domingo, 4 de maio de 2014

Conclusão do Capítulo 8– Psicofonia Sonambúlica

1.- Comentar à luz da Doutrina Espírita, as seguintes assertivas:

1a.- "O amigo dementado  penetrou o templo com a supervisão e o consentimento dos mentores da casa."

A explicação acima foi dada por Áulus ante a surpresa de André Luiz com o fato daquele espírito, que se encontrava em elevado grau de desequilíbrio, ter sido encaminhado pelos dirigentes espirituais à Dona Celina, considerada o melhor instrumento mediúnico da casa. Esclareceu o Instrutor que o espírito ali chegara com supervisão e o consentimento dos mentores espirituais presentes, razão por que a médium não correria nenhum risco em acolhê-lo. A reunião narrada neste capítulo destinava-se justamente ao atendimento de espíritos desequilibrados, que seriam tratados com o esclarecimento.


1b.- "Quanto aos fluidos de natureza deletéria, não precisamos temê-los. Recuam instintivamente ante a luz espiritual que os fustiga ou desintegra."

Uma casa espírita que estuda e pratica o Espiritismo com objetivos sérios está sempre envolvida pela proteção dos benfeitores espirituais a serviço de Jesus. Quando se trata de reunião mediúnica de desobsessão, principalmente, os espíritos benfeitores a cercam com uma espécie de barreira vibratória, isolando-a da psicosfera pouco sadia que ainda predomina em nosso Planeta. Essa barreira vibratória visa a impedir que a reunião venha a ser perturbada por espíritos malfazejos, com o fim de impedir que o esclarecimento chegue aos que dele necessitam, tirando-os da situação de desequilíbrio.
Assim, a sintonia com esse tipo de espíritos é inviabilizada, da mesma forma que os fluidos deletérios que dele emanam são diluídos pelos fluidos sadios de que são portadores os benfeitores espirituais. Como esclareceu o Instrutor, ante a luz emanada desses benfeitores, os fluidos deletérios trazidos pelos espíritos desequilibrados que  serão  esclarecidos se desintegra, não vindo a manchar a psicosfera ambiente.


1c.- "É por isso que cada médium possui ambiente próprio e cada assembleia se caracteriza por uma corrente magnética particular de preservação e defesa. Nuvens infecciosas da Terra são diariamente extintas ou combatidas pelas irradiações solares, e formações fluídicas, inquietantes, a todo momento são aniquiladas ou varridas do Planeta pelas energias superiores do Espírito. Os raios luminosos da mente orientada para o bem incidem sobre as construções do mal, à feição de descargas elétricas."

Como ensina o Espiritismo, o espírito é um ser individualizado, que possui vibrações próprias, cuja natureza vai depender de seu estado evolutivo. Assim, cada um de nós formamos uma psicosfera à nossa volta resultante de nossas qualidades já adquiridas e das imperfeições das quais não logramos ainda nos despojar. Uma assembléia mediúnica, como acentua Kardec, é o resultado do teor vibratório emanado de cada um de seus componentes. Por sua vez, quando se trata de uma reunião séria e com fins nobres de auxílio aos necessitados, o plano espiritual superior, através dos mentores responsáveis pelo trabalho, atua no sentido de purificar o ambiente espiritual do local, impedindo a atuação de entidades perturbadoras.
 No mesmo sentido, os espíritos encarregados do controle das forças da natureza, com suas irradiações positivas, à semelhança dos mentores das assembleias mediúnicas, promovem, em escala muito mais ampla, a limpeza ambiental do Planeta, de que nos fala Áulus, eliminando os miasmas produzidos pelas baixas vibrações daqueles  que ainda permanecem em estado de sofrimento. Como a luz que dissipa a escuridão e “... à feição de descargas elétricas", essa energia superior faz desintegrar esses miasmas deletérios que pairam sobre o solo terreno.


1d.- "O sonambulismo puro, quando em mãos desavisadas, pode produzir belos fenômenos, mas é menos útil na construção espiritual do bem. A psicofonia inconsciente, naqueles que não possuem méritos morais suficientes  própria  defesa,  pode levar à possessão, sempre nociva, e que, por isso, apenas se evidencia integral  nos obsessos que  se  renderam  às  forças vampirizantes."

A mediunidade, qualquer que seja a modalidade com se apresente, não é boa nem má. É neutra. Dependendo da maneira como é exercida, pode ser motivo de adiantamento ou de queda para o espírito. Por essa razão, Allan Kardec sempre recomendou aos médiuns que se aprimorassem nos estudo da prática mediúnica e, principalmente, na sua moralização.
Como temos estudado nos capítulos anteriores, a sintonia é o fator determinante da qualidade da mensagem a ser obtida, daí a importância da necessidade do médium manter um comportamento consoante às leis naturais.
 No caso da mediunidade que se manifesta em estado sonambúlico, a falta de moralidade do medianeiro pode ter um resultado ainda mais desastroso, pois o médium entrega o equipamento mediúnico ao espírito. Como única maneira de influenciar a comunicação, resta a sua ascendência moral, pois, embora desprendido do corpo e sem poder de atuação sobre ele, o médium permanece presente em espírito e, sendo evolutivamente superior ao comunicante,  a natural hierarquia moral que vige no mundo espiritual permite alguma vigilância quanto ao uso do aparelho mediúnico.


2.- Como se dá a psicofonia de Dona Celina? Qual a diferença entre a psicofonia de Celina e de Eugênia?

Conforme explicou o mentor Áulus, a mediunidade  psicofônica  de  Celina  se  manifestava  em  estado  sonambúlico, estado de emancipação em que o espírito deixa o corpo e passa a vivenciar a vida espiritual. É um desligamento mais profundo do que o ocorrido durante o sono comum. Nesta circunstância, o comunicante se apossa do organismo físico do médium e dele se utiliza como se fosse seu, sem que aconteça qualquer tipo de "filtragem" no conteúdo da mensagem, como normalmente ocorre. O espírito comunicante utiliza o instrumento mediúnico livremente, sem se ligar ao cérebro do médium, expressando-se independentemente de sua intervenção.
 Eugênia, por sua vez, é médium psicofônica comum, ou seja, sua mediunidade consiste em ceder os órgãos da fala ao comunicante, sem, todavia, se desligar do corpo físico, permanecendo em vigília. A comunicação passa pelo cérebro do médium, que, dependendo do grau de educação mediúnica que já tenha alcançado, pode exercer um controle maior ou menor sobre o seu conteúdo. A diferença fundamental entre uma e outra modalidade de mediunidade é que, na psicofonia simples, como ocorreu com Eugênia, o médium exerce um controle maior sobre o espírito comunicante. Sob o estado sonambúlico, como no caso de Celina, o médium perde o poder de atuar sobre o espírito, pois se afasta de seu carro físico, sem deixar, todavia, de influenciá-lo com sua ascendência moral, quando esta existe, como na hipótese em estudo.


3.- O que é psicofonia sonambúlica?

A psicofonia é um tipo de mediunidade em que o espírito comunicante se utiliza dos órgãos físicos do médium ligados aos centros de força responsáveis pela fala, exteriorizando, através da palavra, o seu pensamento.  A psicofonia sonambúlica, como vimos, é aquela que se dá com o médium em estado de sonambulismo. Emancipado de seu corpo físico por efeito desse estado, médium dele se afasta, permitindo que o comunicante se apodere e o utilize como se nele estivesse encarnado.
Relembrando, podemos resumir o sonambulismo como um estado de emancipação do espírito em que o desprendimento do corpo físico se dá em maior amplitude do que normalmente ocorre durante o sono. O espírito se liberta temporariamente do corpo físico, assumindo todas as suas faculdades, sem as restrições impostas pela matéria. Seu corpo se torna um objeto inteiramente afastado do espírito. Pode se dar naturalmente ou ser provocado pela ação do magnetismo. Em ambos os casos, contudo, tem-se o mesmo efeito.


Equipe Nosso Lar - CVDEE
eqpnl@cvdee.org.br



Um comentário:

  1. Gratidão a vocês! O estudo de vocês, tem facilitado muito o meu entendimento sobre Mediunidade e sua complkexidade. Jesus nos ilumine!

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