Solventes ou inalantes
Este grupo de substâncias, entre os depressores, não
possui nenhuma utilização clínica, com exceção do éter etílico e do
clorofórmio, que já foram largamente empregados como anestésicos gerais.
Podem tanto ser inalados involuntariamente por
trabalhadores ou quando utilizados como drogas de abuso, por exemplo, a cola de
sapateiro. Alguns exemplos são o tolueno, o xilol, o n-hexano, o acetato de
etila, o tricloroetileno, além dos já citados éter e clorofórmio, cuja mistura
é chamada frequentemente de “lança-perfume”, “cheirinho” ou “loló”.
Os efeitos têm início bastante rápido após a inalação,
de segundos a minutos, e também têm curta duração, o que predispõe o usuário a
inalações repetidas, com consequências às vezes desastrosas.
Efeitos
observados
O uso crônico dessas substâncias pode levar à
destruição de neurônios causando danos irreversíveis ao cérebro, assim como
lesões no fígado, rins, nervos periféricos e medula óssea.
Outro efeito ainda pouco esclarecido dessas
substâncias (particularmente dos compostos halogenados, como o clorofórmio) é
sua interação com a adrenalina, pois aumenta sua capacidade de causar arritmias
cardíacas, o que pode provocar morte súbita.
Embora haja tolerância, até hoje não há uma descrição
característica da síndrome de abstinência relacionada a esse grupo de
substâncias.
Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de
Escolas Públicas. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Ministério da
Educação –
6.e.d., atual –
Brasília : Ministério da Justiça, 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário