Conclusão do Capítulo 11
- Desdobramento em Serviço
1 -
Como definir a mediunidade de desdobramento?
Desdobramento
é o fenômeno pelo qual o espírito,
sempre envolvido por seu perispírito,
separa-se do corpo físico, ao qual se mantém ligado apenas por um laço fluídico
conhecido como "cordão de
prata" e vai estar em outros lugares.
Este
fenômeno pode ocorrer de forma anímica ou mediúnica,
consciente ou inconscientemente, dependendo de existir ou não a interferência do
plano espiritual e da vontade ou não do
espírito que se desloca. O caso narrado no capítulo que estamos estudando é de desdobramento mediúnico e
consciente. O médium
deslocou-se conscientemente ao plano espiritual, em espírito, com o objetivo de se encontrar com um antigo
trabalhador da casa que desencarnara há
pouco e de transmitir uma sua mensagem, deixando seu corpo no local onde se
realizava o trabalho mediúnico
2 -
Existiriam condições inerentes ao médium para que
este se torne mais eficiente na atividade de desdobramento?
(OBS:
Fonte auxiliar de pesquisa: PERALVA, Martins, Estudando a Mediunidade, Cap XV,
Ed. FEB)
Para produzir o fenômeno de desdobramento mediúnico consciente, o espírito
deve contar já com
algum adiantamento moral, que lhe possibilite, através do pensamento,
desprender-se do corpo físico e desdobrar-se. Martins Peralva, na obra acima
citada, elenca as condições que
contribuem para a produção do
fenômeno e que devem
ser observadas pelo médium: vida
pura, aspirações
elevadas, potência
mental, cultivo da prece e exercício
constante.
3 - E
existiriam também condições para os demais membros do grupo auxiliarem o médium? (OBS: mesma fonte citada acima)
Como em
todo trabalho mediúnico, o grupo deve ser uniforme, ter uma unidade de
pensamento e de propósitos. Os componentes do grupo mediúnico, analisa o mesmo
Autor, também devem observar determinados deveres para que possam prestar ao
médium o auxílio necessário ao êxito do desprendimento: prece, concentração e exortação.
4 -
Qual a importância da oração para
auxiliar o médium de desdobramento?
Ao
deixar o corpo físico, o espírito desdobrado ingressou em região próxima à Terra que recebia todas as emanações fluídicas negativas próprias de um mundo de provas
e de expiações. A
substância mental expelida pela humanidade encarnada do
Planeta refletia o seu desequilíbrio, consequente das paixões inferiores, vícios,
crimes, ódios e
outros sentimentos nada nobres ainda comuns no plano terreno. Castro, o médium em desdobramento, ao ingressar nessa região, que descreveu como "... um trilho estreito e
escuro...", sentiu-se amedrontado, imaginando achar-se em "... pleno
nevoeiro...". Uma prece realizada pelo grupo mediúnico elevou o seu padrão vibratório,
fortalecendo o médium em serviço, que
afirmou a ter recebido como "... um chuveiro de luz...". Vemos, pois,
o valor da prece também nesse
tipo de trabalho, renovando as forças e
mantendo o grupo mediúnico
numa sintonia elevada, com vibrações
altamente positivas.
5 -
Qual a importância da concentração do médium no momento da atividade?
É através da
concentração
mental que o espírito
direciona o pensamento de modo a manejar seu perispírito, impulsionando o desprendimento do corpo físico e dando-lhe a forma como se apresentará durante o
período de desdobramento.
6 - E
do estudo constante?
Na
Introdução do Livro dos Médiuns,
Allan Kardec recomenda àquele
que deseje lidar seriamente com a mediunidade que primeiro leia o Livro dos
Espíritos. Estabeleceu, assim, o Codificador, como premissa para a prática de
qualquer atividade mediúnica o estudo. Sem o conhecimento dos princípios
básicos que regem a relação entre
os dois planos de vida, o médium ficará sempre sujeito a produzir fenômeno mediúnico não confiável, refletindo
o pensamento de espíritos
perturbadores, que não têm nenhum compromisso como a seriedade do trabalho.
7 -
Comente a seguinte afirmação do
Assistente Áulus: "Raros espíritos encarnados conseguem
absoluto domínio de si próprios, em romagens de serviço edificante fora do carro de matéria densa. Habituados à orientação pelo corpo físico, ante
qualquer surpresa menos agradável, na esfera
de fenômenos inabituais, procuram instintivamente o retorno
ao vaso carnal, à maneira do molusco que se refugia na própria concha,
diante de qualquer impressão em desacordo
com os seus movimentos rotineiros."
Quis o assistente Áulus demonstrar a dificuldade com que espíritos no nosso nível de
evolução ainda se defrontam ao se liberarem do corpo físico.
Como ainda se encontram fortemente impressionáveis pela influência da matéria, ante
as mínimas dificuldades com que se defronta, a reação inconsciente do espírito,
nestas circunstâncias, é buscar a fuga através do
esconderijo do corpo físico,
como faz o molusco com a própria concha,
no exemplo citado pelo benfeitor.
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