Injustiça ou Reparação?
Por: Martha Triandafelides Capelotto –
Divulgadora do Espiritismo.
“Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a
corrupção”. – Paulo (Gálatas, 6:8)
Tudo se encadeia e se liga no Universo. Todos os
acontecimentos físicos como os morais, dos mais simples aos mais complexos, são
regulados por uma lei; todo efeito está ligado, invariavelmente, a uma causa. O
princípio da justiça tem aí seu nascimento, a lei distributiva, ou seja, a cada
um segundo as suas obras.
Todos os nossos pensamentos, palavras e atos geram
consequências que influenciam todo o Universo, mas, os efeitos deles retornam
sobre nós mesmos. O mal, do mesmo modo que o bem, volta ao seu ponto de partida
em razão da afinidade de sua substância.
Se essa questão, como acima discorremos, fosse
entendida por todos, como seria a nossa sociedade?
Sabemos que somente a educação é capaz de transformar
e aperfeiçoar as criaturas. Para uma sociedade nova é necessário homens novos.
Não basta ensinar à criança os elementos da Ciência. Aprender a governar-se, a
conduzir-se como ser consciente e racional, é tão necessário como saber ler e
escrever. Precisamos aprender a entrar na luta, não só a material, mas
principalmente, estarmos preparados para a luta moral. Na escola, assim como na
família, há, infelizmente, muita negligência em esclarecer a criança sobre os
seus deveres e sobre o seu destino. A moral da escola, desprovida de sanção
efetiva, sem ideal verdadeiro, é estéril e incapaz de reformar a sociedade.
Mais pueril é, ainda, o ensino dado pelos estabelecimentos religiosos, que, na
sua maioria, apenas formam fanáticos e supersticiosos, e que longe está de
revelar as verdades sobre a vida presente e a futura.
Desse modo, desguarnecida de princípios
elevados, ignorando questões altamente relevantes, como a sua própria
destinação espiritual, lança-se no mundo, na vida pública, prendendo-se a todas
as ciladas e todos os arrebatamentos da paixão. Ignorando as responsabilidades,
a vida futura, a necessidade da reparação do mal realizado, entrega-se ao meio
sensual e corrompido.
Necessitamos passar por uma higiene da alma,
reafirmando os valores morais como obrigação de todos os que não se descuidam
dos seus próprios destinos. Assim como cuidamos do corpo físico, mais ainda
devemos cuidar do Espírito.
O Espiritismo fornece-nos elementos para essa higiene
da alma.
O conhecimento do porquê da existência é de
consequência incalculável para o melhoramento e elevação do homem. Pensaremos
mais sobre os nossos atos e, ainda que as nossas imperfeições sejam vez ou
outra pedra de tropeço para nós mesmos, prosseguiremos, levantando-nos e
reerguendo a fronte rumo à vida eterna.
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