quarta-feira, 23 de julho de 2014

Conclusão do Capítulo 11 - Desdobramento em Serviço

1 - Como definir a mediunidade de desdobramento?
Desdobramento é o fenômeno pelo qual o espírito, sempre envolvido por seu perispírito, separa-se do corpo físico, ao qual se mantém ligado apenas por um laço fluídico conhecido como "cordão de prata" e vai estar em outros lugares.
Este fenômeno pode ocorrer de forma anímica ou mediúnica, consciente ou inconscientemente, dependendo de existir ou não a interferência do plano espiritual e da vontade ou não do espírito que se desloca. O caso narrado no capítulo que estamos estudando é de desdobramento mediúnico e consciente. O médium deslocou-se  conscientemente  ao plano espiritual, em espírito, com o objetivo de se encontrar com um antigo trabalhador da casa que  desencarnara há pouco e de transmitir uma sua mensagem, deixando seu corpo no local onde se realizava o trabalho mediúnico

2 - Existiriam condições inerentes ao médium para que este se torne mais eficiente na atividade de desdobramento?
(OBS: Fonte auxiliar de pesquisa: PERALVA, Martins, Estudando a Mediunidade, Cap XV, Ed. FEB)
 Para produzir o fenômeno de desdobramento mediúnico consciente, o espírito deve contar já com algum adiantamento moral, que lhe possibilite, através do pensamento, desprender-se do corpo físico e desdobrar-se. Martins Peralva, na obra acima citada, elenca as condições que contribuem para a produção do fenômeno e  que  devem  ser  observadas pelo médium: vida pura, aspirações elevadas, potência mental, cultivo da prece e exercício constante.

3 - E existiriam também condições para os demais membros do grupo auxiliarem o médium? (OBS: mesma fonte citada acima)
Como em todo trabalho mediúnico, o grupo deve ser uniforme, ter uma unidade de pensamento e de propósitos. Os componentes do grupo mediúnico, analisa o mesmo Autor, também devem observar determinados deveres para que possam prestar ao médium o auxílio necessário ao êxito do desprendimento: prece, concentração e exortação.

4 - Qual a importância da oração para auxiliar o médium de desdobramento?
Ao deixar o corpo físico, o espírito desdobrado ingressou em região próxima à Terra que recebia todas as emanações fluídicas negativas próprias de um mundo de provas e de expiações. A substância mental expelida pela humanidade encarnada do Planeta refletia o seu desequilíbrio, consequente das paixões inferiores, vícios, crimes, ódios e outros sentimentos nada nobres ainda comuns no plano terreno. Castro, o médium em desdobramento, ao ingressar nessa região, que descreveu como "... um trilho estreito e escuro...", sentiu-se amedrontado, imaginando achar-se em "... pleno nevoeiro...". Uma prece realizada pelo grupo mediúnico elevou o seu padrão vibratório, fortalecendo o médium em serviço, que afirmou a ter recebido como "... um chuveiro de luz...". Vemos, pois, o valor da prece também nesse tipo de trabalho, renovando as forças e mantendo o grupo mediúnico numa sintonia elevada, com vibrações altamente positivas.

5 - Qual a importância da concentração do médium no momento da atividade?
É através da concentração mental que o espírito direciona o pensamento de modo a manejar seu perispírito, impulsionando o desprendimento do corpo físico e dando-lhe a forma como se apresentará durante o período  de desdobramento.

6 - E do estudo constante?
Na Introdução do Livro dos Médiuns, Allan Kardec recomenda àquele que deseje lidar seriamente com a mediunidade que primeiro leia o Livro dos Espíritos. Estabeleceu, assim, o Codificador, como premissa para a prática de qualquer atividade mediúnica o estudo. Sem o conhecimento dos princípios básicos que regem a relação entre os dois planos de vida, o médium ficará sempre sujeito a produzir fenômeno mediúnico não confiável,  refletindo  o  pensamento  de  espíritos perturbadores, que não têm nenhum compromisso como a seriedade do trabalho.

7 - Comente a seguinte afirmação do Assistente Áulus: "Raros espíritos encarnados conseguem absoluto domínio de si próprios, em romagens de serviço edificante fora do carro de matéria densa. Habituados à orientação pelo corpo físico, ante qualquer surpresa menos agradável, na esfera de fenômenos inabituais, procuram instintivamente o retorno ao vaso carnal, à maneira do molusco que se refugia na própria concha, diante de qualquer impressão em desacordo com os seus movimentos rotineiros."
 Quis o assistente Áulus demonstrar a dificuldade com que espíritos no nosso nível de evolução ainda se defrontam ao se liberarem do corpo físico. Como ainda se encontram fortemente impressionáveis pela influência da matéria, ante as mínimas dificuldades com que se defronta, a reação inconsciente do espírito, nestas circunstâncias, é buscar a fuga através do esconderijo do corpo físico, como faz o molusco com a própria  concha, no exemplo citado pelo benfeitor.


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