LSD
É uma das
substâncias mais potentes com ação psicotrópica que se conhece. As doses de 20
a 50 milionésimos de grama produzem efeitos com duração de 4 a 12 horas.
Seus efeitos
dependem muito da sensibilidade da pessoa às ações da droga, de seu estado de
espírito no momento da utilização e também do ambiente em que se deu a experiência.
Efeitos do uso de LSD:
distorções
perceptivas (cores, formas e contornos alterados);
fusão de sentidos
(por exemplo, a impressão de que os sons adquirem forma ou cor);
perda da
discriminação de tempo e espaço (minutos parecem horas ou metros assemelham-se
a quilômetros);
alucinações
(visuais ou auditivas) podem ser vivenciadas como sensações agradáveis, mas
também podem deixar o usuário extremamente amedrontado;
estados de
exaltação (coexistem com muita ansiedade, angústia e pânico e são relatados
como boas ou más “viagens”).
Outra repercussão
psíquica da ação do LSD sobre o cérebro são os delírios, ou seja, falsos juízos
da realidade: há uma realidade, um fato qualquer, mas a pessoa delirante não é
capaz de fazer avaliações corretas a seu respeito.
Delírios
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Exemplos dos delírios
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Delírios de grandiosidade
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O indivíduo se julga com capacidades ou forças extraordinárias.
Por exemplo, capacidade de atirar-se de janelas, acreditando que pode voar,
de avançar mar adentro, crendo que pode caminhar sobre a água, de ficar
parado em frente a um carro numa estrada, julgando ter força mental
suficiente para pará-lo.
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Delírios persecutórios
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O indivíduo acredita ver à sua volta indícios de uma conspiração
contra si e pode até agredir outras pessoas numa tentativa de defender-se da
“perseguição”.
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Outros efeitos tóxicos
Há descrições de
pessoas que experimentam sensações de ansiedade muito intensa, depressão e até
quadros psicóticos por longos períodos após o consumo do LSD.
Uma variante desse
efeito é o flashback, quando após semanas ou meses depois de uma
experiência com LSD, o indivíduo volta a apresentar repentinamente todos os
efeitos psíquicos da experiência anterior, sem ter voltado a consumir a droga
novamente, com consequências imprevisíveis, uma vez que tais efeitos não
estavam sendo procurados ou esperados e podem surgir em ocasiões bastante
impróprias.
Efeitos no resto do organismo:
·
aceleração do
pulso;
·
dilatação pupilar.
Episódios de
convulsão já foram relatados, mas são raros.
Tolerância e abstinência
O fenômeno da
tolerância desenvolve-se muito rapidamente com o LSD, mas também há um
desaparecimento rápido com a interrupção do uso da substância. Não há descrição
de uma síndrome de abstinência se um usuário crônico deixa de consumir a
substância, mas, ainda assim, pode ocorrer a dependência quando, por exemplo,
as experiências com o LSD ou outras drogas perturbadoras do SNC são encaradas
como “respostas aos problemas da vida” ou “formas de encontrar-se”, que fazem
com que a pessoa tenha dificuldades em deixar de consumir a substância,
frequentemente ficando à deriva no dia a dia, sem destino ou objetivos que venham
enriquecer sua vida pessoal.
Importante:
O Ministério da
Saúde do Brasil não reconhece nenhum uso clínico dos alucinógenos e sua
produção, porte e comércio são proibidos no território nacional.
Curso de Prevenção
do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas. Secretaria Nacional de
Políticas sobre Drogas, Ministério da Educação – 6.e.d., atual – Brasília :
Ministério da Justiça, 2014.
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