quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Anfetaminas

São substâncias sintéticas. Muitas vezes, essa denominação “anfetaminas” é utilizada para designar todo o grupo de drogas que apresentam ações semelhantes à anfetamina, a primeira delas produzida em laboratório.
Dessa forma, são exemplos de drogas “anfetamínicas”: o fenproporex, o metilfenidato, o manzidol, a metanfetamina e a dietilpropiona.
Seu mecanismo de ação é aumentar a liberação e prolongar o tempo de atuação de alguns neurotransmissores utilizados pelo cérebro, como a dopamina e a noradrenalina.

Efeitos do uso de anfetaminas:
·               diminuição do sono e do apetite;
·               sensação de maior energia e menor fadiga, mesmo quando realiza esforços excessivos, o que pode ser prejudicial;
·               rapidez na fala;
·               dilatação da pupila;
·               taquicardia;
·               elevação da pressão arterial.

Doses tóxicas

Com doses tóxicas, acentuam-se esses efeitos anteriores, o indivíduo tende a ficar mais irritável e agressivo, pode considerar-se como vítima de perseguição inexistente (delírios persecutórios), ter alucinações e convulsões.
Primeira fase
Segunda fase
Terceira fase
Quarta fase
Euforia, com diminuição da inibição de comportamento.
Predomínio da depressão do SNC, o indivíduo torna-se confuso, desorientado.
Podem também ocorrer alucinações auditivas e visuais.
A depressão se aprofunda, com redução acentuada do estado de alerta. Falta de coordenação ocular e motora (marcha vacilante, fala pastosa, reflexos bastante diminuídos).
As alucinações tornam-se mais evidentes.
Depressão tardia. Ocorre inconsciência.
Pode haver convulsões, coma e morte.

O uso crônico dessas substâncias pode levar à destruição de neurônios causando danos irreversíveis ao cérebro, assim como lesões no fígado, rins, nervos periféricos e medula óssea.
Outro efeito ainda pouco esclarecido dessas substâncias (particularmente dos compostos halogenados, como o clorofórmio) é sua interação com a adrenalina, pois aumenta sua capacidade de causar arritmias cardíacas, e que pode provocar morte súbita.
Embora haja tolerância, até hoje não há uma descrição característica da síndrome de abstinência relacionada a esse grupo de substâncias.

Tolerância e abstinência

O consumo dessas drogas induz tolerância. Não se sabe com certeza se ocorre uma verdadeira síndrome de abstinência. São frequentes os relatos de sintomas depressivos: falta de energia, desânimo, perda de motivação, por vezes, esses sintomas são bastante intensos, quando há interrupção do uso dessas substâncias.

Uso clínico

Entre outros usos, destaca-se sua utilização como moderadores do apetite (remédios para emagrecer).


Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Ministério da Educação – 6.e.d., atual – Brasília : Ministério da Justiça, 2014.


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