quarta-feira, 28 de maio de 2014

Conclusão do Capítulo 9 - Possessão

1) Todo aquele que sofre uma possessão é um médium?

Em sentido amplo, todos somos médiuns, pois, como definiu Kardec no Livro dos Médiuns, "todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium". Esta, portanto, é uma faculdade inerente ao ser humano, pelo que, podem-se dizer, todos são, mais ou menos, médiuns. Há pessoas, no entanto, em que esta faculdade se mostra bem caracterizada e se manifesta de forma mais intensa, produzindo efeitos mais claramente identificados. São estes que usualmente se denominam médiuns.
A possessão, como uma influência espiritual negativa mais grave que a obsessão, manifesta-se quando duas mentes em desequilíbrio se imantam pela força do ódio recíproco e passam a atuar como se fossem uma só. O transe mediúnico, quando isto acontece, está caracterizado, como esclarece a André Luiz o instrutor Áulus.


2) Qualquer encarnado pode sofrer uma possessão?

Assim como ocorre nos casos de obsessão, qualquer encarnado, desde que permita os vínculos de sintonia que o liguem ao espírito possessor, pode ser vítima de uma possessão.


3) Por que a magnetização do encarnado em tratamento auxilia o possessor?

Conforme explicou o instrutor Áulus, "salutares e renovadores pensamentos assimilados pela dupla de sofredores em foco expressam melhoria e recuperação para ambos, porque, na imantação recíproca em que se veem, as ideias de um reagem sobre o outro, determinando alterações radicais." Assim, a atuação magnética aplicada ao encarnado aproveita ao possuidor, operando em ambos os seus efeitos.

4) Toda mediunidade se aflora sempre para o trabalho?

"Aparelhos mediúnicos valiosos naturalmente não se improvisam", explicou Áulus. A mediunidade é resultado de uma construção do espírito imortal ao longo de sua existência, com esforço e sacrifício. Vindo à carne, o espírito dotado dessa faculdade tem o livre-arbítrio para decidir o rumo que a ela dará. Uns a utilizam para satisfazer seu orgulho, sua vaidade ou, até mesmo, suas necessidades materiais. Outros, mais moralizados, empregam-na no trabalho em favor do bem e do próximo necessitado. É a chamada "mediunidade com Jesus". Para tanto, o médium deve se encontrar livre de qualquer vínculo de compromisso com débitos adquiridos no passado.


5) Como devemos trabalhar a obsessão e a possessão em médiuns?

Tratando do tema em "A Gênese", Allan Kardec recomenda que os casos de obsessão devem ser tratados mediante a substituição do fluido pernicioso, oriundo do obsessor, com que se acha impregnada a vítima, por fluido sadio, que repelirá o fluido malsão, substituindo-o. É uma ação idêntica à utilizada pelos médiuns curadores. Além dessa ação magnetizadora, Kardec recomenda, também, que se atue sobre o obsessor através da doutrinação, feita com firmeza e autoridade moral, buscando convencê-lo a renunciar aos seus maus desígnios.
No caso de possessão, o trabalho deve ser no mesmo sentido, acrescido, em ambas as hipóteses, da transformação moral da vítima e do recurso da prece, que ajudará a ambos: ao obsessor ou possessor, a compreender a necessidade de abandonar seus objetivos maléficos; ao obsediado ou possuído, a proceder a sua reforma íntima.



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