Conclusão do
Capítulo 8– Psicofonia Sonambúlica
1.- Comentar à luz da Doutrina
Espírita, as seguintes assertivas:
1a.- "O amigo dementado penetrou o templo com a supervisão e o
consentimento dos mentores da casa."
A explicação acima foi dada por Áulus
ante a surpresa de André Luiz com o fato daquele espírito, que se encontrava em
elevado grau de desequilíbrio, ter sido encaminhado pelos dirigentes
espirituais à Dona Celina, considerada o melhor instrumento mediúnico da casa.
Esclareceu o Instrutor que o espírito ali chegara com supervisão e o
consentimento dos mentores espirituais presentes, razão por que a médium não
correria nenhum risco em acolhê-lo. A reunião narrada neste capítulo
destinava-se justamente ao atendimento de espíritos desequilibrados, que seriam
tratados com o esclarecimento.
1b.- "Quanto aos fluidos de
natureza deletéria, não precisamos temê-los. Recuam instintivamente ante a luz
espiritual que os fustiga ou desintegra."
Uma casa espírita que estuda e
pratica o Espiritismo com objetivos sérios está sempre envolvida pela proteção
dos benfeitores espirituais a serviço de Jesus. Quando se trata de reunião
mediúnica de desobsessão, principalmente, os espíritos benfeitores a cercam com
uma espécie de barreira vibratória, isolando-a da psicosfera pouco sadia que
ainda predomina em nosso Planeta. Essa barreira vibratória visa a impedir que a
reunião venha a ser perturbada por espíritos malfazejos, com o fim de impedir
que o esclarecimento chegue aos que dele necessitam, tirando-os da situação de desequilíbrio.
Assim, a sintonia com esse tipo de
espíritos é inviabilizada, da mesma forma que os fluidos deletérios que dele
emanam são diluídos pelos fluidos sadios de que são portadores os benfeitores
espirituais. Como esclareceu o Instrutor, ante a luz emanada desses
benfeitores, os fluidos deletérios trazidos pelos espíritos desequilibrados
que serão esclarecidos se desintegra, não vindo a
manchar a psicosfera ambiente.
1c.- "É por isso que cada médium
possui ambiente próprio e cada assembleia se caracteriza por uma corrente
magnética particular de preservação e defesa. Nuvens infecciosas da Terra são
diariamente extintas ou combatidas pelas irradiações solares, e formações
fluídicas, inquietantes, a todo momento são aniquiladas ou varridas do Planeta
pelas energias superiores do Espírito. Os raios luminosos da mente orientada
para o bem incidem sobre as construções do mal, à feição de descargas
elétricas."
Como ensina o Espiritismo, o espírito
é um ser individualizado, que possui vibrações próprias, cuja natureza vai
depender de seu estado evolutivo. Assim, cada um de nós formamos uma psicosfera
à nossa volta resultante de nossas qualidades já adquiridas e das imperfeições
das quais não logramos ainda nos despojar. Uma assembléia mediúnica, como
acentua Kardec, é o resultado do teor vibratório emanado de cada um de seus
componentes. Por sua vez, quando se trata de uma reunião séria e com fins
nobres de auxílio aos necessitados, o plano espiritual superior, através dos
mentores responsáveis pelo trabalho, atua no sentido de purificar o ambiente
espiritual do local, impedindo a atuação de entidades perturbadoras.
No mesmo sentido, os espíritos encarregados do
controle das forças da natureza, com suas irradiações positivas, à semelhança
dos mentores das assembleias mediúnicas, promovem, em escala muito mais ampla,
a limpeza ambiental do Planeta, de que nos fala Áulus, eliminando os miasmas
produzidos pelas baixas vibrações daqueles
que ainda permanecem em estado de sofrimento. Como a luz que dissipa a
escuridão e “... à feição de descargas elétricas", essa energia superior
faz desintegrar esses miasmas deletérios que pairam sobre o solo terreno.
1d.- "O sonambulismo puro,
quando em mãos desavisadas, pode produzir belos fenômenos, mas é menos útil na
construção espiritual do bem. A psicofonia inconsciente, naqueles que não
possuem méritos morais suficientes
própria defesa, pode levar à possessão, sempre nociva, e que,
por isso, apenas se evidencia integral
nos obsessos que se renderam
às forças vampirizantes."
A mediunidade, qualquer que seja a
modalidade com se apresente, não é boa nem má. É neutra. Dependendo da maneira como
é exercida, pode ser motivo de adiantamento ou de queda para o espírito. Por
essa razão, Allan Kardec sempre recomendou aos médiuns que se aprimorassem nos
estudo da prática mediúnica e, principalmente, na sua moralização.
Como temos estudado nos capítulos
anteriores, a sintonia é o fator determinante da qualidade da mensagem a ser
obtida, daí a importância da necessidade do médium manter um comportamento
consoante às leis naturais.
No caso da mediunidade que se manifesta em
estado sonambúlico, a falta de moralidade do medianeiro pode ter um resultado
ainda mais desastroso, pois o médium entrega o equipamento mediúnico ao
espírito. Como única maneira de influenciar a comunicação, resta a sua
ascendência moral, pois, embora desprendido do corpo e sem poder de atuação sobre
ele, o médium permanece presente em espírito e, sendo evolutivamente superior
ao comunicante, a natural hierarquia
moral que vige no mundo espiritual permite alguma vigilância quanto ao uso do
aparelho mediúnico.
2.- Como se dá a psicofonia de Dona
Celina? Qual a diferença entre a psicofonia de Celina e de Eugênia?
Conforme explicou o mentor Áulus, a
mediunidade psicofônica de
Celina se manifestava
em estado sonambúlico, estado de emancipação em que o
espírito deixa o corpo e passa a vivenciar a vida espiritual. É um desligamento
mais profundo do que o ocorrido durante o sono comum. Nesta circunstância, o
comunicante se apossa do organismo físico do médium e dele se utiliza como se
fosse seu, sem que aconteça qualquer tipo de "filtragem" no conteúdo
da mensagem, como normalmente ocorre. O espírito comunicante utiliza o
instrumento mediúnico livremente, sem se ligar ao cérebro do médium,
expressando-se independentemente de sua intervenção.
Eugênia, por sua vez, é médium psicofônica
comum, ou seja, sua mediunidade consiste em ceder os órgãos da fala ao
comunicante, sem, todavia, se desligar do corpo físico, permanecendo em
vigília. A comunicação passa pelo cérebro do médium, que, dependendo do grau de
educação mediúnica que já tenha alcançado, pode exercer um controle maior ou
menor sobre o seu conteúdo. A diferença fundamental entre uma e outra
modalidade de mediunidade é que, na psicofonia simples, como ocorreu com
Eugênia, o médium exerce um controle maior sobre o espírito comunicante. Sob o
estado sonambúlico, como no caso de Celina, o médium perde o poder de atuar
sobre o espírito, pois se afasta de seu carro físico, sem deixar, todavia, de
influenciá-lo com sua ascendência moral, quando esta existe, como na hipótese
em estudo.
3.- O que é psicofonia sonambúlica?
A psicofonia é um tipo de mediunidade
em que o espírito comunicante se utiliza dos órgãos físicos do médium ligados
aos centros de força responsáveis pela fala, exteriorizando, através da
palavra, o seu pensamento. A psicofonia sonambúlica,
como vimos, é aquela que se dá com o médium em estado de sonambulismo.
Emancipado de seu corpo físico por efeito desse estado, médium dele se afasta,
permitindo que o comunicante se apodere e o utilize como se nele estivesse
encarnado.
Relembrando, podemos resumir o
sonambulismo como um estado de emancipação do espírito em que o desprendimento
do corpo físico se dá em maior amplitude do que normalmente ocorre durante o
sono. O espírito se liberta temporariamente do corpo físico, assumindo todas as
suas faculdades, sem as restrições impostas pela matéria. Seu corpo se torna um
objeto inteiramente afastado do espírito. Pode se dar naturalmente ou ser
provocado pela ação do magnetismo. Em ambos os casos, contudo, tem-se o mesmo
efeito.
Equipe Nosso Lar - CVDEE
eqpnl@cvdee.org.br
Gratidão a vocês! O estudo de vocês, tem facilitado muito o meu entendimento sobre Mediunidade e sua complkexidade. Jesus nos ilumine!
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