quarta-feira, 28 de maio de 2014

Conclusão do Capítulo 10 - Sonambulismo Torturado
                   
1. Que tipo de obsessão se verifica no capítulo em estudo? Explique.

No capítulo anterior, estudamos um caso de possessão. Nele, o espírito possessor tomou o corpo do possuído, fazendo-o perder a capacidade de exercer qualquer domínio sobre ele.  Esta é a característica da possessão, fenômeno obsessivo em que o espírito dominante como que substitui o encarnado, passando a se utilizar de corpo como se fosse seu, como explica Kardec no capítulo XIV de "A Gênese". No caso presente, ao contrário, a obsidiada não se afastou de seu corpo físico, como esclarece o instrutor Áulus. Ela agia por si própria, a contorcer-se em pranto convulsivo e a expressar o pensamento do obsessor. Não tendo havido o domínio do corpo físico, o que caracterizaria a possessão, podemos classificar como de subjugação o tipo de obsessão ocorrido, que consiste no domínio moral do obsidiado, controlando-lhe a vontade.


2. O que fazia com que o espírito obsessor se apresentasse de forma repugnante, com os ferimentos descritos?

A forma com que o espírito se apresenta no estado de erraticidade depende de seu psiquismo. Como relata André Luiz, o espírito obsessor encontrava-se mentalmente fixado no desejo de vingança contra a filha adotiva de outrora. Sendo a lei de Deus de amor e de perdão, todas as ações e pensamentos do espírito que contrariem estas duas determinações divinas causam um desequilíbrio em seu psiquismo, que se reflete, de imediato, no corpo perispiritual. Encontrando-se impregnado de maus sentimentos, o obsessor causou um desequilíbrio em seu corpo mental, o que veio ocasionar a desorganização do seu perispírito, resultando naquela forma aterrorizante.


3. Explique a seguinte observação:

"- Poderá, todavia, recordar-se com precisão do que lhe sucede agora? - inquiri, por minha vez.
- De modo algum.  Tem as células do córtex cerebral totalmente destrambelhadas pelo desventurado amigo em sofrimento. 
Nos transes, em que se efetua a junção mais direta entre ela e o perseguidor dementado, cai em profunda hipnose, qual acontece à pessoa magnetizada, nas demonstrações  comuns  de  hipnotismo,  e  passa,  de  imediato,  a  retratar-lhe  os  desequilíbrios."

Como explica Áulus, quando se encontra sob a ação do obsessor, a obsidiada tem o seu cérebro por ele invadido e diversas de suas partes desestruturadas, ficando em estado de hipnose profunda e perdendo o controle  da  máquina cerebral. Com suas células em completo desalinho, o cérebro deixa de exercer as funções para as quais  é  dotado, dentre elas o registro da memória .Além disso, estando com a mente perturbada pela dominação obsessiva,  sequer  consegue perceber o que acontece à sua volta, não tendo como guardar os fatos na memória.


4. Se a jovem senhora não tivesse praticado o aborto, teria evitado a obsessão?

Não houvesse ocorrido o aborto, o espírito que viria se tornar obsessor seria recebido pela futura obsidiada como seu filho, atendendo programação traçada no plano espiritual, num processo de reajuste que a reencarnação propiciaria.
Seria uma convivência provavelmente muito difícil entre mãe e filho, sem dúvida, devido à incompatibilidade fluídica gerada pelo homicídio praticado na anterior existência. Todavia, era uma prova necessária a ambos, principalmente para o espírito que retornava, pois seria uma oportunidade de retomar o seu equilíbrio. Frustrada a reencarnação pela atitude da jovem mulher, sua vítima de outrora se viu novamente por ela vitimada, com o que permitiu que o ódio durante tanto tempo alimentado se potencializasse, passando a obsidiá-la violentamente, como vemos na narrativa de André Luiz.


5. Se a moça obsidiada sofria a presença do obsessor desde a puberdade, como afirma o Assistente, por que somente agora ele se manifesta de forma ostensiva?

O processo obsessivo pode ter várias fases de evolução. No início, é uma influência maléfica, que perturba o obsidiado e o leva a agir de maneira diferente à que normalmente o faria, sempre no sentido de prejudicá-lo.   Agravando-se a obsessão, por não tratar o obsidiado de fechar a sua porta de entrada, através de sua reformulação interior, pode chegar à situação que estamos estudando, de subjugação. Desde cedo, o assédio do obsessor se fazia sentir através dos distúrbios por que passava a mulher quando ainda contava pouca idade. O agravamento da obsessão foi motivado pelo aborto praticado, que impediu o retorno do obsessor para a nova experiência que tanto necessitava.


6. Por que Áulus afirma que a senhora em questão não poderia conseguir nova maternidade?   

Naquele momento, isto não seria possível por ter a obsidiada causado desequilíbrio em seu centro genésico.  Como dissemos na resposta à questão 2 acima, todas as vezes que o espírito violenta a Lei Divina, por mais íntimo que seja o ato ou o pensamento, ainda que permaneça oculto a todos, como explicou Áulus, o seu perispírito  é  danificado.  A jovem mulher, antes de pensar em nova maternidade, terá de reparar o dano causado naquele centro de força.


7. É possível a recuperação de centros de força danificados por invigilância, durante a própria vida corporal? Explique.

Dependendo da gravidade da falta e da extensão da lesão perispiritual, é possível, mediante uma transformação interna do espírito. Para tanto, torna-se necessária a reforma íntima, com a modificação de seus valores morais e, principalmente, com a reparação do dano.

Perguntas extraídas do site www.cvdee.org.br
  

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