Anfetaminas
São substâncias sintéticas. Muitas vezes, essa
denominação “anfetaminas” é utilizada para designar todo o grupo de drogas que
apresentam ações semelhantes à anfetamina, a primeira delas produzida em
laboratório.
Dessa forma, são exemplos de drogas “anfetamínicas”: o
fenproporex, o metilfenidato, o manzidol, a metanfetamina e a dietilpropiona.
Seu mecanismo de ação é aumentar a liberação e
prolongar o tempo de atuação de alguns neurotransmissores utilizados pelo
cérebro, como a dopamina e a noradrenalina.
Efeitos do uso
de anfetaminas:
·
diminuição do sono e do apetite;
·
sensação de maior energia e menor fadiga, mesmo quando
realiza esforços excessivos, o que pode ser prejudicial;
·
rapidez na fala;
·
dilatação da pupila;
·
taquicardia;
·
elevação da pressão arterial.
Doses tóxicas
Com doses tóxicas, acentuam-se esses efeitos
anteriores, o indivíduo tende a ficar mais irritável e agressivo, pode
considerar-se como vítima de perseguição inexistente (delírios persecutórios),
ter alucinações e convulsões.
Primeira
fase
|
Segunda
fase
|
Terceira
fase
|
Quarta
fase
|
Euforia,
com diminuição da inibição de comportamento.
|
Predomínio
da depressão do SNC, o indivíduo torna-se confuso, desorientado.
Podem
também ocorrer alucinações auditivas e visuais.
|
A
depressão se aprofunda, com redução acentuada do estado de alerta. Falta de
coordenação ocular e motora (marcha vacilante, fala pastosa, reflexos
bastante diminuídos).
As
alucinações tornam-se mais evidentes.
|
Depressão tardia. Ocorre inconsciência.
Pode
haver convulsões, coma e morte.
|
O uso crônico dessas substâncias pode levar à
destruição de neurônios causando danos irreversíveis ao cérebro, assim como
lesões no fígado, rins, nervos periféricos e medula óssea.
Outro efeito ainda pouco esclarecido dessas
substâncias (particularmente dos compostos halogenados, como o clorofórmio) é
sua interação com a adrenalina, pois aumenta sua capacidade de causar arritmias
cardíacas, e que pode provocar morte súbita.
Embora haja tolerância, até hoje não há uma descrição
característica da síndrome de abstinência relacionada a esse grupo de
substâncias.
Tolerância e
abstinência
O consumo dessas drogas induz tolerância. Não se sabe
com certeza se ocorre uma verdadeira síndrome de abstinência. São frequentes os
relatos de sintomas depressivos: falta de energia, desânimo, perda de
motivação, por vezes, esses sintomas são bastante intensos, quando há
interrupção do uso dessas substâncias.
Uso clínico
Entre outros usos, destaca-se sua utilização como
moderadores do apetite (remédios para emagrecer).
Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de
Escolas Públicas. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Ministério da
Educação – 6.e.d., atual – Brasília : Ministério da Justiça, 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário