Inveja
Remanescente
dos atavismos inferiores, a inveja é fraqueza moral, a perturbar as
possibilidades de luta do ser humano.
Ao invés de
empenhar-se na autovalorização, o paciente da inveja lamenta o triunfo alheio e
não luta pelo seu; compete mediante a urdidura da intriga e da maledicência;
aguarda o insucesso do adversário, no que se compraz; observa e persegue,
acoimado por insidiosa desdita íntima.
Egocêntrico,
não saiu da infância psicológica e pretende ser o único centro de atenção,
credor de todos os cultos e referências.
Insidiosa, a
inveja é resultado da indisciplina mental e moral que não considera a vida como
patrimônio divino para todos, senão, para si apenas.
Trabalha, por
inveja, para competir, sobressair, destacar-se. Não tem ideal, nem respeito
pelas pessoas e pelas suas árduas conquistas.
Normalmente
moroso e sem determinação, resultado da sua morbidez inata, o enfermo de inveja
nunca se alegra com a vitória dos outros, nem com a alheia realização.
A inveja
descarrega correntes mentais prejudiciais dirigidas às suas vítimas, que
somente as alcançam se estiverem em sintonia, porém cujos danos ocorrem no
fulcro gerador, perturbando-lhe a atividade, o comportamento.
A terapia para
a inveja consiste, inicialmente, na-cuidadosa reflexão do eu profundo em torno
da sua destinação grandiosa, no futuro, avaliando os recursos de que dispõe e
considerando que a sua realidade é única, individual, não podendo ser medida
nem comparada com outras em razão do processo da evolução de cada um.
O cultivo da
alegria pelo que é e dos recursos para alcançar outros novos patamares enseja o
despertar do amor a si mesmo, ao próximo e a Deus, como meio e meta para
alcançar a saúde ideal, que lhe facultará a perfeita compreensão dos mecanismos
da vida e as diferenças entre as pessoas, formando um todo holístico na Grande
Unidade.
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