SOCORRO E BENEVOLÊNCIA
Emmanuel
Socorro e
benevolência!...
Curioso examinar
como é fácil seguir o caminho da caridade até o meio; tão fácil que o
princípio dele é acessível a qualquer um. Isso, porque, se o início das
boas obras pode realizar-se através de impressões externas, a complementação
deve ser feita no cerne da vida íntima.
Mobilizaremos
recursos materiais, diminuindo o infortúnio de companheiros que a penúria
vergasta; no entanto, a fim de aprendermos as lições da bondade, é
forçoso lhes saibamos doar, tanto quanto possível, esforço e presença pessoal,
na solução dos problemas que lhes digam respeito.
Partilharemos
dissabores e aflições dos vizinhos, especialmente quando a própria
tranquilidade nos permita articular bons conselhos, mas, para que o nosso
testemunho de fraternidade seja completo, cabe-nos regozijar-nos sinceramente
quando se mostram felizes, sem qualquer necessidade de nosso auxílio.
Estimaremos a
prestação de gentileza às pessoas que se nos façam atraentes pela humildade que
evidenciem; contudo, é forçoso sustentar o mesmo concurso afetivo junto
daqueles que a revolta e a obsessão nos apresentem como sendo criaturas menos
simpáticas.
Alegrar-nos-emos com
as tarefas da assistência social quando vantagens diversas nos assegurem a
euforia de corpo e alma; entretanto, para demonstrarmos compreensão de
solidariedade real, é preciso saber olvidar enxaqueca e desgosto, a fim de
sorrir encorajando os irmãos em lidas expiatórias.
Caridade,
indiscutivelmente, é a senda do amor; contudo, para alcançar a vitória
espiritual a que ela nos guia, é necessário trilhá-la dos júbilos do começo às
dificuldades do fim.
Do livro “Encontro
marcado”
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