quarta-feira, 23 de julho de 2014

Conclusão do Capítulo 12 - Clarividência e Clariaudiência

1 - Para fluidificar a água é preciso de um recipiente especial?
Ensina o Dr. Bezerra de Menezes que "a água, em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora" (em "Loucura e Obsessão).
Portanto, como um grande condutor de energia, a água é o líquido indicado para que os benfeitores espirituais derramem os fluidos magnéticos necessários ao nosso refazimento físico e espiritual.  Quanto ao recipiente em que deve ser depositada, qualquer um dos utilizados em nossas residências serve para esse fim. Não importa se de vidro, transparente, de metal, aberto ou tapado. Onde quer que esteja a água, os espíritos benfeitores nela depositarão os fluidos magnéticos que buscamos, pois a matéria não lhes opõe qualquer resistência.
Vale citar essas belas palavras de Emmanuel:
     "Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades físico-psíquicas ou nos problemas de saúde  e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações, espera e confia.  O  orvalho  do  Plano  divino magnetizará o líquido, com raios de amor em forma de bênçãos e estarás, então, consagrando o sublime ensinamento  do  copo  de  água  pura, abençoado nos Céus." (em "Segue-me")
      
2 - Um médium alheio na atividade mediúnica pode contribuir ou atrapalhar?
Uma reunião mediúnica, para produzir efeitos positivos, deve ser norteada pela homogeneidade de sentimentos,  pensamentos e propósitos entre seus participantes. A influência do meio, como ensina Kardec no Livro dos Médiuns, é fundamental para definir a natureza dos resultados a serem obtidos nas manifestações. Um médium que não se concentra nos propósitos da reunião atrapalha a homogeneidade do grupo. Como esclarece o instrutor Áulus,  basta  a  indiferença mental do médium para que ele se veja impedido de sintonizar-se com o objetivo da reunião.

3 - Um médium clarividente pode ser considerado mais importante numa sessão mediúnica por ver os espíritos e os clariaudientes ser considerados menos importantes por apenas ouvir a espiritualidade?
A importância de um médium não se mede pelo tipo de fenômeno mediúnico que se encontre capacitado a produzir. Todos os tipos de mediunidade podem ser valiosos. O fenômeno em si é neutro. Não é bom nem ruim.  A qualificação reside nos objetivos de sua utilização. O que qualifica um médium é a sua moral, é a sua capacidade de se sintonizar com bons espíritos. A faculdade mediúnica pode ser idêntica em várias pessoas. Porém, cada uma a empregará conforme o seu adiantamento moral.

4 - Um médium mal sintonizado com os mentores da casa pode receber os mesmos fluidos recebidos pelos demais médiuns nas sessões mediúnicas?
Um médium que se mantenha distante da sintonia com os dirigentes espirituais da reunião, pelo distanciamento mental em que se situa, não conseguirá se sintonizar na mesma onda dos demais e não perceberá a atuação dos mentores.
Como ocorreu com Castro, que, por um momento, fixou-se mentalmente no desejo de reencontrar a genitora desencarnada, desligando-se dos objetivos do trabalho. Embora a ação magnetizadora de Clementino tenha sido idêntica em relação aos três médiuns, em Castro ela praticamente não surtiu efeito.

5 - Comente o seguinte trecho: "Clementino, à cabeceira da assembléia, estendeu os braços e colocou-se
em prece. Cintilações de safirino esplendor revestiam-lhe agora o busto, dando-nos a impressão de que o
abnegado benfeitor se convertera num anjo sem asas."
Clementino buscou sintonizar-se com o plano superior, em busca de fluidos benéficos vindos do  Alto.  Recebida essa energia através do centro coronário, coroando-lhe a fronte, segundo relato de André Luiz, irradiou, pelas mãos, aos demais presentes, encarnados e desencarnados, a fonte de luz recebida do Alto. De imediato, segundo o Autor, os presentes foram beneficiados com uma indescritível sensação de bem-estar proporcionada pelo passe.

6 - Comente o trecho seguinte: "Dona Celina anotava-lhe os mínimos movimentos, à maneira do discípulo diante do professor, Dona Eugênia lhe assinalava a vizinhança com menos facilidade, qual se o distinguisse imperfeitamente, através dum lençol de nebulosidade, e Castro, embora o visse com perfeição, parecia completamente alheio à influência do instrutor."
Neste trecho, André Luiz demonstra a diferença de sintonia entre os três médiuns, com resultados igualmente diferentes.
Dona Celina, mais disciplinada, sintonizava-se perfeitamente com o Mentor, percebendo todos os seus movimentos; Dona Eugênia, embora também concentrada nos objetivos da reunião, não mantinha a mesma sintonia da companheira. Percebia Clementino com menos facilidade; Castro, que se distanciara mentalmente dos propósitos do trabalho, apenas o percebia mecanicamente. Sua sintonia com o mentor era nenhuma.

SOBRE A CLARIVIDÊNCIA E A CLARIAUDIÊNCIA
 Clarividência, também denominada vista psíquica, vista espiritual ou dupla vista, é a visão com os olhos da alma (espírito encarnado). Manifesta-se através da emancipação do espírito em relação ao seu corpo físico, quando ele se desprende da matéria, quer em estado de sono, sonambúlico, extático ou mesmo em vigília. As pessoas dotadas dessa faculdade veem à distância, pois a visão não se opera com os olhos do corpo físico. O clarividente desloca-se no espaço e no tempo, vendo o mundo material em outro local ou em outra época, passada ou futura. É a alma a atuar fora do corpo, segundo Kardec, em A Gênese (cap. XI, item 22).
Ainda na mesma obra, Kardec explica que, não se operando por meio dos olhos do corpo, a visão não se verifica mediante a luz ordinária, mas pela luz espiritual, que não é embaraçada pela distância nem pela matéria. Pode ela se dar, prossegue Kardec: " 1. pela percepção de certos fatos materiais e reais, como o conhecimento de  alguns  que  ocorrem  a  grande distância, os detalhes descritivos de uma localidade, as causas de uma enfermidade e os remédios convenientes; 2. Pela percepção de coisas igualmente reais do mundo espiritual, como a presença dos espíritos; 3. imagens fantásticas criadas pela imaginação , análogas às criações fluídicas do pensamento".
É, um fenômeno anímico, como o desdobramento, por exemplo, e, como este ou o sonambulismo, pode ser utilizado para uma manifestação mediúnica, como no caso narrado no capítulo em estudo. Difere-se da vidência, que é um fenômeno mediúnico, que depende da intervenção dos espíritos e que consiste na faculdade de ver o mundo espiritual, de ver espíritos desencarnados. O vidente é necessariamente um médium; o clarividente, não. A vidência depende de uma manifestação mediúnica, da ação de um espírito; a clarividência depende tão somente do estado de emancipação da alma.
A clariaudiência é faculdade idêntica à clarividência, ambas pertencendo à categoria dos fenômenos anímicos e decorrentes do sentido espiritual da pessoa. O clariaudiente ouve com os ouvidos da alma, tanto o que se diz no ambiente, quanto à distância, inclusive com relação a fatos passados ou futuros. Como a clarividência, pode ser usada nas manifestações mediúnicas.


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