Capítulo 13 - Débito
estacionário
Prosseguimos
administrando fraterno auxílio ao lar de Marina, incluindo a assistência ao
companheiro que o nosocômio ainda acolhia, encontrando excelentes oportunidades
de estudo e observação.
Conclusões
e apontamentos felicitavam-nos a cada passo.
Tarefas
e excursões cobriam-se de êxito desejável, quando, certa noite, no parlatório,
foi Silas procurado por um companheiro aflito, que avisou, atencioso:
–
Assistente, nossa irmã Poliana parece vergar, em definitivo, ao peso da imensa
prova.
–
Revoltada? – indagou nosso amigo com inflexão de paciência e bondade.
– Não –
aclarou o interpelado. – Nossa irmã está enferma e o equilíbrio orgânico
declina de hora a hora... Apesar disso vem lutando heroicamente para
conservar-se ao pé do filho infeliz.
Silas
refletiu por momentos rápidos e falou resoluto:
– É
imperioso agir sem demora.
E, qual
acontecera em circunstâncias anteriores, utilizamos a volitação para lograr
mais tempo.
A
breves minutos, achávamo-nos em paisagem rural pobre e triste. Num casebre,
totalmente exposto à ventania noturna, infortunada mulher jazia enrolada em
farrapos, numa esteira de palha ao rés do solo e, a poucos metros, mísero anão
paralítico exibia o semblante alvar. Reconhecia-se-lhe, de pronto, a idiotia
completa, sob a vigilância da enferma desditosa, que o fitava entre a aflição e
o desencanto.
Abarcando-os
com o olhar, nosso condutor informou solícito:
– Temos
aqui nossa irmã Poliana e Sabino, o filho desventurado que o Poder Celeste lhe
confiou. Espiritualmente, são ambos tutelados da Mansão, em pedregoso caminho
de reajuste.
Entretanto,
o generoso amigo parecia mais interessado na assistência prática que na obra
informativa. Inclinando-se, atento, para a desventurada mulher, auscultou-lhe o
tórax, explicando algo inquieto:
– Caso
urgente.
E,
convidados ao concurso imediato, associamo-nos à minuciosa pesquisa, observando
que o coração da enferma apresentava alarmante arritmia, figurando-se-nos
agitado prisioneiro a emaranhar-se nas artérias estreitadas em estranhas
calcificações.
Examinando
aquele atormentado quadro circulatório, o Assistente informou:
– Os
vasos enfraquecidos do miocárdio ameaçam ruptura próxima, porquanto a doente se
encontra na tensão de angústia extrema. A parada súbita do órgão central pode
ocorrer de um instante para outro.
Assim
dizendo, relanceou o olhar sobre o homem-criança, estirado a dois passos, e
acrescentou:
–
Entretanto, Poliana precisa mais tempo no corpo, de vez que o filho não lhe
dispensa os cuidados. Acham-se não apenas jungidos à mesma prova, mas
imanizados ao mesmo clima fluídico, reciprocamente alimentados pelas forças que
exteriorizam, no campo da afinidade pura. Dessa maneira, a desencarnação da genitora
repercutiria mortalmente sobre o filho, cuja existência, no estágio de
segregação em que se encontra, gravita, invariável, em derredor da carícia
materna.
Aflitiva
expectação caiu sobre nós.
Silas
como que buscava, na choça desguarnecida de tudo, algo que pudesse funcionar à
guisa de socorro, todavia, somente velho cântaro ali guardava pequena porção
d’água.
O
Assistente comunicou-nos que a enferma reclamava medicação imediata,
considerando, porém, que naquela hora da noite não era fácil trazer algum
companheiro encarnado ao sítio deserto, nem dispúnhamos, ali, de recursos
quaisquer. Ainda assim, vimo-lo aplicar-lhe passes à glote, com desvelada
atenção. Logo após, administrou recursos fluídicos à linfa pura.
Compreendemos
que Silas ativara a sede na doente, constrangendo-a a servir-se da água simples
então convertida em líquido medicamentoso.
Despendendo
enorme esforço, Poliana abandonou o leito e buscou o pote humilde. Após beber
ligeiros goles, asserenou as próprias ânsias, qual se houvera sorvido valiosa
poção calmante.
As
preocupações obcecantes da hora em curso cederam lugar à bonança de espírito.
Foi
assim que o diretor de nossa excursão, acariciando-lhe a fronte, pendida nos
molambos a se agregarem por travesseiro, transmitia-lhe forças revigorantes.
Decorridos
alguns minutos, Poliana mostrava-se plenamente fora do vaso físico, mas sem a
necessária lucidez espiritual para identificar-nos a presença. Contudo,
subordinada ao comando magnético de Silas, ergueu-se automaticamente. Enlaçada
por ele e seguidos ambos por nós, demandamos bosque vizinho.
Longe
de perceber-se sob a assistência carinhosa de que era objeto, a enferma ausente
do corpo de carne, como num sonho consolador, foi convenientemente acomodada
por Silas no tapete de relva macia, sentindo-se calma eleve... Finda essa
operação, o Assistente convocou-nos à prece e, levantando o olhar para o firmamento
faiscante de estrelas, rogou compungidamente:
– ”Pai de Infinita Bondade, Tu que dás
provimento às necessidades do verme aparentemente esquecido no ventre do solo,
que vestes a flor anônima, perfumando-lhe a contextura, muitas vezes sobre a
lama do charco, desce compassivo olhar sobre nós, que nos tresmalhamos a
distância de Teu amor!
“Em particular, Pai Justo, compadece-Te de nossa
Poliana, vencida!...
“Ela não é mais, Senhor, a mulher sequiosa de aventura
e de ouro, disposta a lançar lodo e treva no caminho dos semelhantes, mas sim
pobre mãe fatigada, reclamando novas forças para a renúncia! não é mais a moça
vaidosa que tripudiava nos tormentos do próximo, mas triste mendiga, anulada
para o trabalho, que soluça de porta em porta, esmolando o pão com que deve
sustentar o torturado filho de sua dor e nutrir a própria vida.
“Ó Pai, não a deixes perder agora a benção do corpo,
na senda redentora onde se arrasta!
“Acrescenta-lhe os recursos para que não interrompa a
experiência sublime em que se localiza...
“Tu que nos deste, pelo Cristo, a divina revelação do
sofrimento, como sendo o roteiro de nossa recondução para os Teus braços,
ajuda-a a refazer as energias aniquiladas, a fim de que não pereça antes de
encontrar a nova luz que lhe aguarda o coração para a subida à Glória
Eterna!...”
A voz
de Silas, tocada de profunda fé, arrebatava-nos ao pranto insofreável.
Azulíneas cintilações nimbavam-lhe a cabeça e, como resposta do Alto, ali, na
selvagem floração do bosque ermo, vimos, ao longe, cinco flamas, em pontos
diferentes do Espaço, que se aproximavam de nós, celeremente...
Renteando
conosco, transfiguraram-se em companheiros que nos saudaram regozijantes. Em
rápidos minutos, energias imponderáveis da Natureza, associadas aos fluidos de
plantas medicinais, foram trazidas à nossa enferma, que as inalava a longos sorvos,
e, em tempo breve, vimos Poliana surpreendentemente refeita, pronta a retomar o
envoltório para a necessária restauração.
– Ricos
da Terra – pensei com lágrimas –, onde o poder das vossas arcas abarrotadas de
ouro, ante a simples fulguração de uma prece? Onde a grandeza de vossos
palácios, recheados de fausto e pedraria, confrontada com um simples minuto de
reverência da alma, em comunhão com a Paternidade de Deus, na majestade do Céu?
Incapaz
de raciocinar por si, quanto à metamorfose experimentada, por força das
inibições que sofria na provação temporária, a doente não conseguia ver-nos,
mas sorria, venturosa, sentindo-se mais robusta e mais ágil.
Novamente
amparada, regressou ao tugúrio infecto e auxiliamo-la a retomar a cápsula
física. Enquanto descerrava os olhos, reconfortada, Silas esclareceu:
– As
melhoras adquiridas pela organização perispirítica serão apressadamente
assimiladas pelas células do equipamento fisiológico.
E
acentuou:
– Sabem
os médicos terrenos que o sono é um dos ministros mais eficientes da cura. É
que, ausente do corpo, muitas vezes consegue a alma prover-se de recursos
prodigiosos para a recuperação do veículo carnal em que estagia no mundo.
Após a
elucidação, afagou os cabelos grisalhos da pobre doente e prometeu-lhe em voz alta;
–
Descanse. Quando o dia ressurgir, nossos companheiros trarão até aqui o socorro
da caridade fraternal, valendo-se de algum samaritano das redondezas...
Permitirá o Senhor que você continue...
Em
seguida, convidou-nos a observar o campo orgânico de Sabino. Por fora, sim, era
ele dolorosa máscara de anormalidade e aberração. Mirrado, nada medindo além de
noventa centímetros e apresentando grande cabeça, aquele corpo disforme, tresandando
odores fétidos, inspirava compaixão e repugnância. A fisionomia denotava
configuração macacóide, exibindo, porém, no sorriso inconsciente e nos olhos
semilúcidos, a expressão de um palhaço triste.
Recomendou-nos
o Assistente auscultar-lhe o campo íntimo, e, em razão disso, findos alguns
minutos de reflexão, assimilei-lhe a faixa mental, observando-lhe as singulares
reminiscências...
Demonstrando
viver essencialmente distante da realidade, a memória de Sabino mergulhava,
toda, em quadros estranhos.
Corporificados
ante a nossa visão espiritual, os pensamentos dele tomavam consistência,
compelindo-nos a enxergá-lo qual se sentia em verdade. Víamo-lo em trajes de
palaciano bem-posto, influenciando pessoas categorizadas para a consumação de
crimes ocultos, a culminarem sempre na flagelação do povo. Viúvas e órfãos,
trabalhadores humildes e escravos misérrimos desfilavam nas telas de suas
complicadas recordações. Palacetes aristocráticos e mesas opíparas constavam
por detalhes faustosos das lembranças que lhe povoavam o espírito... E, ao seu
lado, sempre a mesma mulher, cujo porte soberbo revelava Poliana, aquela mesma Poliana
que jazia inerme na esteira de palha... Assombrados, identificávamos ambos
cercados de luxo e ouro, manchados, porém, de sangue, ao qual se faziam
plenamente insensíveis...
Reconhecíamos
sem dificuldade que mantinham consigo escusos compromissos um com o outro, no
terreno da crueldade.
Sabino,
o fidalgo orgulhoso, não tomava conhecimento de Sabino, o anão paralítico. Em
absoluta introspecção, revivia o pretérito, com requintes de egolatria,
demonstrando-se na posição do homem iludido por mentirosa superioridade à
frente dos semelhantes.
Percebendo-nos
a perplexidade, Silas observou:
–
Decerto, não lhe ouviremos a palavra articulada, mudo e surdo qual se encontra,
mas podemos consultar-lhe o pensamento, porquanto reagirá em pensamento,
respondendo-nos às interpelações, através da conversação ideada. Para isso,
porém, é imprescindível lhe dispensemos o tratamento devido à personalidade que
julga viver... Mentalizemo-lo como sendo o Barão de S..., titulo que exibiu na
existência última e com o qual se desvairou calamitosamente nas trevas da delinquência
e da vaidade.
Observando
as manchas rubras nos quadros vivos das vivas reminiscências em que se
enclausurava, perguntei com a gravidade natural que a experiência exigia:
–
Barão, por que tanto sangue em seu caminho? Terão muitos chorado, em torno de
sua marcha?
Notei,
perfeitamente, que ele não recolhera a interrogação com os tímpanos comuns, mas
a apreendera em forma de ideia, formulada de si para consigo, devolvendo-nos a
seguinte ponderação pelos fios mentais, em que comungávamos um com o outro, sem
que me identificasse por seu interlocutor invisível:
–
“Sangue e lágrimas, sim!... Precisei de grande dose de semelhante material em
meus empreendimentos... Que triunfador do mundo não terá sangue e lágrimas, na
base das pirâmides da fortuna ou da dominação política em que todos eles se apoiam?
A vida é um sistema de luta, no qual a Humanidade se divide em dois campos
opostos – aquele dos que conquistam e aquele dos que são conquistados... Sou um
nobre... Não guardo a vocação de perder... Que importa a aflição dos fracos, se
a morte para eles significa descanso e mercê?”
Desliguei-me
do foco mental em que se lhe exprimiam os pensamentos e, depois de alguns
instantes, nos quais se consagrava Hilário ao mesmo exame que me tomara a
atenção, o Assistente esclareceu:
–
Segundo é fácil de concluir, ante a perquirição da ciência terrestre vulgar,
Sabino será o idiota paralítico, surdo e mudo de nascença... Para nós, no
entanto, é um prisioneiro ainda perigoso, engaiolado nos ossos físicos, de cuja
tessitura, por agora, não tem qualquer noção, tal o egoísmo que ainda lhe turva
a alma, em processo de incontrolável hipertrofia... A sede da posse ignóbil e o
orgulho virulento perverteram-lhe a vida íntima, fixando-o em pavoroso
labirinto de sinistros enganos, que resultam para ele em completa alienação
mental no tempo, de vez que o relógio avança na contagem dos dias, enquanto se
mantém parado nas reminiscências em que se supõe dominador na Terra, vivendo o
pesadelo criado por si próprio...
Diante
dos problemas que o estudo suscitava, indagou Hilário, surpreso:
–
Mas... onde a vantagem de semelhantes padecimentos?
Silas
esboçou leve expressão de tristeza e considerou:
– Temos
sob nossa atenção lamentável débito congelado.
Nosso
pobre companheiro, deploravelmente tombado, praticou numerosos delitos na Terra
e no Plano Espiritual e, há mais de mil anos, vem sucumbindo, vaidoso e
desprevenido, às garras da criminalidade... De existência a existência, não
soube senão consumir os recursos do campo físico, tumultuando as paisagens sociais
em que o Senhor lhe concedeu viver. Calamidades diversas, como sejam
homicídios, rebeliões, extorsões, calúnias, falências, suicídios, abortos e
obsessões foram por ele provocados, desde muitos séculos, porquanto nada viu à
frente dos olhos senão o seu egoísmo a saciar... Entre o berço e o túmulo, é o
desatino incessante, e, do túmulo para o berço, é a maldade fria e inconsequente,
apesar das intercessões de amigos abnegados, que o amparam em novas tentativas
de regeneração e levantamento. Quase sempre inspirado nos pontos de vista de
Poliana, que lhe vem sendo a companheira de múltiplas jornadas, cristalizou-se
como infeliz empresário do crime, agigantando-se-lhe de tal modo o desequilíbrio
na existência última, terminada no suicídio indireto através do mergulho
deliberado na viciação, que não houve outro remédio para ele senão o
insulamento absoluto na carne, ao nevoeiro da romagem presente, na qual o
identificamos, assim, como fera enjaulada na armadura de células aviltantes,
sob a custódia da mulher que o ajudou nas quedas sucessivas, erigida agora à
posição de enfermeira maternal do seu longo infortúnio. Poliana, a companheira
fútil e transviada do bem, que habitualmente escolheu para si a condição de
boneca do prazer delituoso, acordou, além-túmulo, para as realidades da vida,
antes dele... Despertou e sofreu muito, aceitando a tarefa de auxiliá-lo na
recuperação em que, por certo, despenderão muito tempo ainda...
No
campo perispiritual do anão ensimesmado, observamos, através da sua aura
verde-trevosa, que todas as energias dos seus fulcros vibratórios refluíam
sobre os pontos de origem, dando-nos a impressão de que Sabino estava enovelado
inteiramente em si mesmo, à maneira da lagarta ilhada no casulo dela própria
nascido.
Às
perguntas que não nos foi possível sopitar, respondeu Silas com presteza:
– Nosso
amigo, até que se amadureça em espírito para a renovação necessária, guarda a
mente trabalhando em circuito fechado, isto é, pensa constantemente para si
mesmo, incapaz da permuta de vibrações com os semelhantes, exceção feita com Poliana,
de quem se fez satélite mudo e expectante, como parasita em fronde seivosa.
Sabino é um problema de débito estacionário, porque jaz em processo de
hibernação espiritual, compulsória mente enquistado no próprio íntimo, a
benefício da comunidade de Espíritos desencarnados e encarnados, porquanto tão
expressivos se lhe destacam os gravames de ordem material e moral que a sua
presença consciente, na Terra ou no Espaço, provocaria perturbações e tumultos
de conseqüências imprevisíveis. Desfruta, desse modo, uma pausa na luta, como
ensaio de esquecimento, a fim de que possa, de futuro, encarar o montante dos
compromissos em que se enleia, promovendo-lhes solução digna nos séculos próximos,
a golpes de férrea vontade na renunciação de si mesmo.
– Mas –
indagou Hilário, inquieto – não disporia a Espiritualidade Superior de
elementos para encarcerá-lo, a distância da carne?
– Sim –
confirmou Silas –, isso não é impossível. Entretanto, se temos enxovias
pungentes para a expiação dos crimes que entenebrecem a mente humana, muitas
delas a se expressarem por vales de miséria e de horror, é preciso considerar
que os delinquentes aí segregados atraem-se uns aos outros, contagiando-se mutuamente
das chagas morais de que são portadores, gerando o inferno em que passam
transitoriamente a viver. Por outro lado, contamos com muitas instituições,
funcionando à semelhança de estufas, nas quais criaturas desencarnadas dormem
pacificamente largos sonos, mergulhadas nos pesadelos que merecem até certo ponto,
depois de efetuada a travessia do sepulcro... Em Sabino, contudo, encontramos
um caso excepcional de rebeldia e delinquência sistemáticas, em cujas sombras,
um dia, sentiu baquearem-se-lhe as forças. O remorso feriu-lhe o coração como a
bala mortífera assalta um tigre solto... A prece fulgurou-lhe na consciência e,
antes que a sua nova atitude provocasse reações e vinditas soezes, entre os que
lhe seguiam os passos na rota perversa, recolheram-no à Mansão, onde foi
naturalmente magnetizado, caindo em hipnose de longo curso, sendo recebido mais
tarde pelo carinho de Poliana, então segregada em campo de regeneração pelo sacrifício.
Como vemos, tamanhas são as ligações de nosso companheiro nos planos infernais
que, por mercê de Jesus, foi ele ocultado provisoriamente neste corpo
monstruoso em que se faz não apenas incomunicável, mas também de algum modo
irreconhecível, em favor dele próprio. É indispensável que o tempo com a
Bondade Divina lhe amparem os problemas aflitivos e complexos.
E,
fitando-nos serenamente, ajuntou:
–
Compreenderam?
Sim,
havíamos entendido. A experiência, aos nossos olhos, era dura mas lógica,
terrível mas justa. E como quem nada mais podia dar ao triste amigo, além do
coração, Silas afagou-lhe a cabeça imunda e ofertou-lhe, comovido, a bênção de
uma prece.
Questões para o Estudo
O tema apresentado pelo nosso Instrutor no-as
chama para uma realidade distinta em torno às afinidades, ajuste e consequências
no desenrolar das existências. Cabe-nos refletir e perguntar-nos:
1.- Os Espíritos que voltam para a Terra em prova de
expiação, contam com certeira ajuda para desfazer-se de seus débitos. Quais os
mecanismos dessa ajuda?
2.- Os mecanismos das ligações entre os espíritos em
prova se dão no âmbito da “afinidade pura” e continuam durante o tempo em que a
afinidade os ligue. Nestes casos em que as criaturas permanecem ligadas entre
elas, haverá dificuldade quando se intentar modificar pela ajuda, a extensão da
prova?
3.- Como entender:
a) “reciprocamente
alimentados pelas forças que
exteriorizam”?
b) esta
simbiose é natural?
4.- Quando Silas diz: “Tu que nos deste, pelo Cristo,
a divina revelação do sofrimento, como sendo o roteiro de nossa recondução para
os Teus braços...” reconhece a dor, como à única libertadora da alma?
5.- A prece formulada pelo Instrutor e atendida
depressa pelos envidados do Céu. Temos a certeza de que nossos apelos serão
assim respondidos?
6.- Silas afirma que _as melhoras adquiridas pela
organização perispirítica serão apressadamente assimiladas pelas células do
equipamento fisiológico_. Podemos ajuntar alguma outra ideia para encher o
conceito?
7.- Sabino permanece engaiolado a um corpo, preso das
suas recordações, respondendo-se a si mesmo. Como descortina André Luiz os
refolhos da sua alma?
8.- O Débito Congelado é para o Espírito um estagio
isolado onde a Lei da Justiça dá espaço à Lei da Clemência. Podemos refletir
nesta situação e formular considerações?
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