o encarnado,
passando a se utilizar de corpo como se fosse seu, como explica Kardec no
capítulo XIV de "A Gênese". No caso presente, ao contrário, a
obsidiada não se afastou de seu corpo físico, como esclarece o instrutor Áulus.
Ela agia por si própria, a contorcer-se em pranto convulsivo e a expressar o
pensamento do obsessor. Não tendo havido o domínio do corpo físico, o que
caracterizaria a possessão, podemos classificar como de subjugação o tipo de
obsessão ocorrido, que consiste no domínio moral do obsidiado, controlando-lhe
a vontade.
2. O
que fazia com que o espírito obsessor se apresentasse de forma repugnante, com
os ferimentos descritos?
A forma
com que o espírito se apresenta no estado de erraticidade depende de seu
psiquismo. Como relata André Luiz, o espírito obsessor encontrava-se
mentalmente fixado no desejo de vingança contra a filha adotiva de outrora.
Sendo a lei de Deus de amor e de perdão, todas as ações e pensamentos do
espírito que contrariem estas duas determinações divinas causam um
desequilíbrio em seu psiquismo, que se reflete, de imediato, no corpo
perispiritual. Encontrando-se impregnado de maus sentimentos, o obsessor causou
um desequilíbrio em seu corpo mental, o que veio ocasionar a desorganização do
seu perispírito, resultando naquela forma aterrorizante.
3.
Explique a seguinte observação:
"-
Poderá, todavia, recordar-se com precisão do que lhe sucede agora? - inquiri,
por minha vez.
- De
modo algum. Tem as células do córtex
cerebral totalmente destrambelhadas pelo desventurado amigo em sofrimento.
Nos
transes, em que se efetua a junção mais direta entre ela e o perseguidor
dementado, cai em profunda hipnose, qual acontece à pessoa magnetizada, nas demonstrações comuns
de hipnotismo, e
passa, de imediato,
a retratar-lhe os desequilíbrios."
Como
explica Áulus, quando se encontra sob a ação do obsessor, a obsidiada tem o seu
cérebro por ele invadido e diversas de suas partes desestruturadas, ficando em
estado de hipnose profunda e perdendo o controle da
máquina cerebral. Com suas células em completo desalinho, o cérebro
deixa de exercer as funções para as quais
é dotado, dentre elas o registro
da memória .Além disso, estando com a mente perturbada pela dominação
obsessiva, sequer consegue perceber o que acontece à sua volta,
não tendo como guardar os fatos na memória.
4. Se a
jovem senhora não tivesse praticado o aborto, teria evitado a obsessão?
Não
houvesse ocorrido o aborto, o espírito que viria se tornar obsessor seria
recebido pela futura obsidiada como seu filho, atendendo programação traçada no
plano espiritual, num processo de reajuste que a reencarnação propiciaria.
Seria
uma convivência provavelmente muito difícil entre mãe e filho, sem dúvida, devido
à incompatibilidade fluídica gerada pelo homicídio praticado na anterior
existência. Todavia, era uma prova necessária a ambos, principalmente para o
espírito que retornava, pois seria uma oportunidade de retomar o seu
equilíbrio. Frustrada a reencarnação pela atitude da jovem mulher, sua vítima
de outrora se viu novamente por ela vitimada, com o que permitiu que o ódio durante
tanto tempo alimentado se potencializasse, passando a obsidiá-la violentamente,
como vemos na narrativa de André Luiz.
5. Se a
moça obsidiada sofria a presença do obsessor desde a puberdade, como afirma o
Assistente, por que somente agora ele se manifesta de forma ostensiva?
O
processo obsessivo pode ter várias fases de evolução. No início, é uma
influência maléfica, que perturba o obsidiado e o leva a agir de maneira
diferente à que normalmente o faria, sempre no sentido de prejudicá-lo. Agravando-se a obsessão, por não tratar o
obsidiado de fechar a sua porta de entrada, através de sua reformulação
interior, pode chegar à situação que estamos estudando, de subjugação. Desde
cedo, o assédio do obsessor se fazia sentir através dos distúrbios por que
passava a mulher quando ainda contava pouca idade. O agravamento da obsessão
foi motivado pelo aborto praticado, que impediu o retorno do obsessor para a
nova experiência que tanto necessitava.
6. Por
que Áulus afirma que a senhora em questão não poderia conseguir nova
maternidade?
Naquele
momento, isto não seria possível por ter a obsidiada causado desequilíbrio em
seu centro genésico. Como dissemos na
resposta à questão 2 acima, todas as vezes que o espírito violenta a Lei
Divina, por mais íntimo que seja o ato ou o pensamento, ainda que permaneça
oculto a todos, como explicou Áulus, o seu perispírito é
danificado. A jovem mulher, antes
de pensar em nova maternidade, terá de reparar o dano causado naquele centro de
força.
7. É
possível a recuperação de centros de força danificados por invigilância,
durante a própria vida corporal? Explique.
Dependendo
da gravidade da falta e da extensão da lesão perispiritual, é possível,
mediante uma transformação interna do espírito. Para tanto, torna-se necessária
a reforma íntima, com a modificação de seus valores morais e, principalmente, com
a reparação do dano.
Perguntas extraídas do site www.cvdee.org.br
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