Conclusão do
Capítulo 12 - Clarividência e Clariaudiência
1 - Para
fluidificar a água é preciso de um recipiente especial?
Ensina o Dr.
Bezerra de Menezes que "a água, em face da sua constituição molecular, é
elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe é ministrada. Quando
magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de
que se faz portadora" (em "Loucura e Obsessão).
Portanto, como
um grande condutor de energia, a água é o líquido indicado para que os
benfeitores espirituais derramem os fluidos magnéticos necessários ao nosso
refazimento físico e espiritual. Quanto
ao recipiente em que deve ser depositada, qualquer um dos utilizados em nossas
residências serve para esse fim. Não importa se de vidro, transparente, de
metal, aberto ou tapado. Onde quer que esteja a água, os espíritos benfeitores
nela depositarão os fluidos magnéticos que buscamos, pois a matéria não lhes
opõe qualquer resistência.
Vale citar
essas belas palavras de Emmanuel:
"Se desejas, portanto, o concurso dos
Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades físico-psíquicas ou nos
problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros,
coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações, espera e
confia. O orvalho
do Plano divino magnetizará o líquido, com raios de
amor em forma de bênçãos e estarás, então, consagrando o sublime
ensinamento do copo de água
pura, abençoado nos Céus." (em "Segue-me")
2 - Um médium
alheio na atividade mediúnica pode contribuir ou atrapalhar?
Uma reunião
mediúnica, para produzir efeitos positivos, deve ser norteada pela
homogeneidade de sentimentos,
pensamentos e propósitos entre seus participantes. A influência do meio,
como ensina Kardec no Livro dos Médiuns, é fundamental para definir a natureza
dos resultados a serem obtidos nas manifestações. Um médium que não se
concentra nos propósitos da reunião atrapalha a homogeneidade do grupo. Como
esclarece o instrutor Áulus, basta a
indiferença mental do médium para que ele se veja impedido de sintonizar-se
com o objetivo da reunião.
3 - Um médium
clarividente pode ser considerado mais importante numa sessão mediúnica por ver
os espíritos e os clariaudientes ser considerados menos importantes por apenas
ouvir a espiritualidade?
A importância
de um médium não se mede pelo tipo de fenômeno mediúnico que se encontre
capacitado a produzir. Todos os tipos de mediunidade podem ser valiosos. O
fenômeno em si é neutro. Não é bom nem ruim.
A qualificação reside nos objetivos de sua utilização. O que qualifica
um médium é a sua moral, é a sua capacidade de se sintonizar com bons espíritos.
A faculdade mediúnica pode ser idêntica em várias pessoas. Porém, cada uma a
empregará conforme o seu adiantamento moral.
4 - Um médium
mal sintonizado com os mentores da casa pode receber os mesmos fluidos
recebidos pelos demais médiuns nas sessões mediúnicas?
Um médium que
se mantenha distante da sintonia com os dirigentes espirituais da reunião, pelo
distanciamento mental em que se situa, não conseguirá se sintonizar na mesma
onda dos demais e não perceberá a atuação dos mentores.
Como ocorreu
com Castro, que, por um momento, fixou-se mentalmente no desejo de reencontrar
a genitora desencarnada, desligando-se dos objetivos do trabalho. Embora a ação
magnetizadora de Clementino tenha sido idêntica em relação aos três médiuns, em
Castro ela praticamente não surtiu efeito.
5 - Comente o
seguinte trecho: "Clementino, à cabeceira da assembléia, estendeu os
braços e colocou-se
em prece.
Cintilações de safirino esplendor revestiam-lhe agora o busto, dando-nos a
impressão de que o
abnegado
benfeitor se convertera num anjo sem asas."
Clementino
buscou sintonizar-se com o plano superior, em busca de fluidos benéficos vindos
do Alto.
Recebida essa energia através do centro coronário, coroando-lhe a
fronte, segundo relato de André Luiz, irradiou, pelas mãos, aos demais
presentes, encarnados e desencarnados, a fonte de luz recebida do Alto. De
imediato, segundo o Autor, os presentes foram beneficiados com uma
indescritível sensação de bem-estar proporcionada pelo passe.
6 - Comente o
trecho seguinte: "Dona Celina anotava-lhe os mínimos movimentos, à maneira
do discípulo diante do professor, Dona Eugênia lhe assinalava a vizinhança com
menos facilidade, qual se o distinguisse imperfeitamente, através dum lençol de
nebulosidade, e Castro, embora o visse com perfeição, parecia completamente alheio
à influência do instrutor."
Neste trecho,
André Luiz demonstra a diferença de sintonia entre os três médiuns, com
resultados igualmente diferentes.
Dona Celina,
mais disciplinada, sintonizava-se perfeitamente com o Mentor, percebendo todos
os seus movimentos; Dona Eugênia, embora também concentrada nos objetivos da
reunião, não mantinha a mesma sintonia da companheira. Percebia Clementino com
menos facilidade; Castro, que se distanciara mentalmente dos propósitos do
trabalho, apenas o percebia mecanicamente. Sua sintonia com o mentor era
nenhuma.
SOBRE A
CLARIVIDÊNCIA E A CLARIAUDIÊNCIA
Clarividência, também denominada vista
psíquica, vista espiritual ou dupla vista, é a visão com os olhos da alma
(espírito encarnado). Manifesta-se através da emancipação do espírito em
relação ao seu corpo físico, quando ele se desprende da matéria, quer em estado
de sono, sonambúlico, extático ou mesmo em vigília. As pessoas dotadas dessa
faculdade veem à distância, pois a visão não se opera com os olhos do corpo físico.
O clarividente desloca-se no espaço e no tempo, vendo o mundo material em outro
local ou em outra época, passada ou futura. É a alma a atuar fora do corpo,
segundo Kardec, em A Gênese (cap. XI, item 22).
Ainda
na mesma obra, Kardec explica que, não se operando por meio dos olhos do corpo,
a visão não se verifica mediante a luz ordinária, mas pela luz espiritual, que
não é embaraçada pela distância nem pela matéria. Pode ela se dar, prossegue
Kardec: " 1. pela percepção de certos fatos materiais e reais, como o
conhecimento de alguns que
ocorrem a grande distância, os detalhes descritivos de
uma localidade, as causas de uma enfermidade e os remédios convenientes; 2.
Pela percepção de coisas igualmente reais do mundo espiritual, como a presença
dos espíritos; 3. imagens fantásticas criadas pela imaginação , análogas às
criações fluídicas do pensamento".
É, um
fenômeno anímico, como o desdobramento, por exemplo, e, como este ou o
sonambulismo, pode ser utilizado para uma manifestação mediúnica, como no caso
narrado no capítulo em estudo. Difere-se da vidência, que é um fenômeno
mediúnico, que depende da intervenção dos espíritos e que consiste na faculdade
de ver o mundo espiritual, de ver espíritos desencarnados. O vidente é
necessariamente um médium; o clarividente, não. A vidência depende de uma
manifestação mediúnica, da ação de um espírito; a clarividência depende tão
somente do estado de emancipação da alma.
A
clariaudiência é faculdade idêntica à clarividência, ambas pertencendo à
categoria dos fenômenos anímicos e decorrentes do sentido espiritual da pessoa.
O clariaudiente ouve com os ouvidos da alma, tanto o que se diz no ambiente,
quanto à distância, inclusive com relação a fatos passados ou futuros. Como a
clarividência, pode ser usada nas manifestações mediúnicas.
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