Ante os mundos superiores
Emmanuel
Reunião pública de 21-8-61
1ª Parte, cap. III, item 11
Reunião pública de 21-8-61
1ª Parte, cap. III, item 11
Quando nos
referirmos aos mundos superiores, recordemos que a Terra, um dia, formará entre
eles, por estância divina. Atualmente, no entanto, apesar das magnificências
que laureiam a civilização em todos os continentes, não podemos alhear-nos do
preço que pagará pela promoção.
Sem dúvida, os
campos ideológicos da vida internacional entrarão em conflitos encarniçados
pelo domínio. As nuvens de ódio que se avolumam, na psicosfera do Planeta,
rebentarão em tormentas arrasadoras sobre as comunidades terrestres. Contudo,
as vibrações do sofrimento coletivo funcionarão por radioterapia na esfera da
alma, sanando a alienação' mental dos povos que sustentam as chagas da miséria,
em nome da ideia de Deus, e daqueles outros que pretendem extirpá-las, banindo
a ideia de Deus das próprias cogitações. Engenhos de extermínio desintegrarão
os quistos raciais e as cadeias que amordaçam o pensamento, remediando as
agonias econômicas da Humanidade e dissipando as correntes envenenadas do
materialismo, a estender-se por afrodisíaco da irresponsabilidade moral.
Enunciando,
porém, semelhantes verdades, é forçoso dizer que não somos profetas do
belíssimo, nem Cassandras do terror.
Examinamos
simplesmente o quadro escuro que as nações poderosas organizaram e que lhes
atormenta, hoje, os gabinetes de governanta, ainda mesmo quando se esforçam por
disfarçá-lo nos banquetes políticos e nos votos de paz.
E, ao fazê-lo,
desejamos apenas asseverar a nossa fé positiva no grande futuro, quando o
homem, superior a todas as contingências, respirar, enfim, livre dos polvos da
guerra que lhe sugam as energias e lhe entornam inutilmente o sangue em esgotos
de lágrimas.
Abrindo as
estradas do espírito para essa era de luz, abracemos a charrua do suor, pela
vitória do bem, seja qual seja o nosso setor de ação.
Obreiros da
imortalidade contemplaremos os habitantes da Terra a emergirem de todos os
escombros com que pretendam sepultar-lhes as esperanças, elevando-se em
direitura de outras plagas do Universo! E, enquanto nos empenhamos, cada vez
mais, em largas dividas para com a Ciência que nos rasga horizontes e traça
caminhos novos, vivamos na retidão de consciência, fiéis ao Cristo, no serviço
incessante de burilamento da alma, na certeza de que, se a glorificação chega
por fora, a verdadeira felicidade é obra de dentro.
Do livro A
Justiça Divina
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